(Padre Robson)
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Homilia do Papa na festa dos santos apóstolos Pedro e Paulo 2016
QUARTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2016
HOMILIA
Bênção dos pálios e celebração eucarística na solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo
Basílica Vaticana
Quarta-feira, 29 de junho de 2016
Boletim da Santa Sé
Nesta liturgia, a Palavra de Deus contém um binômio central: fechamento/abertura. E, relacionado com esta imagem, está também o símbolo das chaves, que Jesus promete a Simão Pedro para que ele possa, sem dúvida, abrir às pessoas a entrada no Reino dos Céus, e não fechá-la como faziam alguns escribas e fariseus hipócritas que Jesus censura (cf. Mt 23,13).
A leitura dos Atos dos Apóstolos (12,1-11) apresenta-nos três fechamentos: o de Pedro na prisão; o da comunidade reunida em oração; e – no contexto próximo da nossa perícope – o da casa de Maria, mãe de João chamado Marcos, a cuja porta foi bater Pedro depois de ter sido libertado.
Vemos que a principal via de saída dos fechamentos é a oração: via de saída para a comunidade, que corre o risco de se fechar em si mesma por causa da perseguição e do medo; via de saída para Pedro que, já no início da missão que o Senhor lhe confiara, é lançado na prisão por Herodes e corre o risco de ser condenado à morte. E enquanto Pedro estava na prisão, «a Igreja orava a Deus, instantemente, por ele» (At 12, 5). E o Senhor responde à oração com o envio do seu anjo para o libertar, «arrancando-o das mãos de Herodes» (cf. v. 11). A oração, como humilde entrega a Deus e à sua santa vontade, é sempre a via de saída dos nossos fechamentos pessoais e comunitários. É a grande via de saída dos fechamentos.
O próprio Paulo, ao escrever a Timóteo, fala da sua experiência de libertação, de saída do perigo de ser ele também condenado à morte; mas o Senhor esteve ao seu lado e deu-lhe força para poder levar a bom termo a sua obra de evangelização dos gentios (cf. 2 Tm 4, 17). Entretanto Paulo fala duma «abertura» muito maior, para um horizonte infinitamente mais amplo: o da vida eterna, que o espera depois de ter concluído a «corrida» terrena. Assim é belo ver a vida do Apóstolo toda «em saída» por causa do Evangelho: toda projetada para a frente, primeiro, para levar Cristo àqueles que não O conhecem e, depois, para se lançar, por assim dizer, nos seus braços e ser levado por Ele «a salvo para o seu Reino celeste» (v. 18).
Voltemos a Pedro… A narração evangélica (Mt 16, 13-19) da sua confissão de fé e consequente missão a ele confiada por Jesus mostra-nos que a vida do pescador galileu Simão – como a vida de cada um de nós – se abre, desabrocha plenamente quando acolhe, de Deus Pai, a graça da fé. E Simão põe-se a caminhar – um caminho longo e duro – que o levará a sair de si mesmo, das suas seguranças humanas, sobretudo do seu orgulho misturado com uma certa coragem e altruísmo generoso. Decisiva neste seu percurso de libertação é a oração de Jesus: «Eu roguei por ti [Simão], para que a tua fé não desapareça» (Lc 22, 32). E igualmente decisivo é o olhar cheio de compaixão do Senhor depois que Pedro O negou três vezes: um olhar que toca o coração e liberta as lágrimas do arrependimento (cf. Lc 22, 61-62). Então Simão Pedro foi liberto da prisão do seu eu orgulhoso, do seu eu medroso, e superou a tentação de se fechar à chamada de Jesus para O seguir no caminho da cruz.
