segunda-feira, 25 de abril de 2016

Papa escreve carta a presidiários: abram o coração a Cristo

SEGUNDA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2016, 8H14

Papa deixou mensagem de esperança aos presidiários de Velletri, presídio próximo a Roma

Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco escreveu uma carta aos detentos do presídio de Velletri, nas proximidades de Roma. Essa é uma resposta do Papa à mensagem que ele recebeu do bispo local, Dom Marcello Semeraro, em sua visita à prisão, em março, quando celebrou uma Missa.

Aos presidiários, Francisco deixa na carta uma mensagem de esperança. “Não se fechem no passado; transformem-no em caminho de crescimento, de fé e de caridade. Deem a Deus a possibilidade de fazê-los brilhar através desta experiência”.

O Santo Padre agradece aos presos por eles pensarem no Papa em meio às dificuldades da vida que eles levam no cárcere. E confessou que ele também pensa muito nas pessoas que estão na prisão. “É por isso que quando faço visitas pastorais, peço sempre – quando é possível – para encontrar irmãos e irmãs como vocês, que vivem uma liberdade com limites, para levar o meu carinho e a minha proximidade”.

Francisco ressalta ainda para os presidiários que eles vivem uma experiência na qual o tempo parece estar parado, mas advertiu que a real dimensão do tempo não é a do relógio. “Estejam certos de que Deus nos ama pessoalmente; para Ele a sua idade e cultura não têm importância, nem mesmo o que vocês foram, as coisas que fizeram, as metas que alcançaram, os erros que cometeram, as pessoas que feriram”.

“Na história da Igreja, muitos chegaram à santidade através de experiências duras e difíceis”, conclui o Papa, fazendo um convite aos detentos: “Abram a porta de seu coração a Cristo e será Ele a reverter a sua situação”.

O cárcere de Velletri foi construído em 1999 e abriga atualmente 505 detentos, em dois pavilhões.
O amor é o bilhete de identidade do cristão”, diz Papa
DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016

Na homilia, o Papa Francisco falou sobre amor, liberdade e felicidade para os mais de 60 mil jovens presentes na Praça de São Pedro

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste domingo, 24, mais de 60 mil adolescentes participaram da Missa presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro por ocasião do Ano Santo da Misericórdia. O Santo Padre falou-lhes de amor, liberdade e felicidade.

Durante a homilia, o Papa Francisco, partindo do Evangelho, deixou claro aos adolescentes que o amor é o bilhete de identidade cristão.

“Por outras palavras, o amor é o bilhete de identidade do cristão, é o único documento válido para sermos reconhecidos como discípulos de Jesus. Se este documento perde a validade e não se renova deixamos de ser testemunhas do Mestre.”

O Santo Padre convidou os adolescentes a serem discípulos de Jesus, verdadeiros amigos que se distinguem pelo amor concreto que brilha na sua vida. Um amor que é exigente e requer esforço.

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Francisco afirma que o amor é generosidade e disse aos adolescentes para não se esquecerem de agradecer ao Senhor que “não Se esquece de nos oferecer cada dia um dom especial”.

“Porque o Senhor está sempre contigo e sente-Se contente por estar contigo para lançar redes e pôr a render os teus talentos” disse o Papa.

“Como fez com os seus jovens discípulos, fixa-te nos olhos e chama-te para O seguir, fazer-te ao largo e lançar as redes confiando na sua palavra, ou seja, a pôr a render os teus talentos na vida, juntamente com Ele, sem medo. Jesus espera pacientemente por ti, aguarda uma resposta, espera o teu sim.”

O Pontífice observa que o desejo de afeto e de ternura dos adolescentes vividos segundo a voz do Senhor permite “cuidar da outra pessoa, o que significa respeitá-la, protegê-la e esperar por ela.”

E para tal existe a liberdade que é o dom de escolher o bem. Segundo o Papa “é livre quem escolhe o bem, quem procura aquilo que agrada a Deus, ainda que custe. Mas só com opções corajosas e fortes é que se realizam os sonhos maiores, os sonhos pelos quais valem a pena gastar a vida.”

“A vossa felicidade não tem preço, nem se comercializa. Não é um aplicativo que se descarrega do celular, nem a versão mais atualizada vos poderá ajudar a tornar-vos livres e grandes no amor”, sublinhou ainda o Santo Padre.

Ao final da homilia, Francisco declarou que os adolescentes são capazes de gestos de grande amizade e bondade, capazes de construir o futuro como discípulos de Jesus.
DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016, 9H21MODIFICADO: DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016, 10H07

No Regina Coeli, o Papa Francisco recordou a proclamação de quatro beatos espanhóis e pediu liberdade para os cristãos sequestrados na Síria

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste domingo, 24, ao final da Missa com os adolescentes presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro, o Santo Padre durante a oração Mariana do Regina Coeli agradeceu a presença de todos para os “momentos de fé e de fraterna convivialidade” que tiveram lugar neste final de semana, em Roma.

Francisco referiu-se também aos beatos espanhóis que foram proclamados neste sábado, 23, em Burgos. “Sacerdote Valentin Palencia Marquina e quatro seus amigos mártires, mortos pela sua fé durante a guerra civil espanhola”, referiu o Papa.

O principal destaque na mensagem do Pontífice foi para os cristãos sequestrados na Síria. O Santo Padre pediu liberdade para eles.

“É sempre viva em mim a preocupação pelos irmãos bispos, sacerdotes e religiosos, católicos e ortodoxos, sequestrados há muito tempo na Síria. Deus misericordioso toque o coração dos raptores e conceda quanto antes a estes nossos irmãos a liberdade e voltem às suas comunidades. Por isto convido-vos todos a rezarem, sem esquecer as outras pessoas raptadas no mundo.”

Ao concluir, o Papa Francisco concedeu a todos sua bênção.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Bento XVI agradece felicitações recebidas no seu aniversário
TERÇA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2016

Papa Emérito completou 89 anos no último sábado e retribui votos de felicidade que recebeu pela ocasião

Da Redação, com Agência Ecclesia

O Papa emérito Bento XVI agradeceu as felicitações recebidas no seu aniversário, no sábado, 16 de abril, quando completou 89 anos. “Ao agradecer os votos de parabéns por ocasião do seu aniversário pessoal, o pontífice emérito Bento XVI retribui com votos de felicidades e, neste Ano Jubilar, acompanha todos com a sua oração e a sua bênção”, informa uma nota divulgada pela Fundação Joseph Ratzinger-Bento XVI.

