Faz o que Deus quer de Ti!
quinta-feira, 30 de abril de 2015
Homilia do Papa: O cristão é homem e mulher de história
Em Santa Marta, Francisco destacou a história e o serviço como dois aspectos da identidade do cristão...
Cidade do Vaticano, 30 de Abril de 2015
“A história e o serviço”, na homilia da Missa celebrada esta manhã na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco se deteve sobre esses "dois aspectos da identidade do cristão”.
Antes de tudo, a história, disse Francisco. São Paulo, São Pedro e os primeiros discípulos “não anunciavam um Jesus sem história: eles anunciavam Jesus na história do povo, um povo que Deus fez caminhar por séculos para chegar” à maturidade, “à plenitude dos tempos”.
Deus entra na história e caminha com seu povo: “O cristão é homem e mulher de história, porque não pertence a si mesmo, faz parte de um povo, um povo que caminha. Não se pode pensar em um egoísmo cristão, não.., isso é errado. O cristão não é um homem, uma mulher espiritual de laboratório, é um homem, é uma mulher espiritual que faz parte de um povo, que tem uma história longa e continua caminhando até o retorno do Senhor”.
“Quantos pecadores, quantos crimes. Também hoje Paulo menciona o Rei Davi, santo, mas antes de se tornar santo foi um grande pecador. Um grande pecador. Na nossa história devemos reconhecer que somos santos e pecadores. E a minha história pessoal, de cada um, deve reconhecer o pecado, o próprio pecado e a graça do Senhor, que está conosco, acompanhando-nos no pecado para perdoar, e acompanhando-nos na graça. Não há identidade cristã sem história”.
O segundo aspecto da identidade cristã é o serviço: “Jesus lava os pés dos discípulos convidando a fazer o mesmo: servir”. “A identidade cristã é o serviço, não o egoísmo”, afirmou Francisco. “Mas padre, todos nós somos egoístas”. Ah sim? É um pecado, é um hábito do qual devemos nos distanciar. Pedir perdão, que o Senhor nos converta. Somos chamados para servir. Ser cristão não é uma aparência ou uma conduta social, não é maquiar a alma, para que seja um pouco mais bonita. Ser cristão é fazer o que Jesus fez: servir”.
O Papa nos exorta a fazer esta pergunta: “No meu coração o que eu faço mais? Faço-me servir pelos outros, uso os outros, uso a comunidade, a paróquia, a minha família, os meus amigos, ou sirvo, e estou servindo?”.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Catequese do Papa Francisco sobre o matrimônio - 29/04/15
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
A nossa reflexão sobre o desígnio originário de Deus sobre o casal homem-mulher, depois de ter considerado as narrações de Gênesis, dirige-se agora diretamente a Jesus.
O evangelista João, no início do seu Evangelho, narra o episódio das bodas de Caná, na qual estavam presentes a Virgem Maria e Jesus, com os seus primeiros discípulos (cfr Jo 2, 1-11). Jesus não somente participou daquele matrimônio, mas “salvou a festa” com o milagre do vinho! Então, o primeiro dos seus sinais prodigiosos, com que Ele revela a sua glória, realizou-o no contexto de um matrimônio, e foi um gesto de grande simpatia por aquela nascente família, solicitado pelo cuidado maternal de Maria. Isto nos faz recordar o livro do Gênesis, quando Deus termina a obra da criação e faz a sua obra-prima; a obra-prima é o homem e a mulher. E aqui Jesus começa justamente os seus milagres com esta obra-prima, em um matrimônio, em uma festa de bodas: um homem e uma mulher. Assim Jesus nos ensina que a obra-prima da sociedade é a família: o homem e a mulher que se amam! Esta é a obra-prima!
Dos tempos das bodas de Caná, tantas coisas mudaram, mas aquele “sinal” de Cristo contém uma mensagem sempre válida.
Hoje não parece fácil falar do matrimônio como de uma festa que se renova no tempo, nas diversas épocas de toda a vida dos cônjuges. É um fato que as pessoas que se casam são sempre menos; este é um fato: os jovens não querem se casar. Em muitos países, em vez disso, aumenta o número de separações, enquanto diminui o número de filhos. A dificuldade em permanecer junto – seja como casal, seja como família – leva a romper os laços com sempre maior frequência e rapidez, e justamente os filhos são os primeiros a suportar as consequências. Pensemos que as primeiras vítimas, as vítimas mais importantes que sofrem mais em uma separação são os filhos. Se você experimenta, desde pequeno, que o casamento é um laço ‘por tempo determinado’, inconscientemente para você será assim. Na verdade, muitos jovens são levados a renunciar ao projeto para si mesmo de um laço irrevogável e de uma família duradoura. Creio que devemos refletir com grande seriedade sobre o porquê tantos jovens “não se sentem” para casar. Esta é uma cultura do provisório… tudo é provisório, parece que não há algo de definitivo.
Esta dos jovens que não querem se casar é uma das preocupações que emergem aos dias de hoje: porque os jovens não se casam? ; por que muitas vezes preferem uma convivência e tantas vezes a responsabilidade limitada? ; por que muitos – mesmo entre os batizados – têm pouca confiança no matrimônio e na família? É importante procurar entender, se queremos que os jovens possam encontrar o caminho justo a percorrer. Por que não têm confiança na família?
As dificuldades não são só de caráter econômico, embora estas sejam realmente sérias. Muitos acreditam que a mudança ocorrida nestas últimas décadas foram colocadas em movimento pela emancipação da mulher. Mas nem mesmo esse argumento é válido, é uma falsidade, não é verdade! É uma forma de machismo, que sempre quer dominar a mulher. Fazemos a bruta figura que fez Adão quando Deus lhe disse: “Mas por que você comeu o fruto da árvore?” e ele: “A mulher me deu”. E a culpa é da mulher. Pobre mulher! Devemos defender as mulheres! Na realidade, quase todos os homens e as mulheres gostariam de uma segurança afetiva estável, um matrimônio sólido e uma família feliz. A família está no topo de todos os indícios de satisfação entre os jovens; mas, por medo de errar, muitos não querem nem mesmo pensar nisso; mesmo sendo cristãos, não pensam no matrimônio sacramental, sinal único e irrepetível da aliança, que se torna testemunho da fé. Talvez justamente esse medo de errar seja o maior obstáculo para acolher a Palavra de Cristo, que promete a Sua graça à união conjugal e à família
O testemunho mais persuasivo da benção do matrimônio cristão é a vida boa dos esposos cristãos e da família. Não há modo melhor para dizer a beleza do sacramento! O matrimônio consagrado por Deus protege aquele laço entre o homem e a mulher que Deus abençoou desde a criação do mundo; e é fonte de paz e de bem para toda a vida conjugal e familiar. Por exemplo, nos primeiros tempos do Cristianismo, esta grande dignidade do laço entre o homem e a mulher derrotou um abuso considerado então de tudo normal, ou seja, o direito dos maridos de repudiar as esposas, mesmo com os motivos de maior pretexto e humilhantes. O Evangelho da família, o Evangelho que anuncia justamente este Sacramento derrotou esta cultura de repúdio habitual.