Como já aludi, no contexto próximo da passagem lida dos Atos dos Apóstolos, há um detalhe que pode fazer-nos bem considerar (cf. 12, 12-17). Quando Pedro, miraculosamente liberto, se vê fora da prisão de Herodes, vai ter à casa da mãe de João chamado Marcos. Bate à porta e, de dentro, vem atender uma empregada chamada Rode, que, tendo reconhecido a voz de Pedro, em vez de abrir a porta, incrédula e conjuntamente cheia de alegria corre a informar a patroa. A narração, que pode parecer cômica – e pode ter dado início ao chamado «complexo de Rode» –, deixa intuir o clima de medo em que estava a comunidade cristã, fechada em casa e fechada também às surpresas de Deus. Pedro bate à porta. – «Vai ver quem é!» Há alegria, há medo… «Abrimos ou não?» Entretanto ele corre perigo, porque a polícia pode prendê-lo. Mas o medo paralisa-nos, sempre nos paralisa; fecha-nos, fecha-nos às surpresas de Deus. Este detalhe fala-nos duma tentação que sempre existe na Igreja: a tentação de fechar-se em si mesma, à vista dos perigos. Mas mesmo aqui há uma brecha por onde pode passar a ação de Deus: Lucas diz que, naquela casa, «numerosos fiéis estavam reunidos a orar» (v. 12). A oração permite que a graça abra uma via de saída: do fechamento à abertura, do medo à coragem, da tristeza à alegria. E podemos acrescentar: da divisão à unidade. Sim, digamo-lo hoje com confiança, juntamente com os nossos irmãos da Delegação enviada pelo amado Patriarca Ecumênico Bartolomeu para participar na festa dos Santos Padroeiros de Roma. Uma festa de comunhão para toda a Igreja, como põe em evidência também a presença dos Arcebispos Metropolitas que vieram para a bênção dos Pálios, que lhes serão impostos pelos meus Representantes nas respetivas Sedes.
Os Santos Pedro e Paulo intercedam por nós para podermos realizar com alegria este caminho, experimentar a ação libertadora de Deus e a todos dar testemunho dela.
No Angelus, Papa destaca exemplo de fé dos santos Pedro e Paulo
QUARTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2016
Papa rezou o Angelus na solenidade dos santos Pedro e Paulo; a ênfase foi para o exemplo de fé deixado por ambos os apóstolos
Da Redação, com Vaticano
Na solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo, celebrada pela Igreja nesta quarta-feira, 29, o Papa Francisco rezou a oração mariana com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. O Papa destacou o exemplo de fé desses dois apóstolos.
“A fé sincera e sadia de Pedro, o coração grande e universal de Paulo nos ajudarão a ser cristãos alegres, fiéis ao Evangelho e abertos ao encontro com os outros”, disse o Pontífice.
O Santo Padre rezou à Virgem Maria confiando a ela Roma e o mundo, a fim de que possa encontrar nos valores espirituais e morais o fundamento da sua vida social e da sua missão.
terça-feira, 28 de junho de 2016
Francisco abraça Bento XVI, que completa 65 anos de padre / Foto: Reprodução CTV
O Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI mais uma vez juntos no Vaticano. Na manhã desta terça-feira, 28, Francisco participou das celebrações pelos 65 anos de sacerdócio de Bento XVI, que por quase oito anos esteve à frente da Igreja católica. A cerimônia reuniu o colégio cardinalício (assista à celebração completa ao final da matéria)
Francisco fez uma breve saudação destacando a característica central do sacerdócio de Bento XVI: o amor intenso a Deus, tendo o olhar e o coração dirigidos a Ele. “O senhor, santidade, continua a servir a Igreja, não deixa de contribuir verdadeiramente com vigor e sabedoria para o seu crescimento, e faz isso daquele pequeno mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano”.
Bento XVI recebe homenagem em seus 65 anos de padre / Foto: Reprodução CTV
O Papa desejou a Bento XVI que ele continue sentindo a mão de Deus misericordioso em sua vida, que possa experimentar e testemunhar para todos o amor de Deus. “Que, com Pedro e Paulo, possa continuar a exultar de grande alegria enquanto caminha rumo à meta da fé”, concluiu Francisco.