A mensagem é divulgada no dia em que se recorda o 11º aniversário de eleição de Bento XVI como sucessor de João Paulo II. O Papa alemão viria a anunciar a sua renúncia em 11 de fevereiro de 2013, após sete anos e dez meses de pontificado. Na época, ele falou de sua idade avançada para justificar uma decisão que não se verificava há cerca de 600 anos na Igreja Católica e abrir caminho à eleição de um sucessor, Francisco.

Assista: crônica por ocasião do aniversário de Bento XVI



Joseph Ratzinger realizou 24 viagens internacionais. No total, as viagens pontifícias tiveram como destino prioritário a Europa (16), seguindo-se de América (3), Oriente Médio (2), África (2) e a Oceânia (1). Além disso, foram 30 visitas em solo italiano.

Bento XVI assinou três encíclicas e presidiu três Jornadas Mundiais da Juventude, além de ter convocado cinco Sínodos de Bispos, um Ano Paulino, um Ano Sacerdotal e um Ano da Fé.

As encíclicas, textos mais importantes do pontificado, começaram a ser publicadas em 2006, com a ‘Deus caritas est’ (Deus é amor), um texto breve que apresenta a ‘essência’ do Cristianismo. ‘Spe salvi’ (Salvos na esperança) é o título da segunda encíclica de Bento XVI, dedicada ao tema da esperança cristã, num mundo dominado pela descrença e a desconfiança. A terceira encíclica, ‘Caritas in Veritate’ (A caridade na verdade), propõe uma nova ordem política e financeira internacional, para governar a globalização e superar a crise em que o mundo se encontra mergulhado.

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Outra obra de grande impacto foi o livro-entrevista ‘Luz do Mundo’, de 2010, resultante de uma conversa com o jornalista alemão Peter Seewald, um registo que permitiu dar a conhecer Bento XVI e o seu pensamento sobre temas centrais para a Igreja e a sociedade.

O ensinamento papal destacou-se, para além das críticas ao relativismo e ao secularismo da sociedade ocidental, pela preocupação com as questões bioéticas, como aborto, eutanásia, investigação em embriões, e com a família, além da crise financeira e das questões ecológicas.

Em 12 de dezembro de 2012, Bento XVI chegou ao universo das redes sociais inaugurando uma conta no twitter. Até a época de sua renúncia, a conta tinha mais de 2,5 milhões de seguidores em nove línguas, incluindo o português.

Ainda em 2012, Joseph Ratzinger encerrou a sua trilogia sobre ‘Jesus de Nazaré’, com um livro sobre a infância de Cristo.
Papa Francisco: ninguém fica órfão quando atraído por Jesus
TERÇA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2016


Papa convidou fiéis a abrirem o coração a Jesus; cristãos que não fazem isso vivem como órfãos

Da Redação, com Rádio Vaticano


Papa Francisco pede aos fiéis que abram o coração a Deus / Foto: Reprodução CTV

“Um cristão que não se deixa atrair pelo Pai é um cristão que vive como um órfão”, afirmou o Papa Francisco, na homilia desta terça-feira, 19, na capela da Casa Santa Marta. O Santo Padre começou a reflexão partindo da pergunta que os judeus fazem a Jesus, contida no Evangelho do dia: “És tu o Messias?”.

Essa pergunta, que escribas e fariseus repetirão várias vezes, observou Francisco, nasce de um coração cego. Uma cegueira de fé que o próprio Jesus explica: “Vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas”. Fazer parte do rebanho de Deus é uma graça, mas é necessário um coração disponível.

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“’As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão’. Essas ovelhas estudaram para seguir Jesus e depois acreditaram? Não. ‘Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos’. É propriamente o Pai que dá as ovelhas ao pasto. É o Pai que atrai os corações para Jesus”.
Como órfãos

A dureza de coração de escribas e fariseus, que veem as obras realizadas por Jesus, mas se negam a reconhecer n’Ele o Messias, é um drama que vai adiante até o Calvário, explicou o Papa. Ou melhor, prossegue inclusive depois da Ressurreição, quando sugerem aos soldados que vigiavam o sepulcro para que digam que estavam dormindo e, assim, atribuir aos discípulos o roubo do corpo de Cristo. Nem mesmo o testemunho de quem assistiu à Ressurreição os fez mudar de ideia. “São órfãos”, reiterou Francisco, porque renegaram o seu Pai.

“Esses doutores da lei tinham o coração fechado, sentiam-se donos de si mesmos e, na realidade, eram órfãos, porque não tinham uma relação com o Pai. Falavam, sim, de seus pais – o nosso pai Abraão, os Patriarcas… – falavam, mas como figuras distantes. Em seus corações, eram órfãos, viviam no estado de órfãos, em condições de órfãos, e preferiam isso a deixar-se atrair pelo Pai. Esse é o drama do coração fechado dessas pessoas”.
“Atrai-me para Jesus”

Francisco enfatizou a importância de se deixar atrair por Deus ao recordar a Primeira Leitura: muitos pagãos se abriam à fé em Cristo graças à pregação dos discípulos. Eles levaram a Palavra até a Fenícia, Chipre e Antioquia onde, num primeiro momento, também tiveram medo, mas o coração aberto os guiou. Um coração como aquele de Barnabé que, enviado a Antioquia, não se escandaliza com a conversão dos pagãos, porque aceitou a novidade, deixou-se atrair pelo Pai, por Cristo.

“Jesus nos convida a sermos seus discípulos, mas, para sê-lo, devemos nos deixar atrair pelo Pai em direção a Ele. E a oração humilde do filho, que podemos fazer é: ‘Pai, atrai-me para Jesus; Pai, faz-me conhecer Jesus’, e o Pai enviará o Espírito para nos abrir o coração e nos levar até Jesus. Um cristão que não se deixa atrair pelo Pai, para Jesus, é um cristão que vive em condição de órfão; e nós temos um Pai, não somos órfãos.”

domingo, 17 de abril de 2016


Concedam a todos a Palavra de Deus, diz Papa a novos padres
DOMINGO, 17 DE ABRIL DE 2016, 10H57

“Que a vossa doutrina seja nutrimento ao Povo de Deus, que o perfume de vossas vidas seja alegria e sustento aos fiéis a Cristo”, pediu o Santo Padre

Da redação, com Rádio Vaticano

“Concedam a todos a Palavra de Deus, aquela Palavra que vocês receberam com alegria. Recordem a vossa história, daquele dom da Palavra que o Senhor lhes deu por meio de suas mães, suas avós – e como diz Paulo – dos catequistas e de toda a Igreja”. Assim, o Papa Francisco conferiu a ordenação a 11 novos sacerdotes na manhã deste domingo, 17, na Basílica de São Pedro.