A semente cristã da radical igualdade entre os cônjuges deve hoje dar novos frutos. O testemunho da dignidade social do matrimônio se tornará persuasivo justamente por este caminho, o caminho do testemunho que atrai, o caminho da reciprocidade entre eles, da complementaridade entre eles.
Por isso, como cristãos, devemos nos tornar mais exigentes a esse respeito. Por exemplo: apoiar com decisão o direito à igual retribuição por igual trabalho; por que se supõe que as mulheres devem ganhar menos que os homens? Não! Têm os mesmos direitos. A disparidade é um escândalo puro! Ao mesmo tempo, reconhecer como riqueza sempre válida a maternidade das mulheres e a paternidade dos homens, em benefício sobretudo das crianças. Igualmente, a virtude da hospitalidade das famílias cristãs reveste hoje uma importância crucial, especialmente nas situações de pobreza, de degradação, de violência familiar.
Queridos irmãos e irmãs, não tenhamos medo de convidar Jesus para as festas de núpcias, de convidá-Lo para a nossa casa, para que esteja conosco e proteja a família. E não tenhamos medo de convidar também sua mãe Maria! Os cristãos, quando se casam “no Senhor” são transformados em um sinal eficaz do amor de Deus. Os cristãos não se casam apenas para si mesmos: casam-se no Senhor em favor de toda a comunidade e de toda a sociedade.
Desta bela vocação do matrimônio cristão, falarei também na próxima catequese.
terça-feira, 28 de abril de 2015
"Que a vida cristã não seja transformada em museu, pede Papa"
Santo Padre destacou necessidade de coragem apostólica para que a vida cristã não seja transformada em um museu de recordações
Igreja segue sua caminhada graças às surpresas do Espírito Santo. Este é um dos trechos da homilia do Papa Francisco na Missa desta terça-feira, 28, na Casa Santa Marta. A partir da pregação do Evangelho aos pagãos, narrada nos Atos dos Apóstolos, Francisco destacou que também hoje é preciso ter “coragem apostólica” para não transformar “a vida cristã em um museu de recordações”.
A homilia foi inspirada no trecho dos Atos dos Apóstolos, na Primeira Leitura, para destacar o quanto é fundamental na vida da Igreja abrir-se sempre ao Espírito Santo. Muitos, na época, ficavam inquietos ao saber que o Evangelho era pregado para além dos judeus. Mas quando Barnabé chega a Antioquia se alegra porque vê que as conversões dos pagãos são obras de Deus.
Não temer o Deus das surpresas
Além disso, destacou o Papa, já nas profecias estava escrito que o Senhor viria salvar todos os seus povos, como no capítulo 60 de Isaías. Entretanto, nem todos compreendiam estas palavras.
“Não entendiam. Não entendiam que Deus é o Deus das novidades. ‘Eu renovo tudo’, nos diz. Que o Espírito Santo veio para isso, para nos renovar e continuamente faz esse trabalho de nos renovar. Isto provoca temores. Na História da Igreja, podemos ver daquele momento até hoje quantos temores diante das surpresas do Espírito Santo. É o Deus das surpresas”.
Francisco ressaltou que existem muitas novidades e para distinguir o que é de Deus e o que não é é necessária uma abertura ao Espírito Santo. “Nós, sozinhos, não podemos. Com a nossa inteligência não podemos. Podemos estudar toda a História da Salvação, podemos estudar toda a Teologia, mas sem o Espírito Santo não podemos entender. É justamente o Espírito que nos faz entender a verdade ou – usando as palavras de Cristo – é o Espírito que nos faz conhecer a voz de Jesus”.
O Espírito Santo e a Igreja
O avançar da Igreja, conforme explicou o Santo Padre, é obra do Espírito Santo, que faz o povo ouvir a voz do Senhor. E para ter certeza que a voz ouvida é a de Jesus, Francisco recomendou a oração.
“Sem oração, não há lugar para o Espírito. Pedir a Deus para nos enviar esse dom (…) a Igreja avança, a Igreja vai em frente com essas surpresas, com essas novidades do Espírito Santo. É preciso discerni-las, e para discerni-las devemos rezar, pedir esta graça”.
Francisco exortou ainda os fiéis a correrem o risco, com a oração e a humildade, de aceitar as mudanças trazidas pelo Espírito Santo, pois este é o caminho.
“O Senhor nos disse que, se comermos o seu corpo e bebermos o seu sangue, teremos vida. Agora vamos continuar esta celebração, com esta palavra: ‘Senhor, Tu que estas aqui conosco na Eucaristia. Tu estarás dentro de nós, dá-nos a graça do Espírito Santo. Dá-nos a graça de não ter medo quando o Espírito, com segurança, nos diz para darmos um passo avante’. E nesta Missa, vamos pedir essa coragem, essa coragem apostólica de levar a vida e não fazer da nossa vida cristã um museu de recordações”.
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Papa encoraja bispos do Benin ao diálogo inter-religioso
Francisco encontrou-se hoje com bispos da região ocidental da África e pediu que continuem dando prioridade ao diálogo inter-religioso, principalmente com o Islã
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira, 27, os bispos de Benin, região ocidental da África, em visita ad limina. “Vocês são testemunhas do entusiasmo da Igreja no Benin”, escreveu o Papa no início da mensagem entregue aos bispos.