Palavras de Bento XVI
Bento XVI diz palavras de agradecimento na cerimônia / Foto: Reprodução CTV
Interrompendo por alguns instantes a vida de recolhimento, silêncio e oração que leva desde que renunciou ao papado em fevereiro de 2013, Bento XVI disse algumas palavras na celebração a ele dedicada. E foram palavras de agradecimento.
“Obrigado sobretudo ao senhor, Santo Padre: a sua bondade, desde o primeiro momento da eleição, em todos os momentos da minha vida aqui (…) a sua bondade é o lugar onde habito: sinto-me protegido. Obrigado também pela palavra de agradecimento, por tudo. E esperamos que o senhor possa ir adiante com todos nós nesta via da Divina Misericórdia, mostrando o caminho de Deus, a Jesus, a Deus”.
Bento XVI também agradeceu as palavras a ele dirigidas pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Muller, e pelo decano (mais velho) do colégio cardinalício, Cardeal Angelo Sodano. E por fim, inseriu todos em um grande “obrigado” a Deus.
“Assim, vamos receber realmente a novidade da vida e ajudar para a transubstanciação do mundo: que seja um mundo não de morte, mas de vida; um mundo no qual o amor venceu a morte. Obrigado a todos vocês. O Senhor nos abençoe”, finalizou o Papa Emérito.
Após os discursos, Bento XVI e Francisco receberam os cumprimentos dos cardeais que estavam presentes na celebração. E o Papa Emérito volta para o Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano. É lá que ele reside e leva uma vida de recolhimento, com raras aparições públicas, desde que renunciou ao papado, no dia 28 de fevereiro de 2013.
Assista à cerimônia completa, com tradução da Rádio Vaticano:
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
(27 de Junho)
Pouco se sabe a respeito da autoria artística do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, apesar de conhecidíssimo pelos católicos do mundo inteiro. Segundo especialistas, há forte indício que o artista seja grego, pois as inscrições estão neste idioma. Esta pintura deve ter sido executada no período compreendido entre os séculos XIII e XIV. A tradução das quatro letras gregas na parte superior da tela significam “Mãe de Deus”. No quadro, o Menino Jesus, ao colo de Nossa Senhora contempla um dos anjos, que respectivamente seguram na mão instrumentos prefigurativos dos sofrimentos futuros, da paixão e morte do Salvador: lança, vara com a esponja, o cálice com fel, cruz e cravos. O quadro é composto de significativos detalhes. O Menino Jesus, amedrontado com a visão dos arcanjos Miguel e Gabriel segurando os referidos instrumentos, busca socorro no colo seguro da Mãe, já que uma das sandálias lhe resta ao pé esquerdo, dependurada só pelo cadarço. Maria o acolhe maternalmente e nos fita com olhar terno, ao mesmo tempo triste, como sinal de apelo à humanidade pelos pecados, causa do sofrimento do seu Filho. A tradução das letras gregas acima do ombro Menino, significam “Jesus Cristo”. Segundo tradições orientais, o quadro, uma pintura em estilo bizantino, é uma reprodução de uma pintura feita por São Lucas, que além de escritor, era também pintor.
Conta-se que este quadro ficava exposto em um templo na Ilha de Creta, e que fora roubado por um negociante que pretendia levá-lo a Roma a fim de vendê-lo. Quando o navio saiu, uma tremenda tempestade formou-se, causando desespero na tripulação. Todos pediram socorro à Deus à Virgem, ocasião em que a tempestade dissipou-se. A embarcação acabou aportando na Itália, mais ou menos na mesma época em que Colombo trazia da América para a Europa a nau “Santa Maria”. O quadro milagroso de Nossa Senhora foi transportado para a cidade de Roma.