“Que a vossa doutrina seja nutrimento ao Povo de Deus, que o perfume de vossas vidas seja alegria e sustento aos fiéis a Cristo, para que com a palavra e o exemplo – caminham juntos: palavra e exemplo – edificais a casa de Deus, que é a Igreja”, afirmou o Santo Padre.

Ao recordar que “sem a cruz jamais encontrarão o verdadeiro Jesus”, Francisco convocou os novos padres a serem conscientes de que foram “escolhidos entre os homens”:

“Escolhidos, não esqueçam isso. Escolhidos! Foi o Senhor que lhes chamou, um por um. Escolhidos entre os homens”, concluiu.

Bento XVI comemora 89 anos neste sábado
SÁBADO, 16 DE ABRIL DE 2016, 9H08

Bento XVI foi parabenizado pelo Papa Francisco e será homenageado esta tarde com um concerto musical

Da redação, com Rádio Vaticano


O Papa Francisco enviou seus parabéns, do avião que o levou à Grécia, ao Papa emérito Bento XVI que, neste sábado, 16, completa 89 anos.

Juntamente com todos os que o acompanham nestaviagem a Lesbos – delegação vaticana e jornalistas – o Papa transmite a Bento XVI “suas felicitações mais carinhosas e cordiais pelo seu aniversário, pedindo ao Senhor que continue a abençoar o seu precioso serviço de proximidade e oração por toda a Igreja”.
Concerto

Por ocasião dos seus 89 anos, Bento XVI será homenageado, na tarde deste sábado, com um concerto da Orquestra Filarmônica de Franciacorta, região italiana de Brescia, na Sala Assunta da Palazzina Leão XIII, no Vaticano.

Este, certamente, é um presente que agrada ao Papa Emérito, tendo em vista sua paixão pela música de Mozart, como ele mesmo declarou em seu discurso de agradecimento a uma conferência da Pontifícia Universidade “João Paulo II” de Cracóvia e da Academia de Música de Cracóvia, em 4 de julho de 2015.

Serão executados três dos seis quartetos de arcos que Wolfang Amadeus Mozart dedicou ao amigo Franz Joseph Haydn, que estão entre as obras de mais alto nível do compositor de Salzburg. A direção é do Maestro Edmondo Mosé Savio.
Presente

A homenagem contará com a presença de alguns amigos e do irmão mais velho, Mons. Georg Ratzinger, que em janeiro completou 92 anos.

Em uma recente entrevista, o Prefeito da Casa Pontifícia e Secretário de Bento XVI há mais de 21 anos, Dom Georg Gänswein, afirmou: “Em abril, o Papa emérito Bento XVI comemora 89 anos: é como uma vela que lenta e serenamente vai se apagando, como acontece com uma pessoa idosa. No entanto, ele é sereno, lucidíssimo e em paz com Deus, consigo mesmo e com o mundo. Ele se interessa por tudo o que acontece e mantém seu humor fino e sutil; mantém também sua paixão por dois gatos, Contessa e Zorro, que vivem nos jardins adjacentes à sua Casa, no Vaticano.

Devido à sua idade avançada, Bento XVI caminha lentamente com um andador. Mantém em dia suas numerosas correspondências, mas não escreve mais livros; ele se limita a ditar cartas à sua secretária. Enfim, leva uma vida de monge, como ele deseja, mas não está isolado: reza, lê, ouve música, recebe visitas, toca o piano”.
Hoje dia 15 de Abril é o aniversário de 89 anos do nosso Papa Emérito Bento XVI. Gratidão por sua vida, seu magistério, sua humildade e simplicidade. Obrigado por cada palavra e ensinamento! Te amo Bento XVI. Oremos por ele, agradeçamos a Deus por sua vida! (Padre Roger Lius) 

sexta-feira, 15 de abril de 2016



CNBB
Missa de encerramento da Assembleia dos Bispos destaca missão da Igreja
SEXTA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2016, 10H38MODIFICADO: SEXTA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2016, 11H51

Igreja discípula, missionária, misericordiosa e profética foi o enfoque da Missa de encerramento da 54ª Assembleia Geral da CNBB

Míriam Bernardes
Da Redação

Nesta sexta-feira, 15, às 7h30, aconteceu, em Aparecida (SP), a Santa Missa de encerramento da54ª Assembleia Geral da CNBB, que foi presidida pelo Arcebispo de Brasília (DF) e presidente da entidade, Dom Sérgio Rocha.

Dom Sérgio iniciou a homilia agradecendo a Deus pela conclusão da Assembleia, pelo estudo e aprovação de documentos, especialmente o valioso documento sobre os “Cristãos Leigos e Leigas da Igreja e na Sociedade”, chamados a serem sal da terra e luz do mundo. Ele agradeceu também pela convivência fraterna e o respeitoso diálogo vivido nestes dias, louvando ao Senhor de modo especial pelo Ano Santo extraordinário da Misericórdia que estamos vivendo, muito unidos ao Papa Francisco.



“É preciso sair ao encontro daqueles que, no mundo, vivem como Saulo necessitados da luz da fé e do encontro com Cristo”, afirmou Dom Sérgio / Foto: Reprodução TVCN

O arcebispo destacou o objetivo geral da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. “Somos chamados a ser Igreja discípula, missionária, misericordiosa e profética. Queremos ser uma Igreja discípula, que vive do encontro com o Senhor ressuscitado que vem a nós nas diferentes situações, que nos surpreende com a Sua misericórdia, assim como ocorreu com São Paulo”.

Conforme a narrativa dos Atos dos Apóstolos, tornamo-nos discípulos pela graça de Deus, pois a iniciativa é d’Ele. A Sua graça nos precede, acompanha-nos no discipulado e na missão. Nós somos e queremos ser, cada vez mais, uma Igreja de discípulos que vive ao encontro com o Ressuscitado e se alimentam da Sua Palavra e da Eucaristia.