Francisco disse que este entusiasmo deve ser mantido, contudo recordou que o mistério cristão não é privilégio de uma elite, mas de todos os fiéis. “Isso é essencial para que a Igreja no Benin possa resistir e superar os ventos contrários”, lembrou Francisco ao parabenizar os bispos pela vigília diante das agressões ideológicas e midiáticas.
Diálogo Inter-religioso
Francisco destacou que o Benin é conhecido pela harmonia entre as diversas confissões presentes no país, contudo encorajou os bispos a manterem como prioridade o diálogo inter-religioso, principalmente com o Islã, sublinhou o Papa.
“Promover a paz e a justiça é o papel fundamental da Igreja para garantir o desenvolvimento do Benin”, completou o Pontífice.
Contribuição da Igreja africana
Ao citar o próximo Sínodo Ordinário das Famílias, que está marcado para outubro no Vaticano, o Papa agradeceu pela mobilização dos bispos no engajamento das dioceses para refletir os temas propostos pelo Sínodo e levar à Santa Sé importantes contribuições para o debate sobre a família.
“Eu sei que a Pastoral do Matrimônio ainda é um ponto difícil para vocês, considerando a real situação, social e cultural, do povo do Benin. Não percamos a coragem diante disso, mas perseveremos sem cessar porque a família que a Igreja defende é aquela da vontade de Deus”.
Política
Por fim, a mensagem destaca as boas relações do episcopado com as autoridades civis, para quem a voz da Igreja é bem-vinda e apreciada.
Todavia, o Papa advertiu aos bispos que, mesmo tendo o apoio da Santa Sé para se fazerem presentes nas diversas realidades públicas da sociedade, tenham o cuidado de não entrar diretamente no jogo da política e nem em discussões partidárias.
“A condução de assuntos públicos deve ser função dos leigos, a quem vocês têm o importante dever de formar e encorajar sem cessar”, concluiu o Papa.
Exortação Apostólica
A penúltima visita ad limina dos Bispos do Benin aconteceu em setembro de 2007. Em novembro de 2011, o Papa emérito Bento XVI visitou o país africano por ocasião da assinatura e da publicação da Exortação Apostólica Pós-Sinodal da Segunda Assembleia do Sínodo dos Bispos Especial para a África , Africae Munus.
domingo, 26 de abril de 2015
É necessário seguir o Bom Pastor, diz Papa Francisco
Papa adverte que somente contemplar e agradecer não basta, é necessário seguir o Bom Pastor, especialmente aqueles que têm a missão de guia na Igreja
Rádio Vaticano
Neste IV Domingo de Páscoa, 26, após ordenar 19 sacerdotes na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontifício para recitar a Oração do Regina Coeli, na presença de milhares de peregrinos.
Em sua reflexão, que precede a oração, o Santo Padre falou de Jesus como o Bom Pastor, como recorda aliturgia deste domingo. “Cristo é pastor verdadeiro, pois ao oferecer livremente a própria vida, realiza o modelo mais alto de amor pelo rebanho”.
Em contraposição ao verdadeiro, Francisco explica que o falso pastor pensa em si mesmo e explora as ovelhas. O bom pastor, pelo contrário, pensa nas ovelhas e doa a si mesmo.
“Diferentemente do mercenário, Cristo pastor é um guia atento que participa da vida de seu rebanho, não busca outro interesse, não tem outra ambição do que guiar, nutrir, proteger as suas ovelhas. E tudo isto ao preço mais alto, o do sacrifício de sua própria vida”.
O Papa explicou, que na figura de Jesus, pode-se contemplar a Providência de Deus, a sua solicitude paterna por cada um.
“É realmente um amor surpreendente e misterioso, porque dando-nos Jesus como Pastor que dá a vida por nós, o Pai nos deu tudo aquilo que de maior e precioso poderia nos dar. É o amor mais alto e mais puro, porque não é motivado por nenhuma necessidade, não é condicionado por nenhum cálculo, não é motivado por nenhum interessado desejo de troca. Diante deste amor de Deus, nós experimentamos uma alegria imensa e nos abrimos ao reconhecimento por aquilo que recebemos gratuitamente”.
Bom Pastor
Francisco adverte que somente contemplar e agradecer não basta, é necessário seguir o Bom Pastor, especialmente aqueles que têm a missão de guia na Igreja, como sacerdotes, Bispos e Papas.
“São chamados a assumir, não a mentalidade do administrador, mas a de servo, à imitação de Jesus que, despojando-se de si mesmo, nos salvou com a sua misericórdia. A este estilo pastoral, de Bom Pastor, são chamados também os novos sacerdotes da Diocese de Roma, que tive a alegria de ordenar esta manhã na Basílica de São Pedro”.
sábado, 25 de abril de 2015
Oremos pelas Vocações
«Não foram vocês que Me escolheram, mas sim Eu que vos escolhi e enviei para produzirem muito fruto; não um fruto passageiro, mas um fruto que dure para sempre. Desta maneira, o Pai vos há-de dar tudo quanto Lhe pedirem.» (Jo 15, 16)
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Papa: "Cristão não deve esquecer o primeiro encontro com Jesus"
O Papa Francisco considera o primeiro encontro com Jesus como aquele que muda a vida de quem está à sua frente
Jesus jamais se esquece do dia em que nos encontrou pela primeira vez. Peçamos a Ele também a graça da memória, para nos lembrarmos sempre.” Este foi o centro da homilia do Papa Francisco, na Missa celebrada nesta sexta-feira, 24, na Capela da Casa Santa Marta.
Um encontro foi o modo escolhido por Jesus para mudar a vida dos outros. O encontro do Senhor com Paulo de Tarso, perseguidor anticristão que quando chegou a Damasco já era um apóstolo, foi emblemático. O Papa se deteve neste conhecido episódio da liturgia do dia, mas citou a variedade de encontros contidos nas narrações do Evangelho.
Primeiro encontro
Francisco considera o primeiro encontro com Jesus como aquele que muda a vida de quem está à sua frente. O Santo Padre cita João e André, que passam toda a noite com o Mestre. Cita também Simão, que se torna a pedra da nova comunidade; a Samaritana; o leproso que volta para agradecer por ter sido curado; a mulher doente que se recupera depois de tocar a túnica de Cristo.