Posteriormente, após a morte do ladrão, Maria manifestou-se a diversas pessoas, expressando o desejo de que esse quadro fosse venerado na Igreja de São Mateus (hoje Igreja de Santo Afonso), em Roma, a qual está situada entre as Igrejas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Seu desejo não foi atendido e algum tempo depois, o quadro ficou em poder de uma mulher que tinha uma filha de 6 anos.
Certo dia, Maria apareceu à menininha e lhe indicou um lugar, dizendo: "quero que o quadro seja colocado entre a minha querida Igreja de Santa Maria Maior e a do meu filho São João de Latrão". A própria Virgem Maria, nessa aparição, foi quem deu à menininha o título “Perpétuo Socorro" e lhe manifestou o desejo de ser invocada com este nome. A menina contou o fato à sua mãe e esta resolveu seguir o indicado pela Virgem, entregando a imagem aos padres agostinianos, que residiam na Igreja de São Mateus, onde foi exposta à veneração pública no dia 07 de março de 1499, numa solene procissão. Lá permaneceu por três séculos tornando-se centro de peregrinação católica.
N o ano de 1778, por ocasião da guerra civil, o venerável templo foi destruído, mas o quadro foi preservado e graças aos religiosos agostinianos, foi levado a salvo para o seu novo mosteiro, junto à Igreja de Santa Maria in Posterula, lado oposto da cidade.
O último membro da Congregação a fazer profissão religiosa no templo de São Mateus foi o frade Agostinho Orsetti. Com idade avançada e sentindo a proximidade da morte, recebia as visitas de um jovem amigo, Miguel Marchi, a quem lembrou por diversas vezes da Virgem do Perpétuo Socorro: “Não te esqueças, Miguel, - disse ele - que a imagem que está na capela é a mesma que foi por muito tempo venerada em São Mateus. Quantos milagres sucederam!”. Mais tarde, quando o jovem já pertencia à Ordem dos Redentoristas, ouvindo que um confrade seu encontrara documentos preciosos, relatou tudo o que ouvira do Frei Orsetti a respeito do quadro.
Certo dia, Maria apareceu à menininha e lhe indicou um lugar, dizendo: "quero que o quadro seja colocado entre a minha querida Igreja de Santa Maria Maior e a do meu filho São João de Latrão". A própria Virgem Maria, nessa aparição, foi quem deu à menininha o título “Perpétuo Socorro" e lhe manifestou o desejo de ser invocada com este nome. A menina contou o fato à sua mãe e esta resolveu seguir o indicado pela Virgem, entregando a imagem aos padres agostinianos, que residiam na Igreja de São Mateus, onde foi exposta à veneração pública no dia 07 de março de 1499, numa solene procissão. Lá permaneceu por três séculos tornando-se centro de peregrinação católica.
N o ano de 1778, por ocasião da guerra civil, o venerável templo foi destruído, mas o quadro foi preservado e graças aos religiosos agostinianos, foi levado a salvo para o seu novo mosteiro, junto à Igreja de Santa Maria in Posterula, lado oposto da cidade.
O último membro da Congregação a fazer profissão religiosa no templo de São Mateus foi o frade Agostinho Orsetti. Com idade avançada e sentindo a proximidade da morte, recebia as visitas de um jovem amigo, Miguel Marchi, a quem lembrou por diversas vezes da Virgem do Perpétuo Socorro: “Não te esqueças, Miguel, - disse ele - que a imagem que está na capela é a mesma que foi por muito tempo venerada em São Mateus. Quantos milagres sucederam!”. Mais tarde, quando o jovem já pertencia à Ordem dos Redentoristas, ouvindo que um confrade seu encontrara documentos preciosos, relatou tudo o que ouvira do Frei Orsetti a respeito do quadro.