Para trilhar o caminho do discipulado, somos chamados a permanecer em Cristo, comendo da Sua Carne, bebendo do Seu Sangue, alimentando-nos do Pão descido do Céu.

Queremos ser uma Igreja misericordiosa. Os olhos de Saulo se abriram com a ajuda da Igreja representada por Ananias, uma Igreja mãe, misericordiosa e acolhedora, uma Igreja casa, de portas abertas e capaz de acolher tantos caídos por terra como Saulo, incapazes de ver, de caminhar, necessitados de mãos estendidas, de coração aberto para levantar das trevas e caminhar na luz. Uma Igreja que compartilha a luz da Palavra, que oferece a graça de recuperar a vista quando o olhar da fé começa a se enfraquecer, uma Igreja que, a exemplo do bom samaritano, faz-se servidora dos que mais sofrem.

Queremos ser sempre mais uma Igreja missionária, em saída, que compartilha a experiência do encontro com Cristo, a alegria do Evangelho, a alegria do amor na família como nos propõe o Papa Francisco. Por isso, como fez Ananias, possamos nós dizer, hoje, a cada dia: ‘Aqui estou, Senhor!’. Como Paulo, instrumento escolhido para anunciar o Seu nome, possamos sair, ir ao encontro de todos.
O caminho a ser percorrido

O mandado missionário de Jesus, recordado no Salmo 116, continua a ecoar na Igreja hoje: ‘Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho’. Deus continua a repetir a nós a Palavra dirigida a Ananias, chamando-nos pelo nome e dizendo: ‘Levanta-te e vai!’.

É preciso sair ao encontro daqueles que no mundo vivem como Saulo, necessitados da luz da fé e do encontro com Cristo. Necessitamos sair ao encontro das ovelhas mais sofridas, feridas e errantes do rebanho de Cristo.

Por fim, a Igreja discípula, missionária e misericordiosa quer ser, ao mesmo tempo, Igreja profética, atenta aos problemas sociais, oferendo sua contribuição própria, a luz da fé em Cristo, os valores e critérios que brotam do Evangelho para orientar a vida política, econômica e cultural.

Os pronunciamentos da CNBB não se inspiram em ideologias políticas, mas na Palavra de Deus e no magistério da Igreja. Neste momento de crise em que vivemos no país, conclamamos a todos para promoverem a paz, rejeitando qualquer forma de agressividade ou violência em suas manifestações.

O caminho a ser percorrido é o caminho do diálogo que constrói, em vez da polêmica ofensiva, o caminho da escuta, do combate respeitoso e não nos embates que transformam em inimigos os que pensam diferente. Com violência não se constrói uma nova sociedade nem se constrói a justiça social; ao contrário, a violência fere a dignidade das pessoas, destrói o nosso povo e nossa casa comum. Assim, possamos sempre caminhar como Igreja discípula, missionária, misericordiosa e profética.

Temos um longo caminho a percorrer e responder fielmente ao mandado missionário de Jesus Cristo, alimentados pela Sua Palavra, pela Eucaristia. Na força do Espírito Santo, esperamos crescer ainda mais contando com todos, especialmente com os cristãos, leigos e leigas, cuja presença e missão queremos valorizar e promover sempre mais.”

Dom Frei Leonardo Ulrich Steiner, ao final da Santa Missa, fez os agradecimentos incluindo aqueles que rezaram pela realização da Assembleia e os padres redentoristas. Em seguida, após alguns bispos receberem a Imagem Jubilar de Nossa Senhora Aparecida, rezaram a consagração e cantaram “Dai-nos a bênção”.




Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

Francisco ordenará 11 novos sacerdotes neste domingo
SEXTA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2016, 10H10

Ordenações sacerdotais acontecem por ocasião da 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Da redação, com Rádio Vaticano


O Papa Francisco presidirá neste domingo, 17, a ordenação presbiteral de 11 diáconos na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A celebração acontece no dia em que é comemorado o 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

Nove dos diáconos receberam formação nos seminários diocesanos: quatro no Colégio Diocesano Missionário “Redemptoris Mater”, três no Pontifício Seminário Romano Maior, um no Almo Colégio Capranica e outro no Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor. Dos outros dois, um pertence à Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – Firas A Kidher, nascido em 1977 em Bagdá (Iraque) – e o outro à Congregação do Oratório de São Filipe Néri (Oratorianos) – Marco Paglisvvia, nascido em 1983 em Villanova di Cepagatti (Pescara).

O mais jovem dos nove diáconos que exercerão o ministério presbiteral na Diocese de Roma é Andrea Calamita, romano nascido em 1990, do Pontifício Seminário Romano Maior.

Concelebrarão com o Pontífice o Cardeal Vigário Agostino Vallini, o Vice-regente da Diocese de Roma, Arcebispo Filipo Ianonne, os Bispos Auxiliares de Roma com o Bispo eleito Dom Gianrico Ruzza, os Superiores dos Seminários interessados e os párocos dos ordenandos.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Na Eucaristia entramos na redenção”, destacou Dom Alberto na Missa

Em sua homilia, Dom Alberto destacou a Eucaristia como pão da vida e fonte de partilha para o Brasil

Alessandra Borges 
Da redação

Nesta quinta-feira, 14, penúltimo dia da 54º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada na cidade de Aparecida (SP), as atividades dos bispos começou com a celebração da Santa Missa presidida pelo arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira Corrêa.

Durante a celebração, realizada no Santuário Nacional de Aparecida, o arcebispo destacou que, em 2016, completa 25 anos de ordenação episcopal, e a comemoração é ainda mais especial, pois sua arquidiocese acolhe, este ano, o 17º Congresso Eucarístico Nacional.

Dom Alberto iniciou sua homilia recordando o anúncio dos anjos aos pastores sobre o nascimento de Jesus.



Arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira, celebra Missa na 54º Assembleia da CNBB/ Foto: Reprodução TVCN

“Quando os anjos se afastaram para o céu, os pastores disseram aos outros: vamos a Belém, para ver o que aconteceu segundo o Senhor nos comunicou. Abrimos as portas de Belém e Amazônia e fazemos soar palavras de outros pastores. O Congresso Eucarístico será uma estação da Igreja de Belém, para a qual convidamos todo o Brasil, aqui representado por seus pastores”, destacou o arcebispo.