“Foram encontros decisivos, que devem induzir um cristão a nunca se esquecer do seu primeiro encontro com Jesus”, afirma, acrescentando que Ele nunca se esquece, mas nós nos esquecemos do encontro com Cristo.
“Seria um bom dever de casa: Quando senti realmente a necessidade de ter o Senhor perto de mim? Quando notei que precisava mudar de vida, ser melhor ou perdoar uma pessoa? Quando ouvi o Senhor me pedir alguma coisa? Quando eu O encontrei?”
A memória de todo dia
O Papa pediu aos fiéis para se questionem: “Quando me disse algo que mudou a minha vida ou me convidou a dar um passo à frente? Essa é uma bela oração e recomendo que a façam todos os dias. E quando lembrar, alegre-se, é uma recordação de amor”.
O Santo Padre sugere que os cristãos leiam as histórias do Evangelho para ver como Jesus se encontrava com as pessoas e como escolheu Seus apóstolos.
Primeiro amor
Ao concluir, Francisco afirma que não se deve esquecer que Cristo vê o relacionamento com Seus filhos como uma predileção, uma relação de amor face a face.
“Temos de rezar e pedir a graça da memória – ‘Quando, Senhor, tivemos o primeiro encontro? Quando foi o primeiro amor?’ –, para não ouvir a repreensão que Ele fez no Apocalipse: ‘Tenho isso contra você, que se esqueceu do primeiro amor’”.
No Ano da Vida Consagrada, CNBB envia mensagem a religiosos
Bispos do Brasil enfatizam a necessidade do ardor profético dos consagrados para a Igreja e afirmam que continuarão incentivando a vida consagrada
CNBB
Reunidos na 53ª Assembleia Geral, os bispos do Brasil aprovaram uma mensagem às pessoas da Vida Consagrada, por ocasião do Ano da Vida Consagrada, proclamado pelo Papa Francisco. A mensagem foi publicada pela CNBB nesta sexta-feira, 24.
“Estimadas Consagradas e Consagrados, a Igreja no Brasil necessita sempre de vocês e do ardor profético que animou as gerações que lhes antecederam, das quais vocês são herdeiros e continuadores”, informa o texto. Como comprometimento, no “zelo de pastores”, os bispos afirmaram que continuarão a incentivar e a promover a Vida Consagrada.
Confira abaixo, a íntegra da mensagem:
“Enviou-os […] a toda cidade e lugar para
onde Ele mesmo devia ir” (Lc 10,1).
Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 53a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, manifestamos a todas as Consagradas e a todos os Consagrados o nosso apreço e a nossa comunhão, neste Ano da Vida Consagrada proclamado pelo Papa Francisco.
Expressamos a nossa gratidão à Vida Consagrada que por primeiro proclamou o Evangelho nesta Terra de Santa Cruz, na qual partilhou o dom da fé. Desde o início da Igreja em nossas terras, muitos Consagrados e Consagradas foram e são pioneiros nos mais diversos ambientes, na evangelização, na promoção humana e na vida contemplativa, doando a própria vida para testemunhar a alegria do Evangelho e o amor pelos pequenos e pobres. Inflamados pelo amor a Cristo, em atitude de desprendimento e de saída, a exemplo do Mestre que “veio para servir”, lançaram-se à missão para plantar uma Igreja servidora, em áreas difíceis, nem sempre assumidas por todos. Reconhecemos a contribuição que a Vida Consagrada continua dando à evangelização no Brasil, inserida nas periferias geográficas e existenciais às quais é levada “movida pela caridade que o Espírito Santo derrama nos seus corações” (PC, n. 1).
A alegria que “enche o coração e a vida dos que se encontram com Jesus Cristo” (EG, n. 1) continue envolvendo e transformando o coração de todos vocês. Essa alegria é sinal inequívoco da fiel vivência do carisma e da missão que lhes foi concedido como dom. Nossa palavra fraterna recorda o que nos ensinou o Concílio Vaticano II: “quanto mais fervorosamente se unirem a Cristo por uma doação que abraça a vida inteira, tanto mais rica será a sua vida para a Igreja e mais fecundo o seu apostolado” (PC, n. 1).
Estimadas Consagradas e Consagrados, a Igreja no Brasil necessita sempre de vocês e do ardor profético que animou as gerações que lhes antecederam, das quais vocês são herdeiros e continuadores. No testemunho de vocês compreendemos que “a Vida Consagrada é chamada a ser uma vida discipular, apaixonada por Jesus-Caminho ao Pai Misericordioso. […] É chamada a ser uma vida missionária, apaixonada pelo anúncio de Jesus-Verdade do Pai, por isso mesmo, radicalmente profética” (DAp, n. 236).
Dirigimo-nos a vocês com o mesmo afeto do Papa Francisco: “quero dizer-vos uma palavra e a palavra é de alegria. Sempre onde estão os consagrados, sempre há alegria” (Papa Francisco, Discurso no encontro com Seminaristas, Noviços e Noviças, 6.7.2013). Como o Ano da Vida Consagrada é destinado a toda a Igreja, exortamos a todos os membros de nossas Igrejas particulares a redescobrirem e a valorizarem o dom da especial consagração a Deus. “A Vida Consagrada é um dom do Pai, por meio do Espírito, à sua Igreja, e constitui um elemento decisivo para a sua missão” (VC, n. 1, 3).
Em nosso zelo de pastores, continuaremos a incentivar e a promover a Vida Consagrada. Nosso sincero desejo é que o testemunho de comunhão e colaboração da Vida Consagrada em nossas Igrejas particulares faça desabrochar uma nova primavera vocacional, coroada de abundantes frutos.
Que Nossa Senhora Aparecida, serva fiel do Senhor, Mãe e modelo das Consagradas e Consagrados, os sustente e ampare na vocação e consagração!
Aparecida, SP, 18 de Abril de 2015.
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Papa ordenará 19 sacerdotes neste domingo
No Dia Mundial de Oração pelas Vocações, Francisco vai ordenar novos sacerdotes para a diocese de Roma
Rádio Vaticano
O Papa Francisco ordenará, neste domingo, 26, 52° Dia Mundial de Oração pelas Vocações, dezenove sacerdotes para a Diocese de Roma. A ordenação será na Basílica de São Pedro.