REFLEXÕES
O quadro de Nossa Senhora do Pertétuo Socorro resume, em poucos detalhes, um leque enorme de mensagens. A estampa expressa símbolos altamente significativos da fé: devoção mariana, Nascimento, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. A figura do Menino Jesus remonta o seu divino Nascimento. Ao mesmo tempo, a atitude do Menino diante da visão aterradora, O transporta à mesma sensação que iria sentir no Horto das Oliveiras. Busca Ele, no colo de Maria, Sua Mãe, socorro, proteção, consolo e segurança. Este é o ângulo do espectador em relação ao quadro. Um segundo ângulo, porém, do quadro para o espectador, ou de Maria para a humanidade, traduz um significado tão profundo quanto o primeiro: Maria se coloca como referência diante dos nossos pecados, intercedendo por nós junto a Jesus. Diante dos nossos sofrimentos, Ela é o nosso colo, nossa segurança, nosso Perpétuo Socorro. A riqueza de informações atinge extrema magnitude. Deve ser mesmo reprodução de um quadro de São Lucas, pois quase não dá para conceber como tantas informações possam caber em tão pouco espaço: 1) Parte superior - iniciais em grego para "Mãe de Deus"; 2) Auréola - colocada em 1867 a pedido do Vaticano pelos milagres atribuídos a Ela; 3) Estrela no Véu - Ela, a Estrela do Mar, que traz a Luz ao mundo e a Luz que nos conduz ao porto Seguro da Eternidade; 4) Inicial em grego sobre o arcanjo Miguel - que apresenta a lança, a esponja e o cálice da Paixão; 5) Inicial em grego sobre o arcanjo Gabriel - que apresenta a Cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus; 6) Os olhos de Maria - grandes e voltados para nossas necessidades; 7) A boca pequena de Maria - recolhimento e o silêncio; 8) Iniciais gregas acima do Menino, que significa "Jesus Cristo". 9) Túnica Vermelha - distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora; 10) De mão dada com o Menino - Mão de consolo de Maria, significando também sua intercessão em favor dos homens; 11) Manto azul escuro - Maternidade e Virgindade de Maria; 12) Mão esquerda de Maria - apoio e sustento à humanidade; 13) Fundo Amarelo - representa o ouro, simbolizando a glória do Paraíso; 14) Sandália caída - nosso consolo ante as dificuldades e atropelos da vida.
Fonte: Página Oriente
terça-feira, 21 de junho de 2016
Papa visita a Armênia neste fim de semana e deve encontrar mais de 20 mil pessoas na Santa Missa que vai presidir
Da Redação, com Rádio Vaticano
Da Redação, com Rádio Vaticano
As cidades e vilarejos da Armênia se mobilizam para acolher o Papa Francisco, que visita o país neste fim de semana, a partir de sexta-feira, 24. A Igreja armênio-católica vem preparando a visita há meses e mais de 20 mil pessoas devem se reunir só para a Missa com o Santo Padre.
Quem descreve o esforço e os sentimentos das pessoas para receber o Papa é um sacerdote da igreja local, padre Karnik Youssefian, da Paróquia de São José, em Kamishlié, no extremo nordeste da Síria. Ele fugiu da perseguição do Estado Islâmico e agora está em Gyumri.
Nos últimos meses, padre Karnik visitou todos os vilarejos armênios para recolher os nomes dos participantes nas celebrações presididas pelo Papa e, por sua vez, convenceu cerca de 400 jovens a irem a Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude.
“Devo dizer que há muitas coisas por fazer: recolhemos em muitos vilarejos armênios os nomes e sobrenomes das pessoas que virão para participar na Santa Missa do Santo Padre. Até agora temos cerca de 18 mil fiéis, além daqueles que virão de fora, que são 2 mil. Portanto, vai haver mais de 20 mil pessoas presentes na missa que o Santo Padre vai celebrar. Os preparativos não são fáceis, porque para chegar aos vilarejos e escrever todos os nomes levamos mais de um mês”.
Sendo armênio-sírio, padre Karnik disse esperar dessa visita do Papa, em primeiro lugar, a paz, especialmente na Síria. “Depois, esperamos que se aproximem mais as duas Igrejas, a armênio-Apostólica e a Católica, em todo o mundo.