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Cristo é o pão da vida

Dom Alberto destacou que, pela Eucaristia, entramos na redenção. “Ela é condição para experimentarmos a Ressurreição, pois quem comunga tem a vocação de tornar e ser Eucaristia para o mundo”.

O arcebispo também fez referência à leitura dos Atos dos Apóstolos, que descreve o processo de iniciação cristã por meio do batismo, destacando que a comunhão nos aproxima de Jesus Cristo.

“Até hoje cada pessoa batizada, com suas etapas de busca, de perguntas, de escutas e descobertas, experiências de vida e festa é alguém que procede cheio de alegria no seu caminho de fé e comunhão com Cristo. Da mesma forma que a água do batismo nos faz mergulhar na vida nova de Cristo, assim é o Pão Eucarístico”, frisou.
Partilha da Eucaristia na Amazônia

Dom Alberto convidou todos os bispos e as pessoas para conhecerem a beleza da natureza amazônica e de sua população durante o 17º Congresso Eucarístico Nacional, que tem como tema “Eucaristia e partilha na Amazônia missionária”.

“A Amazônia, que o Brasil é convidado a conhecer no 17º Congresso Eucarístico Nacional, é justamente essa terra que tem pelo caminho da história a vocação da partilha. Se nós, na Amazônia, recebemos muito da Igreja e de tantas partes do mundo, Deus nos deu a graça de sermos um povo vigoroso na fé, com tantos dons a serem compartilhados na Igreja e na sociedade”, refletiu.

Para encerrar sua homilia, Dom Alberto reforçou seu convite ao Brasil, para proclamar que a “Eucaristia nos reúne nessa mesa, eleva Deus nos sacrifícios de louvor e é missão de toda a Igreja viver no mundo a partilha do amor”.
Papa: a docilidade ao Espírito Santo leva adiante a Igreja
QUINTA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2016:

Na Missa de hoje, Papa se concentrou na necessidade de ser dócil ao Espírito Santo, que leva adiante a Igreja e traz alegria

Da Redação, com Rádio Vaticano


Papa pede docilidade ao Espírito Santo / Foto: L’Osservatore Romano

É preciso ser dócil ao Espírito Santo, não apresentar resistência. Esse foi, em síntese, o ensinamento do Papa Francisco na Missa desta quinta-feira, 14, na capela da Casa Santa Marta.

Em sua homilia, o Papa se inspirou na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, em que Filipe evangeliza o etíope, alto funcionário da rainha Candace. O protagonista desse encontro, de fato, não é Filipe nem mesmo o etíope, mas o próprio Espírito. “É Ele quem faz as coisas. É o Espírito quem faz nascer e crescer a Igreja”, observou o Papa.

“Nos dias passados, a Igreja nos propôs o drama da resistência ao Espírito: os corações fechados, duros, tolos, que resistem ao Espírito. Viam os fatos – a cura do paralítico feita por Pedro e João na Porta Formosa do Templo; as palavras e as grandes coisas que fazia Estêvão, mas ficaram fechados a esses sinais do Espírito e resistiram a Ele. Buscavam justificar essa resistência com uma suposta fidelidade à lei, isto é, à letra da lei”.

Hoje, o que a Igreja propõe é o oposto, explicou o Papa: ela ensina a não resistir ao Espírito, mas ser dócil a Ele, deixando-O agir e ir adiante para construir a Igreja; essa é a atitude do cristão. Como exemplo, o Pontífice citou Filipe, um dos Apóstolos, que estava atarefado, tinha os seus planos de trabalho, mas o Espírito lhe diz para deixar de lado o que havia programado e ir ao encontro do etíope, e ele obedeceu.

Francisco ilustrou o encontro entre Filipe e o etíope, quando o apóstolo explicou o Evangelho e sua mensagem de salvação. O Espírito, disse, trabalhava no coração do etíope, oferecia a ele o dom da fé, e este homem sentiu algo de novo no seu coração. E, ao final, pediu para ser batizado, pois foi dócil ao Espírito Santo.

A docilidade ao Espírito nos doa alegria

“Dois homens: um evangelizador e um que não sabia nada de Jesus, mas o Espírito tinha semeado uma curiosidade saudável e não aquela curiosidade das fofocas”. No final, o etíope prossegue o seu caminho com alegria, a alegria do Espírito, a docilidade ao Paráclito. “Ouvimos, nos dias passados, o que faz a resistência ao Espírito. Hoje, temos o exemplo de dois homens que foram dóceis à Sua voz. E o sinal é a alegria. A docilidade ao Espírito é fonte de alegria”.

O Papa propôs, por fim, uma bela oração para pedir essa docilidade, que pode ser encontrada no Primeiro Livro de Samuel. Trata-se da oração que o sacerdote Eli sugere ao jovem Samuel, que à noite ouvia uma voz que o chamava: “Fala, Senhor, que o teu servo escuta”.

“Essa é uma bela oração que nós podemos fazer sempre: ‘Fala, Senhor, porque teu servo escuta’. A oração para pedir essa docilidade ao Espírito Santo, e com essa docilidade levar avante a Igreja, ser o instrumento do Espírito, para que a Igreja possa prosseguir. ‘Fala, Senhor, que o teu servo escuta’. Rezemos assim, várias vezes por dia: quando temos uma dúvida, quando não sabemos ou quando simplesmente quisermos rezar. E com esta oração pedimos a graça da docilidade ao Espírito Santo

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Padre Lombardi informou jornalistas sobre reunião do Papa com conselho de cardeais que o auxiliam na reforma da Cúria Romana


Da Redação, com Rádio Vaticano

Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé / Foto: Arquivo

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, informou nesta quarta-feira, 13, que o documento sobre a reforma da Cúria Romana está tomando forma. Ele conversou com os jornalistas hoje no Vaticano sobre a 14ª reunião do Papa Francisco com o Conselho de Cardeais que o auxilia nesse processo.

“Um método circular”. Assim padre Lombardi descreveu o andamento do diálogo em vista da nova Constituição Apostólica “Pastor bonus”, sobre a reforma da Cúria Romana. Isso porque se fala, nas reuniões, sobre os vários dicastérios com observações e propostas. Segundo o jesuíta, ainda não há conclusões, mas já se começou a recolher e organizar as contribuições e assuntos importantes para a reforma da Cúria.