Treze deles foram formados nos seminários dessa diocese, nove são do Colégio Diocesano Missionário “Redemptoris Mater”, três do Pontifício Seminário Romano Maior e um do Seminário Nossa Senhora do Divino Amor.
Concelebrarão com o Pontífice o vigário-geral do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, o vice-gerente dessa diocese, Dom Filippo Iannone, os cinco bispos auxiliares de Roma, os superiores dos seminários envolvidos e os párocos dos ordinandos.
Nesta sexta-feira, 24, às 20h45 locais (15h45), na Basílica de São João de Latrão, será realizada a vigília de oração para as vocações com a catequese do padre Fábio Rosini, diretor do Serviço para as vocações da Diocese de Roma.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Audiência: mulher não é réplica do homem nem inferior a ele
Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira é dia de Audiência Geral. A Praça S. Pedro acolheu esta manhã (22/04) cerca de 30 mil peregrinos de várias partes do mundo, inclusive do Brasil.
Um dos momentos mais aguardados da Audiência se dá logo no início, quando Francisco percorre a Praça de papamóvel para cumprimentar os fiéis. Na sequência, o Papa se dirigiu à multidão, prosseguindo sua catequese sobre a família. O Pontífice deu continuidade ao tema tratado na semana passada, isto é, à complementaridade entre homem e mulher
Imagem bíblica
No livro do Gênesis, lemos que inicialmente Adão, o primeiro homem, sentia-se sozinho, mesmo vivendo cercado de tantos animais. Para acabar com sua solidão, Deus lhe apresenta a mulher, que o homem acolhe exultante, como um ser igual. O Papa explicou que com a imagem bíblica da costela de Adão, da qual Eva é plasmada por Deus, não se quer afirmar uma inferioridade da mulher - ela não é uma réplica do homem-, mas expressa uma reciprocidade entre eles. De modo algum a mulher é criatura do homem, mas de Deus.
Contudo, por sugestão do maligno, os dois são tentados pelo delírio da onipotência e desobedecem a Deus. Este pecado rompe a harmonia que existia entre eles, gerando desconfiança, divisão, prepotência, como demonstra a história.
Ceticismo
“Pensemos , por exemplo, nos excessos negativos das culturas patriarcais. Pensemos nas múltiplas formas de machismo, em que a mulher é considerada de segunda classe. Na instrumentalização e mercantilização do corpo feminino na atual cultura mediática.” O Papa citou ainda uma recente “epidemia” de ceticismo, e até mesmo de hostilidade que se difunde na nossa cultura, em especial a partir de uma compreensível desconfiança das mulheres em relação a uma aliança saudável entre os gêneros. Para Francisco, a desvalorização social desta aliança é certamente um perda para todos, e os filhos virão ao mundo sempre mais desarraigados. “Devemos honrar o matrimônio e a família!”, concluiu.
Tutela do Meio Ambiente
Ao saudar os grupos presentes na Praça em várias línguas, o Papa recordouque neste dia 22 se celebra o Dia Internacional da Terra. “Exorto todos a verem o mundo com os olhos de Deus Criador: a terra é o ambiente a ser protegido e o jardim a cultivar. Que a relação dos homens com a natureza não seja guiada pela avidez, pela manipulação e pela exploração, mas preserve a harmonia divina entre as criaturas e a criação, na lógica do respeito e do cuidado, para coloca-la a serviço dos irmãos, inclusive das futuras gerações.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Papa: a nossa Igreja é de mártires, unamo-nos aos irmãos perseguidos
21/04/2015 12:17
A Primeira Leitura, extraída dos Actos dos Apóstolos, mostra o julgamento no Sinédrio contra Estevão e a sua lapidação. Desta cena dramática, se desenvolveu a homilia do Papa Francisco, que recordou os perseguidos de hoje. Os mártires – observou – não precisam de “outros pães”, o único pão é Jesus. E destacou que Estevão “não precisava negociar e assumir compromissos”.
O seu testemunho era tão forte que os seus assassinos “não conseguiam resistir à sabedoria” e ao espírito “com o qual ele falava”. Assim como Jesus, também Estevão teve que enfrentar testemunhas falsas e a rebelião do povo que o julgava. Estevão recorda-lhes os profetas que foram mortos por terem sido fiéis à palavra de Deus e quando “confessa a sua visão de Jesus”, então os seus perseguidores se escandalizam, tapam os ouvidos para não ouvi-lo e o arrastam para fora da cidade para apedrejá-lo:
“A Palavra de Deus sempre desagrada a alguns corações. A Palavra de Deus incomoda quando se tem o coração duro, o coração pagão, porque a Palavra de Deus o interpela a ir avante, buscando e matando a fome com aquele pão do qual falava Jesus. Na história da Revelação, muitos mártires foram mortos pela fidelidade à Palavra de Deus, à Verdade de Deus”.
O Papa prosseguiu observando que o martírio de Estevão é parecido com o de Jesus: morre “com aquela magnanimidade cristã do perdão, da oração pelos inimigos. Quem perseguia os profetas, assim como a Estevão – disse Francisco –, “pensavam em dar glória a Deus, acreditavam que com isso eram fiéis à Sua Doutrina”. Hoje, acrescentou, “gostaria de recordar que a história da Igreja, a verdadeira história da Igreja, é a história dos santos e dos mártires: perseguidos e mortos por aqueles que pensavam em glorificar Deus, por aqueles que acreditavam possuir ‘a verdade’. Coração corrupto, mas ‘a verdade’”.
“Nestes dias, quantos Estevão existem no mundo! Pensemos nos nossos irmãos degolados na praia da Líbia; pensemos naquele jovem queimado vivo pelos seus companheiros porque era cristão; pensemos naqueles migrantes que em alto mar foram lançados ao mar por outros, porque cristãos; pensemos naqueles etíopes assassinados porque cristãos... e muitos outros. E tantos que nós nem sabemos, que sofrem nas prisões porque cristãos... Hoje a Igreja é Igreja de mártires: eles sofrem, dão a vida e nós recebemos a bênção de Deus por seu testemunho”.