Um aspecto que, segundo ele, chamou a atenção durante os preparativos é a imensa vontade do povo de ver o Papa. “Muitos só querem ver o Papa e, depois, cumprimentá-lo, pegar na sua mão: todos têm esse desejo, embora eu acho que é um pouco difícil conseguir… Mas as pessoas têm esse desejo: de ficar perto do Santo Padre, pelo menos, para cumprimentá-lo”, concluiu o sacerdote.
Quem descreve o esforço e os sentimentos das pessoas para receber o Papa é um sacerdote da igreja local, padre Karnik Youssefian, da Paróquia de São José, em Kamishlié, no extremo nordeste da Síria. Ele fugiu da perseguição do Estado Islâmico e agora está em Gyumri.
Nos últimos meses, padre Karnik visitou todos os vilarejos armênios para recolher os nomes dos participantes nas celebrações presididas pelo Papa e, por sua vez, convenceu cerca de 400 jovens a irem a Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude.
“Devo dizer que há muitas coisas por fazer: recolhemos em muitos vilarejos armênios os nomes e sobrenomes das pessoas que virão para participar na Santa Missa do Santo Padre. Até agora temos cerca de 18 mil fiéis, além daqueles que virão de fora, que são 2 mil. Portanto, vai haver mais de 20 mil pessoas presentes na missa que o Santo Padre vai celebrar. Os preparativos não são fáceis, porque para chegar aos vilarejos e escrever todos os nomes levamos mais de um mês”.
Sendo armênio-sírio, padre Karnik disse esperar dessa visita do Papa, em primeiro lugar, a paz, especialmente na Síria. “Depois, esperamos que se aproximem mais as duas Igrejas, a armênio-Apostólica e a Católica, em todo o mundo.
Um aspecto que, segundo ele, chamou a atenção durante os preparativos é a imensa vontade do povo de ver o Papa. “Muitos só querem ver o Papa e, depois, cumprimentá-lo, pegar na sua mão: todos têm esse desejo, embora eu acho que é um pouco difícil conseguir… Mas as pessoas têm esse desejo: de ficar perto do Santo Padre, pelo menos, para cumprimentá-lo”, concluiu o sacerdote.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Francisco: "Pai Nosso" é a pedra angular da oração
QUINTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2016
Pontífice frisou importância da oração do Pai Nosso em homilia na Casa Santa Marta
Da redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco frisou importância da oração do Pai Nosso./ Foto: L’Osservatore Romano
“Rezando o Pai Nosso sentimos o Seu olhar sobre nós.” Foi o que afirmou o Papa na missa matutina na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, 16.
Francisco ressaltou que, para um cristão, as orações não são palavras mágicas e recordou que ‘Pai’ é a palavra que Jesus profere sempre nos momentos fortes de sua vida.
O Papa frisou que não se deve desperdiçar palavras como os pagãos, pensando que as orações são palavras ‘mágicas’. O Pontífice se inspirou no Evangelho do dia, quando Jesus ensina a oração do Pai Nosso a seus discípulos e refletiu sobre o valor de rezar ao Pai na vida do cristão. Jesus, disse, “indica o espaço da oração em uma só palavra: ‘Pai’”.
Leia mais
.: Entenda o significado da oração do Pai Nosso
Jesus se dirige sempre ao Pai nos momentos fortes de sua vida
O Pai, observou o Pontífice, “sabe do que precisamos antes que lhe peçamos”. É um Pai que “nos escuta às escondidas, no segredo, como Ele, Jesus, nos aconselha a rezar: no segredo”.