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“Hoje o dia foi dedicado a recolher e reorganizar as contribuições que foram dadas nas várias reuniões do Conselho, relativas aos vários dicastérios e organizá-las a fim de que o conjunto da estrutura da Constituição comece a ter uma forma. Portanto, não se limitar a ver singularmente os vários dicastérios, mas buscar posicionar as teclas que são obtidas com esses trabalhos, com essas reflexões, num esquema que gradualmente se completa a fim de constituir a proposta que o Conselho dá ao Papa em vista de uma nova Constituição. Este foi um pouco o trabalho de hoje”, explicou o sacerdote.

O jesuíta informou que o trabalho de apresentação das propostas foi concluído, mas nos encontros que o Papa Francisco faz com o Conselho de Cardeais não se fala somente de reforma. É uma ocasião para Francisco pedir a opinião dos purpurados que formam o conselho sobre vários assuntos.

Padre Lombardi cita a coleta de informações para a nomeação de novos bispos. Trata-se de identificar as pessoas adequadas para o compromisso episcopal. Nesse sentido, existem procedimentos, contatos, critérios, objetivos, aprofundamentos e conversa com o núncio no país interessado.

As reuniões são também ocasião para se atualizar sobre a atividade da Secretaria para a Economia e da Comissão para a Tutela de Menores. Padre Lombardi confirmou que assim se procedeu nesse 14º encontro dos cardeais.

Junto com o Papa Francisco nesse último ciclo de reuniões, estiveram presentes todos os cardeais, exceto o indiano Oswald Gracias, por motivo de saúde. As próximas reuniões serão realizadas de 6 a 8 de junho, de 12 a 14 de setembro, e de 12 a 14 de dezembro.
Papa indica dois remédios para o pecado: Palavra e Eucaristia
QUARTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2016, 7H27MODIFICADO: QUARTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2016, 11H29

Lembrando que todos são pecadores e necessitados da misericórdia de Deus, Papa indicou a Palavra e a Eucaristia para curar os pecados

Da Redação, com Rádio Vaticano

Francisco se reúne com os fiéis às quartas-feiras para a tradicional catequese / Foto: Reprodução CTV

“Misericórdia é que eu quero, e não sacrifício”. Partindo desta máxima de Jesus no contexto bíblico da vocação de Mateus, o Papa Francisco afirmou na catequese desta quarta-feira, 13, que qualquer atitude religiosa que não provenha do arrependimento é ineficaz. Lembrando da figura de Jesus como “médico divino”, ele indicou dois remédios para curar as pessoas do pecado: Palavra e Eucaristia.

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Mateus era coletor de impostos e, por isso, um pecador público. Contudo, sua verdadeira vocação se confirma com o chamado do Mestre, porém isso não o torna perfeito. “É verdade que ser cristão não nos faz impecáveis. Como Mateus, o publicano, cada um de nós se entrega à graça do Senhor apesar dos próprios pecados. Todos somos pecadores, todos pecamos. Uma vez, ouvi um provérbio tão bonito: não há santo sem passado, e não há pecador sem futuro. É bonito isso, isto é o que faz Jesus”, recordou o Pontífice.
Muro que separa de Deus

Francisco recordou, porém, que é preciso superar a barreira do orgulho e da soberba, comportamentos que afastam de Deus. O Papa enfatizou que a vida cristã é uma escola de humildade que se abre à graça, mas isso não pode ser compreendido por quem tem a presunção de se achar “justo” e melhor do que os outros.

“Soberba e orgulho não permitem que reconheçamos a nossa necessidade de salvação, aliás, impede de ver o rosto misericordioso de Deus e de agir com misericórdia. São um muro, a soberba e o orgulho, são um muro que impedem a relação com Deus”.
Médico Divino

O Santo Padre refletiu então sobre Jesus que se apresenta como Médico Divino, com dois medicamentos que restauram e nutrem: a Palavra e a Eucaristia. “Com a Palavra, Ele se revela e nos convida a um diálogo entre amigos: Jesus não tinha medo de falar com os pecadores, os publicanos, as prostitutas. Não tinha medo, amava todos. (…) Às vezes, esta Palavra é dolorosa porque incide sobre as hipocrisias, desmascara as falsas desculpas, traz à tona as verdades escondidas; mas ao mesmo tempo ilumina e purifica, dá força e esperança, é um reconstituinte preciso no nosso caminho de fé”.

O segundo bálsamo para o arrependimento sincero do coração cristão é a Eucaristia, que nutre o homem com a própria vida de Jesus e renova a graça do batismo.

Na conclusão da catequese, Francisco voltou ao cenário de Jesus que dialoga com os fariseus para recordar que, apesar da aliança com Deus e da misericórdia, as orações de Israel eram incoerentes e cheias de palavras vazias, uma ‘religiosidade de fachada’.

“‘Misericórdia é que eu quero’, ou seja, a lealdade de um coração que reconhece os próprios pecados, que se arrepende e volta a ser fiel à aliança com Deus. ‘E não sacrifício’: sem um coração arrependido, toda ação religiosa é ineficaz”.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Papa: doutores da lei estão fechados à profecia e à vida
(SEGUNDA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2016)

Na homilia de hoje, Papa critica rigidez dos doutores da lei, que se importam mais com leis e palavras do que com as pessoas

Da Redação, com Rádio Vaticano 

Francisco na Capela da Casa Santa Marta / Foto: L’Osservatore Romano

Os doutores da Lei julgam os outros usando a Palavra de Deus contra a Palavra de Deus, fecham o coração à profecia. A eles não importam as pessoas, somente os esquemas feitos de leis e palavras. Essa foi a reflexão central do Papa Francisco, na Missa desta segunda-feira, 11, na Casa Santa Marta.

A homilia teve como foco a primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, em que os doutores da Lei acusam Estêvão com calúnias, porque não conseguem “resistir à sabedoria e ao Espírito” com que ele falava. Instigam falsos testemunhos para dizer que o ouviram “pronunciar blasfêmias contra Moisés, contra Deus”.

“O coração fechado à verdade de Deus fica preso somente à verdade da Lei, ou melhor, mais do que pela Lei, pela letra, e não encontra outra saída a não ser a mentira, o falso testemunho e a morte”, explicou o Papa. Jesus já os havia repreendido por essa atitude, porque seus pais tinham matado os profetas, e eles, agora, construíam monumentos a esses profetas.