O Papa Francisco acrescentou que existem também “os mártires escondidos, aqueles homens e mulheres fiéis" à "voz do Espírito, que buscam novas estradas para ajudar os irmãos e amar melhor Deus e são acusados, caluniados, perseguidos por tantos Sinédrios modernos que se crêem donos da verdade: tantos mártires escondidos!”:
“E também tantos mártires escondidos que, por serem fiéis na sua família, sofrem pela fidelidade. A nossa Igreja é Igreja de mártires. E agora, na nossa celebração, virá a nós o primeiro mártir, o primeiro que deu testemunho e mais: a salvação a todos nós. Unamo-nos a Jesus na Eucaristia, e unamo-nos a tantos irmãos e irmãs que sofrem o martírio da perseguição, da calúnia e da morte para ser fiéis ao único pão que sacia, isto é, a Jesus”. (BS/BF)
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Papa: ter fé é confiar em Cristo, não "escorregar" no poder
Em homilia, Francisco advertiu os fiéis sobre a tentação de “escorregar” no poder, em vez de compreender a verdadeira missão de Cristo
O Papa Francisco começou a semana celebrando a Missa na capela da Casa Santa Marta nesta segunda-feira, 20. Comentando o Evangelho em que a multidão busca Jesus depois da multiplicação dos pães e dos peixes, o Santo Padre observou que, na fé, há o risco de não compreender a verdadeira missão do Senhor: isso acontece quando se aproveita de Jesus, escorregando no “poder”.
“Esta atitude se repete nos Evangelhos. Muitos seguem Jesus por interesse. Inclusive entre os seus apóstolos: como os filhos de Zebedeu, que queriam ser primeiro-ministro e ministro da economia, ter o poder. Aquela unção de levar aos pobres a boa nova, a libertação aos prisioneiros, a vista aos cegos, a liberdade aos oprimidos, e anunciar um ano de graça, se obscurece, se perde e se transforma em algo de poder”.
O Papa destacou que sempre houve esta tentação de passar do estupor religioso que Jesus dá no encontro com a humanidade para o aproveitamento disso.
“Esta foi também a proposta do diabo a Jesus nas tentações. Uma sobre o pão, justamente. A outra sobre o espetáculo: ‘Mas façamos um belo espetáculo, assim todas as pessoas acreditarão em ti’. E a terceira, a apostasia: ou seja, a adoração dos ídolos. E esta é uma tentação cotidiana dos cristãos, nossa, de todos nós que somos a Igreja: a tentação não do poder, da potência do Espírito, mas a tentação do poder mundano. Assim se cai naquele torpor religioso ao qual leva a mundanidade, aquele torpor que acaba, quando cresce, cresce, cresce, naquela atitude que Jesus chama hipocrisia”.
Deste modo, afirmou o Papa, a pessoa se torna cristã de nome, de atitude externa, mas o coração tem interesses, como dizia Jesus. “Em verdade, em verdade, vos digo: vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos saciastes”. É a tentação de “escorregar na mundanidade, nos poderes” e assim a fé se enfraquece, assim como a missão e a Igreja.
“O Senhor nos desperta com o testemunho dos santos, com o testemunho dos mártires, que todos os dias nos anunciam que a missão é caminhar na estrada de Jesus: anunciar o ano da graça. As pessoas entendem a advertência de Jesus e perguntam: ‘Que faremos para trabalhar nas obras de Deus?’. Jesus responde: ‘A obra de Deus é que creiais naquele que Ele enviou’, isto é, a fé Nele, somente Nele, a confiança Nele e não nas outras coisas que nos levarão para longe Dele. Esta é a obra de Deus: que creiais naquele que ele enviou, Nele”.
O Papa concluiu a homilia com esta oração ao Senhor: “Que Deus nos dê esta graça do estupor do encontro e também ele nos ajude a não cair no espírito de mundanidade, isto é, aquele espírito que por atrás ou abaixo de uma verniz de cristianismo nos levará a viver como pagãos”.
domingo, 19 de abril de 2015
Oremos pelos Nossos Sacerdotes
“Um homem é imparcial em causa alheia, mas se perturba na própria” (São João Crisóstomo, em Catena Aurea, vol. III, p. 132). Direção Espiritual é pura humildade, é fugir da “má autossuficiência”, é lutar contra o orgulho e abrir-se à Vontade de Deus, que enxergamos melhor quando ajudados por um pai espiritual."
Papa no Regina Coeli: "Cristãos são chamados a testemunhar"
"Todos nós devemos dar testemunho de que Ele ressuscitou”, disse o Papa Francisco antes da oração do Regina Coeli
“Os cristãos são chamados a testemunhar”, afirmou o Papa Francisco antes de rezar a oração do Regina Coeli neste 3º Domingo de Páscoa, 19, aos milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro.
O Papa lembrou que na liturgia do dia, a palavra “testemunha” aparece duas vezes. A primeira, pela boca de Pedro, com a cura do paralítico na porta do templo de Jerusalém: “mataram o Príncipe da vida, mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; disso nós somos testemunhas” (Atos 3, 15); e a segunda, quando Jesus ressuscitou diante dos discípulos: “Disso vocês são testemunhas” (Lc 24, 48).
Francisco expressou Também sua “profunda dor por uma tragédia como esta” e assegurou aos desaparecidos e às suas famílias sua oração....
http://goo.gl/9wnwmm
sábado, 18 de abril de 2015
Presidente da Itália, Sergio Mattarella, em visita oficial de Estado ao Vaticano
Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre iniciou sua série de audiências, no Vaticano, recebendo, na manhã deste sábado (18.4) o Presidente da República italiana, Sergio Matarella, em visita oficial de Estado. O Chefe de Estado, católico, estava acompanhado pela filha e cinco netos, além de uma comitiva governamental. É a primeira vez que o Presidente Mattarella encontra o Papa.
Após o discurso do Presidente italiano, o Papa tomou a palavra, expressando sua gratidão pela visita do mais Alto Representante do Povo italiano, eleito há apenas dois meses, como também pelas excelentes relações entre a Santa Sé e a Itália. Tais relações foram possíveis através do Tratado de Latrão, que assegurou a soberania e a independência entre ambos os países, como uma sólida colaboração dos valores compartilhados, em vista do bem comum.