“Este Pai nos dá a identidade de filhos. Eu digo ‘Pai’, mas chego às raízes da minha identidade: a minha identidade cristã é ser filho e esta é uma graça do Espírito. Ninguém pode dizer ‘Pai’ sem a graça do Espírito. ‘Pai’ é a palavra que Jesus usava quando era cheio de alegria, de emoção: “Pai, te louvo porque revelas estas coisas as crianças”; ou chorando, diante do túmulo de seu amigo Lázaro. “Pai, agradeço porque me ouvistes”; ou ainda, nos momentos finais de sua vida, no fim”.
“Nos momentos mais fortes”, evidenciou Francisco, Jesus diz: ‘Pai’. “É a palavra que mais usa; Ele fala com o Pai. É o caminho da oração e por isso – reiterou – eu me permito dizer, é o espaço de oração”. “Sem sentir que somos filhos, sem dizer ‘Pai’ – advertiu o Papa – a nossa oração é pagã, é uma oração de palavras”.
Rezar ao Pai, pois Ele conhece as nossas necessidades
O Papa acrescentou que é certo que se pode rezar à Nossa Senhora, aos anjos e Santos, mas a pedra angular da oração é o ‘Pai’. Se não formos capazes de iniciar a oração com esta palavra, “a oração não vai dar certo”:
“Pai. É sentir o olhar do Pai sobre mim, sentir que aquela palavra “Pai” não é um desperdício como as palavras das orações dos pagãos: é um chamado para Aquele que me deu a identidade de filho. Este é o espaço da oração cristã – “Pai” – e, em seguida, rezamos a todos os Santos, os Anjos, fazemos também as procissões, as peregrinações… Tudo bonito, mas sempre começando com “Pai” e na consciência de que somos filhos e que temos um Pai que nos ama e que conhece todas as nossas necessidades. Este é o espaço”.
Francisco em seguida dirigiu o pensamento à parte onde na oração do “Pai Nosso”, Jesus refere-se ao perdão do próximo como Deus nos perdoa. “Se o espaço da oração é dizer Pai – completou -, a atmosfera da oração é dizer ‘nosso’: somos irmãos, somos uma família”. Então o Papa recordou o que aconteceu com Caim, que odiou o filho do Pai, odiou seu irmão. O Pai nos dá a identidade e a família. “Por isso – disse o Papa – é tão importante a capacidade de perdoar, de esquecer, de esquecer as ofensas, a saudável habitude, mas, deixemos para lá… que o Senhor faça, e não carregar o rancor, o ressentimento, o desejo de vingança”.
Faz-nos bem fazer um exame de consciência sobre como rezar ao Pai
“Rezar ao Pai perdoando todos, esquecendo os insultos – disse -, é a melhor oração que você pode fazer”:
“É bom que às vezes façamos um exame de consciência sobre isso. Para mim, Deus é Pai, e eu o sinto Pai? E se não o sinto assim, mas peço ao Espírito Santo que me ensine a senti-lo assim. E eu sou capaz de esquecer as ofensas, de perdoar, de deixar para lá e se não, pedir ao Pai, ‘mas também estes são seus filhos, eles me fizeram uma coisa ruim … ajude-me a perdoar’?. Façamos esse exame de consciência sobre nós e nos fará bem, muito bem. ‘Pai’ e ‘nosso’”: nos dão a identidade de filhos e nos dão uma família para “caminhar” juntos na vida”.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
No Jubileu dos Enfermos, Francisco disse que todos são chamados a encarar as fragilidades e as doenças, para descobrir o verdadeiro sentido da vida
Da redação, com Rádio Vaticano
O Jubileu dos Enfermos e das Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais terminou neste domingo, 12, com a Missa presidida pelo Papa Francisco na Praça São Pedro, no Vaticano.
Em sua homilia, o Santo Padre recordou que, todos nós, “mais cedo ou mais tarde somos chamados a encarar e, às vezes, a lutar contra as fragilidades e as doenças, nossas e alheias”, para descobrir o verdadeiro sentido da vida.
Acesse
E alertou que, diante disso, pode sobrevir uma “atitude cínica”, como se fosse possível resolver tudo suportando ou contando apenas com as próprias forças.