A resposta dos “doutores da letra”, segundo o Papa, é mais cínica do que hipócrita. “Se nós estivéssemos na situação dos nossos pais, não teríamos feito o mesmo”. E assim, explicou Francisco, lavam-se as mãos e se julgam puros diante de si mesmos. Mas o coração está fechado à Palavra de Deus, está fechado à verdade, está fechado ao mensageiro de Deus que traz a profecia para levar avante o povo do Senhor.

“Faz-me mal quando leio aquele pequeno trecho do Evangelho de Mateus quando Judas, arrependido, vai aos sacerdotes e diz ‘pequei’. Ele quer dar… e dá as moedas. ‘Que nos importa! – dizem eles – o problema é seu!” Um coração fechado diante desse pobre homem arrependido que não sabia o que fazer. ‘O problema é seu’ e foi se enforcar. E o que eles fazem quando Judas vai se enforcar? Falam e dizem ‘pobre homem? É, sim…’ Não! As moedas, rápido! Essas moedas são a preço de sangue, não podem entrar no templo…’ e a regra é esta, esta e esta… Os doutores da letra”.

Francisco explicou que aos “doutores da letra” não importa a vida de uma pessoa. Nesse caso, não importava o arrependimento de Judas, mas somente o seu esquema de leis e muitas palavras e coisas que construíram. “Essa é a dureza de seu coração. Essa é a dureza do coração, da tolice do coração dessa gente que, como não podia resistir à verdade de Estêvão, vai procurar testemunhos, testemunhas falsas para julgá-lo.”

Estêvão, afirmou o Papa, termina como todos os profetas, termina como Jesus. Isso se repete na história da Igreja. “A história nos fala de muita gente que foi morta e julgada não obstante fosse inocente. Julgada com a Palavra de Deus, contra a Palavra de Deus. Pensemos na caça às bruxas ou em Santa Joana D’Arc, em muitos outros que foram queimados e condenados, porque não se ajustaram, segundo os juízes, à Palavra de Deus. É o modelo de Jesus que, por ter sido fiel e obedecido à Palavra do Pai, termina na cruz. Com muita ternura, Jesus diz aos discípulos de Emaús: ‘Ó tolos e tardos de coração’! Peçamos hoje ao Senhor para que, com a sua ternura, olhe as pequenas e grandes tolices de nosso coração, nos acaricie e diga: ‘Ó tolos e tardos de coração’ e comece a nos explicar as coisas.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Padre Wagner Ferreira comenta 54ª Assembleia da CNBB

(QUINTA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2016)

Bispos do Brasil se reúnem em Aparecida para 54ª Assembleia Geral; padre Wagner Ferreira comenta a importância do tema central: leigos

Rafaela Ramos
Enviada especial a Aparecida (SP)

Os leigos estão no tema central da 54ª Assembleia Geral da CNBB, que reúne bispos de todo o Brasil em Aparecida (SP) de 6 a 15 de abril. O padre Wagner Ferreira comenta a importância desse tema, inclusive para a Comunidade Canção Nova. Assista:

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Santos e mártires de hoje levam adiante a Igreja, diz Papa

Na Missa de hoje, Papa falou do testemunho dado pelos santos e mártires do cotidiano, que levam a fé em Jesus até o fim

Da Redação, com Rádio Vaticano

São os santos da vida cotidiana e os mártires de hoje que levam avante a Igreja com a coerência e o corajoso testemunho de Jesus ressuscitado, graças à obra do Espírito Santo. Foi o que disse, em síntese, o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã desta quinta-feira, 7, na Casa Santa Marta.

A primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, fala da coragem de Pedro que, depois da cura do paralítico, anuncia a Ressurreição de Jesus diante dos chefes do Sinédrio, os quais, furiosos, queriam matá-lo. Ele foi proibido de pregar em nome de Jesus, mas continuou a proclamar o Evangelho, porque “é preciso obedecer a Deus e não aos homens”.

Este Pedro “corajoso”, disse o Papa Francisco, não tem nada a ver com o “Pedro covarde” da noite da Quinta-feira Santa, quando, repleto de medo, renegou Jesus três vezes. Agora, Pedro se tornou forte no testemunho. “O testemunho cristão tem o mesmo caminho de Jesus: dar a vida”, observou o Papa, lembrando que, de um modo ou de outro, o cristão coloca a vida em jogo no verdadeiro testemunho.

“A coerência entre a vida e aquilo que vimos e ouvimos é justamente o início do testemunho. Mas o testemunho cristão tem outro aspecto, não é somente de quem o dá: o testemunho cristão, sempre, é feito por duas pessoas. ‘E desses fatos somos testemunhas nós e o Espírito Santo’. Sem o Espírito Santo não há testemunho cristão, porque o testemunho cristão, a vida cristã, são graças que o Senhor nos dá com o Espírito Santo”.

Sem o Espírito, ressaltou o Papa, não se consegue ser testemunha, pois esta, frisou o Papa, é coerente com aquilo que diz, com o que faz e com o que recebeu, ou seja, o Espírito Santo. Esta é a coragem cristã, este é o testemunho, disse.

“Esse o testemunho de nossos mártires hoje. Muitos, expulsos de suas terras, deslocados, decapitados e perseguidos, têm a coragem de confessar Jesus até o momento da morte. É o testemunho daqueles cristãos que vivem sua vida seriamente e dizem: ‘Eu não posso fazer isso, eu não posso fazer o mal ao outro; eu não posso trapacear; eu não posso conduzir uma vida pela metade, eu devo dar o meu testemunho’. E o testemunho é dizer o que viu e ouviu na fé, ou seja, Jesus Ressuscitado, com o Espírito Santo que recebeu como dom.”

Francisco acrescentou que, nos momentos difíceis da história, ouve-se dizer que “a pátria precisa de heróis”. Isso é verdade, é correto, mas do que a Igreja precisa hoje é de testemunhas, de mártires.

“São as testemunhas, ou seja, os santos de todos os dias, os da vida cotidiana, mas com coerência, e também as testemunhas até o fim, até a morte. Estes são o sangue vivo da Igreja; estes são aqueles que levam a Igreja adiante, as testemunhas; aqueles que atestam que Jesus ressuscitou, que Jesus está vivo, e o testemunham com a coerência de vida e com o Espírito Santo que receberam como dom".