Logo, acrescentou o Pontífice, é fundamental, na distinção das diversas competências e no pleno respeito das recíprocas funções, sempre se sentiu a necessidade de uma renovada colaboração, que tem como intuito unir as forças pelo bem de todos os cidadãos:
“A Igreja oferece a todos a beleza do Evangelho e da sua mensagem de salvação. Mas, para desenvolver a sua missão, ela precisa de condições de paz e de tranquilidade, que só os poderes públicos podem promover, com a colaboração da Igreja e o seu válido e útil sustento”.
A Missa na Basílica do Santuário Nacional de Aparecida
Missa da Assembleia Geral é dedicada ao Ano da Vida Consagrada
CNBB
A história da Igreja no Brasil ainda haverá de ser escrita com o olhar da vida consagrada”, disse o arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler, durante a missa dedicada ao Ano da Vida Consagrada, neste sábado, 18 de abril.
Após recordar as diversas expressões de consagração, Dom Jaime, que é também referencial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Vida Consagrada, ressaltou que os consagrados têm deixado marcas profundas no processo evangelizador nas terras de Santa Cruz por meio da fidelidade, ousadia, profecia e esperança. Disse que os consagrados são peritos em comunhão e estão sempre em saída, em direção às periferias existenciais.
Lembrou que, neste ano dedicado à Vida Consagrada, o Papa Francisco provoca os consagrados “a despertar o mundo, com o testemunho de comunhão, com atitudes e gestos, autênticas expressões de alegria, pela simplicidade no viver e conviver, com verdadeira disposição de tocar o mundo, às vezes chagado, com ternura e alegria”.
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sexta-feira, 17 de abril de 2015
Imitar Jesus e abrir o coração à humildade, diz Papa...
O Papa Francisco convida os cristãos a descobrirem dentro de si sentimentos e comportamentos que agradem a Deus, como o amor e o diálogo
“A humilhação por si mesma é masoquismo, mas a que sofremos e suportamos em nome do Evangelho nos faz nos assemelharmos a Jesus.” Este é o resumo da reflexão feita pelo Papa Francisco na homilia da Santa Missa nesta sexta-feira, 17, na Casa Santa Marta.
O Sumo Pontífice convidou os cristãos a jamais cultivarem sentimentos de ódio e a descobrirem dentro de si, com o tempo, sentimentos e comportamentos que agradem a Deus, como o amor e o diálogo.
“É possível que um homem reaja a situações difíceis usando os modos de Deus?”, perguntou Sua Santidade, ao mesmo tempo em que respondeu: “É só uma questão de tempo. O tempo de se deixar permear pelos sentimentos de Jesus”. Explica isso ao analisar o episódio referente aos apóstolos, extraído do livro dos Atos dos Apóstolos, quando estes são julgados pelos doutores da Lei no Sinédrio, acusados de pregar o Evangelho....
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Aniversário de Bento XVI
Papa emérito, que completa hoje 88 anos, foi recordado na oração por Francisco; na homilia, uma reflexão sobre a obediência
Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Emérito Bento XVI completa hoje 88 anos / Foto: Arquivo
Nesta quinta-feira, 16, o Papa emérito Bento XVI completa 88 anos. Este domingo, 19, marcará os 10 anos de sua eleição como 265º Papa da Igreja Católica. O Papa Francisco ofereceu a Missa de hoje na Casa Santa Marta ao Papa emérito: “Quero recordar que hoje é o aniversário do Papa Bento XVI. Eu ofereci a missa por ele e também convido todos a rezar por ele, para que o Senhor lhe sustente e lhe dê muita alegria e felicidade”.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Os quatro amores do vocacionado.
Todos nós já ouvimos muitas vezes o significado da palavra vocação: chamado. Este chamado do Senhor não é um convite qualquer, é um chamado ao amor. Respondendo ao chamado, nos comprometemos a nada mais que viver o amor que experimentamos e levá-lo aos outros.
Como viver esse amor? Podemos vivê-lo da várias formas, de acordo com a vocação específica de cada um: na doação de um ao outro e na constituição de uma família, no caso da vocação ao matrimônio; na escuta da voz de Deus, na contemplação, na vivência dos diversos carismas, no caso da vida consagrada, no amor desinteressado, no caso do sacerdote. O sacerdote não é alguém que não ama, pelo contrário, é alguém que ama sem possuir.
O vocacionado ao sacerdócio é chamado a viver esse amor de forma desinteressada, mas intensa. Primeiro a Deus, depois aos demais. Este amor se dá de quatro maneiras:
O Amor a JESUS CRISTO:Jesus é aquele que dá sentido, unidade e orientação para a vida do vocacionado. Pautar nossas atitudes nas atitudes de Nosso Senhor é um excelente programa de santificação. Lembremos que nossa vocação primeira e universal é à santidade. Ser santo nada mais é do que ser como Jesus. O sacerdote, através da Ordenação sacerdotal, quando celebra os sacramentos, age na pessoa de Cristo, de modo que deve dizer: “Já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). No mundo de hoje se faz ainda mais necessário manifestar o nosso amor por Jesus através de atitudes e exemplos. Se necessário, que tenhamos a coragem de dar a vida por Aquele que morreu por nós numa Cruz.
Amor à SAGRADA ESCRITURA: São Jerônimo nos ensina que “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”. A palavra de Deus é o guia seguro daqueles que caminham na trilha da vida com destino ao Céu. Nela encontramos o consolo nas dificuldades, a esperança nas adversidades, o louvor nos momentos de alegria, a repreensão e a misericórdia no momento do erro, o abraço misericordioso do Pai quando voltamos à sua casa (cf. Lc 15, 11-32). “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Sl 119, 105). O vocacionado é aquele que tem a Palavra de Deus sempre em sua companhia. Dedicar um tempo diário à leitura e à meditação da Sagrada Escritura é uma excelente forma de escuta da voz do Senhor que chama.