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Veja o que os bispos irão refletir na Assembleia Geral 2016

De acordo com o Estatuto da Conferência dos Bispos do Brasil, a Assembleia Geral é o órgão máximo da instituição

André Cunha
Enviado especial a Aparecida (SP)

A 54ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil começa nesta quarta-feira, 6, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, em Aparecida (SP). Cerca de 320 bispos participarão da reunião anual do episcopado brasileiro, promovida pela CNBB.

Serão dez dias para discussões em torno do tema: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da terra e luz do mundo”.

Pela terceira vez, este mesmo assunto retorna ao plenário da Assembleia Geral, mas desta vez com a promessa de que, ao fim do encontro, será apresentado um documento sobre o assunto.

O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, explicou nesta terça-feira, 5, em entrevista coletiva à imprensa, o motivo que levou os bispos a retomarem a discussão nesta 54ª reunião do episcopado.

De acordo com Dom Leonardo, os leigos desempenham função importante na evangelização, e a Igreja quer entender como eles podem melhor anunciar o Evangelho na sociedade, em seus diversos âmbitos (cultural, político, econômico e etc). 

O texto para o documento final será apresentado aos bispos, discutido em grupos e plenário, depois votado, para só então ser divulgado à Igreja no Brasil.
Primeiro dia da Assembleia 

Encontro dos Bispos terá início às 7h30 desta quarta-feira, 6, no Santuário Nacional, com a celebração da Missa. Em seguida, a cerimônia oficial dará início ao evento.

À tarde, os bispos participarão de dois momentos importantes. O primeiro trará uma análise de conjuntura sociopolítica e a apresentação do texto “Pensando Brasil”.

No segundo momento, a pesquisadora da Universidade Rural do Rio de Janeiro, Silvia Fernandes, conduzirá os bispos a uma reflexão sobre a mudança religiosa no Brasil, sobretudo, a respeito da migração entre as religiões, tentando compreender como e porque ela acontece.
Cenário político do Brasil

Dom Leonardo afirmou que o possívelimpeachment da presidente Dilma Rousseff não está entre as pautas da Assembleia Geral, já definidas em outubro do ano passado. Porém, segundo o bispo, ainda será analisada a inserção deste assunto nas discussões durante os próximos dias. 

Papa na catequese: misericórdia de Deus cancela miséria humana
QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016, 7H55MODIFICADO: QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016, 11H07

Papa iniciou novo ciclo de catequeses, abordando a misericórdia de Deus a partir da vida de Jesus

Da Redação, com Rádio Vaticano


Na catequese desta quarta-feira, 6, o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de catequeses sobre a misericórdia. Dessa vez, o tema é refletido sob a ótica do Evangelho, ou seja, lembrando como o próprio Jesus realizou essa misericórdia.

“Jesus é a misericórdia de Deus feita carne. Uma misericórdia que Ele expressou, realizou e comunicou sempre (…) encontrando as multidões, anunciando o Evangelho, curando os doentes, perdoando os pecadores”, disse o Papa.

Com esses gestos, Jesus torna visível um amor ilimitado aberto a todos – que não exclui ninguém –, sublinhou Francisco. Amor que se reflete também na presença de Jesus na fila para receber o batismo de João Batista.

“Este é um fato que imprime uma marca decisiva para toda a missão de Cristo. Ele não se apresentou ao mundo no esplendor do tempo – poderia ter feito –, não se fez anunciar ao som de trombetas – poderia ter feito –, tampouco apresentou-se nas vestes de um juiz – poderia ter feito”, ponderou repetidamente o Papa.

Leia ou Assista à integra da catequese do Papa, em português:



Francisco recordou que, muitas as vezes, as pessoas acabam julgando os outros, enquanto deveriam refletir sobre seus próprios pecados, já que todos são pecadores. “Cada um de nós deveria se perguntar: “sim, aquele é um pecador. Mas, e eu?”. Todos somos pecadores, mas todos somos perdoados, todos temos a possibilidade de receber esse perdão, que é a misericórdia de Deus”.

Nada nem ninguém, advertiu o Pontífice, está excluído desta oração de Jesus na hora da Paixão: “Isso significa que não devemos ter medo de nos reconhecermos e confessarmos pecadores (…) não devemos temer as nossas misérias: e cada um tem as suas. Mas a potência inexaurível de amor do Crucificado não conhece obstáculos, e essa misericórdia cancela todas as nossas misérias”.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Vaticano divulga celebrações do Papa para abril e maio
TERÇA-FEIRA, 5 DE ABRIL DE 2016, 8H25MODIFICADO: TERÇA-FEIRA, 5 DE ABRIL DE 2016, 9H33

No calendário de celebrações do Papa para os próximos dois meses, Pentecostes e o Jubileu dos Jovens

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa na Praça São Pedro, onde são realizadas boa parte das celebrações / Foto: L’Osservatore Romano

O Vaticano publicou, nesta terça-feira, 5, o calendário das celebrações litúrgicas presididas pelo Papa Francisco nos meses de abril e maio.

A primeira será no próximo dia 17, 4º Domingo de Páscoa. Na Basílica Vaticana, às 9h15, Francisco presidirá ordenações presbiterais.

Uma semana depois, no 5º Domingo de Páscoa, 24 de abril, na Praça São Pedro, o Pontífice celebra Missa por ocasião do Jubileu dos Jovens, a partir das 10h30.

Em 5 de maio, o Papa preside a vigília de oração “Enxugar as lágrimas”, na Solenidade da Ascensão do Senhor. A cerimônia será na Basílica Vaticana, às 18h.
Domingo, 15 de maio, celebra-se Pentecostes e Francisco preside a Santa Missa na Basílica Vaticana, às 10h.

Dia 26, quinta-feira, a Igreja celebrará a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Corpus Christi. Na Praça de São João de Latrão, sede da Diocese de Roma, a Missa terá início às 19h. Na sequência, o Papa conduz a procissão até a Basílica de Santa Maria Maior e concede a bênção eucarística.

Fechando a programação de maio, em 29 de maio, 9º Domingo do Tempo Comum, Francisco preside uma Missa por ocasião do Jubileu dos Diáconos. Às 10h30, terá início a celebração, na Praça São Pedro.

Os horários mencionados se referem a Roma, com cinco horas a mais em relação a Brasília.