Amor à IGREJA:a Igreja é o Corpo Místico de Cristo, que é sua cabeça. Não se pode amar o Corpo sem a cabeça, nem amar a Cabeça e esquecer o Corpo. A Igreja é una, santa, católica e apostólica. Nela encontramos a plenitude dos meios para a nossa salvação. Amar a Igreja e sua hierarquia; amar e rezar pelo Papa, pelos bispos e por todo o Povo de Deus, é sem dúvida, uma manifestação de amor por Jesus Cristo. Aqueles que são chamados ao sacerdócio diocesano devem viver esse amor de forma sincera na obediência ao Bispo Diocesano e no amor ao povo que lhe foi confiado. O padre é a presença de Cristo na paróquia: do Cristo que nos insere no seu Corpo Místico, quando celebra o Sacramento do Batismo, do Cristo que cura, quando celebra a Unção dos Enfermos, do Cristo que se entrega, quando celebra a Eucaristia, do Cristo que nos lava com seu sangue e nos perdoa de todos os pecados, quando Celebra o Sacramento da Confissão. Aqueles que são chamados ao sacerdócio na vida religiosa exercem seu ministério na vivência de um carisma específico, vivendo os conselhos evangélicos – pobreza, obediência e castidade. Para o vocacionado ao sacerdócio, o amor à Igreja é, sem dúvida, uma confirmação de vocação e meio de discernimento.
Amor à VIRGEM MARIA: Maria é o nosso porto seguro, nossa esperança. “Não pode chamar Deus de Pai quem não tem Maria como Mãe”, diz São Luís de Montfort. O católico é devoto da Santíssima Virgem e os que almejam o sacerdócio devem sê-lo mais ainda. Sem Maria não há Cristo. Por Ela, veio ao mundo o Sumo e Eterno sacerdote. Maria é aquela que nos entende, é o farol que nos guia nas ondas bravias das tempestades. Os grandes santos foram grandes devotos da Santíssima Virgem. Cultivar os atos de devoção marianos, como o Terço, as peregrinações aos lugares marianos, a leitura de livros que falam sobre Maria, ajuda muito no processo de discernimento vocacional e na caminhada rumo ao sacerdócio. Não cansemos de recorrer a Maria, pois, como rezamos, nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenham recorrido à proteção de Maria e implorado o seu socorro, foi por ela desamparado.
Cultivando esses quatro amores, certamente chegaremos à santidade, abraçando o estado de vida específico de cada vocação e vivendo o amor a Deus na pessoa dos irmãos.
(Sem. Ozias Xavier é seminarista da Diocese de Formosa)
Súplica de um discípulo.
Senhor, dai-nos a graça de não nos esquecermos de que És um Amigo fiel, um Amigo de todas as horas. Concedei-nos também o dom da fortaleza. Fazei-nos cada vez mais firmes no propósito de servir-Te da melhor maneira possível e de nos entregarmos por inteiro ao serviço do teu povo. Dai-nos a graça de sermos instrumentos da tua paz em meio ao povo e que por onde passemos possamos deixar um rastro de Deus para que aquele que vem atrás possa chegar a Ti; a graça de jamais envaidecer-nos diante dos dons que nos concedestes. E não percamos a consciência da nossa pequenez, do nosso nada, de que não passamos de meros instrumentos que devem levar o povo ao encontro do Senhor, da salvação. Livrai-nos sempre de qualquer espírito de vaidade, fazei-nos cada vez mais obedientes aos superiores e aos Teus Mandamentos.
Senhor, mesmo quando o nosso coração sangrar diante da dor, dai-nos a Tua mansidão, dai-nos a graça de nunca perdermos a serenidade. E tenhamos sempre consciência de que a santidade está nas pequenas coisas do cotidiano, na luta pela fidelidade aos Mandamentos de Deus, por fazer a vontade do Senhor em nossas vidas, de que não estamos imunes às quedas. Sendo que o problema não reside simplesmente no cair, ele reside no permanecer no chão. Dai-nos também o dom de reconhecermos nossas limitações e de que nesta vida “tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”.
E que não nos dobremos diante das adversidades, pois as tempestades, as decepções e as amarguras passam. Levantemos a bandeira da esperança em nossas vidas, elevemos o nosso pensamento a Deus e acreditemos que as transformações são possíveis, que as coisas mudam. Enchamos o peito de confiança no poder de Deus na nossa vida e nas qualidades que Ele nos concedeu. Por fim, não esqueçamos de que toda tempestade passa e a tempestade passa depressa quando nós vemos nela um ensinamento.
(Adenailton Machado seminarista da Diocese de Formosa )
Papa Francisco
Nesta quarta-feira, 15, prosseguindo o ciclo de catequeses sobre a família, o Papa Francisco falou de um tema que ele considera central: a complementariedade entre homem e mulher.
"Deus criou o ser humano à Sua imagem, criou-os homem e mulher.” Esta afirmação do Gênesis, explicou Francisco, diz que não só o homem nem só a mulher são imagem de Deus, mas ambos, como casal, são imagem do Criador. A diferença entre eles tem em vista a comunhão e a geração, e não a contraposição nem a subordinação. “Somos feitos para nos ouvir e nos ajudar reciprocamente. Sem esse enriquecimento recíproco, não se pode entender profundamente o que significa ser homem e mulher”, disse o Papa....
Mensagem do Papa Francisco
NA ÍNTEGRA - Mensagem do Papa para 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações http://goo.gl/tSXScg
"A Virgem Maria, modelo de toda a vocação, não teve medo de pronunciar o seu «fiat» à chamada do Senhor. Ela acompanha-nos e guia-nos. Com a generosa coragem da fé, Maria cantou a alegria de sair de Si mesma e confiar a Deus os seus planos de vida. A Ela nos dirigimos pedindo para estarmos plenamente disponíveis ao desígnio que Deus tem para cada um de nós; para crescer em nós o desejo de sair e caminhar, com solicitude, ao encontro dos outros (cf. Lc 1, 39). A Virgem Mãe nos proteja e interceda por todos nós."
terça-feira, 14 de abril de 2015
Ordenaciones Dicanales LC
Este 2 de mayo un grupo de hermanos nuestros reciben la ordenación diaconal
No dejemos de rezar por ellos.
Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações
Santo Padre renova seu pedido de uma Igreja em saída para anunciar o Evangelho e curar as feridas de quem necessita... ( Jéssica Marçal )
O Vaticano apresentou, nesta terça-feira, 14, a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. A partir do tema “O êxodo, experiência fundamental da vocação”, o Pontífice convida os fiéis a saírem de si mesmos para colocarem Jesus Cristo no centro de suas vidas.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
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