“A natureza humana ‘ferida pelo pecado’, é em si mesma cheia de limitações”, explicou o Pontífice.
Nesse sentido, Francisco destacou que hoje é tido como improvável a possibilidade dos doentes ou pessoas especiais serem felizes, uma vez que não se inserem no “estilo de vida imposto pela cultura do prazer e da diversão”.
Falso bem-estar
“Em um tempo como o nosso, em que o cuidado do corpo se tornou um mito de massa e, consequentemente, um negócio, aquilo que é imperfeito deve ser ocultado, porque atenta contra a felicidade e a serenidade dos privilegiados e põe em crise o modelo dominante”.
Neste contexto – prosseguiu o Pontífice – seria melhor manter tais pessoas segregadas em um “recinto” qualquer – eventualmente cor de rosa – ou em “’espaços’ criados por um assistencialismo compassivo, para não atrapalhar o ritmo de um falso bem-estar”.
E, às vezes, até defende-se que o melhor seria livrar-se logo dessas pessoas, que custam caro em tempos de crise
“Na realidade, porém, como é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência! Não compreende o verdadeiro sentido da vida, que inclui também a aceitação do sofrimento e da limitação”.
Fraco confunde o forte
Ilusão também seria acreditar que o mundo seria melhor se houvesse somente pessoas “aparentemente perfeitas” – para não dizer maquiadas, acrescentou o Papa. Ao contrário: o mundo será melhor somente quando “crescem a solidariedade, a mútua aceitação e o respeito entre os seres humanos”.
“Como são verdadeiras as palavras do Apóstolo: ‘O que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte’”, disse Francisco, ao afirmar que entre as doenças atuais mais frequentes estão aquelas espirituais.
“Quando se experimenta a decepção ou a traição nas relações importantes, então nos descobrimo vulneráveis, fracos e sem defesas. Consequentemente, torna-se muito forte a tentação de se fechar em si mesmo e corre-se o risco de perder a ocasião da vida: amar apesar de tudo”.
Amor que cura
“O verdadeiro desafio é o de quem ama mais”, repetiu o Papa. E Jesus é o médico de amor que pode dar vida nova às pessoas doentes e especiais – e a quem com elas convive!
“Jesus é o médico que cura com o remédio do amor, porque toma sobre Si o nosso sofrimento e redime-o. Sabemos que Deus pode compreender as nossas enfermidades, porque Ele mesmo foi pessoalmente provado por elas”.
E concluiu: “O modo como vivemos a doença e a deficiência é indicação do amor que estamos dispostos a oferecer. A forma como enfrentamos o sofrimento e a limitação é critério da nossa liberdade em dar sentido às experiências da vida, mesmo quando nos parecem absurdas e não merecidas”.
Consistório Público para a Canonização dos novos santos será na próxima semana
Rádio Vaticano
Na próxima segunda-feira, 20, às 10h da manhã, hora italiana, o Papa Francisco presidirá na Sala do Consistório do Palácio Apostólico, no Vaticano, a celebração da Hora Média e o Consistório Ordinário Público para a Canonização dos Beatos:
– Salomone Leclercq (Guglielmo Nicola Ludovico), dos Irmãos das Escolas Cristãs, mártir;
– Manuel González García, Bispo de Palencia, fundador da União Eucarística Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de Nazaré;
– Ludovico Pavoni, sacerdote, fundador da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada;
– Alfonso Maria Fusco, sacerdote, fundador da Congregação das Irmãs de São João Batista;
– Elisabete da Santíssima Trindade (Elisabetta Catez), monja professa da Ordem dos Carmelitas Descalços.
Rádio Vaticano
Na próxima segunda-feira, 20, às 10h da manhã, hora italiana, o Papa Francisco presidirá na Sala do Consistório do Palácio Apostólico, no Vaticano, a celebração da Hora Média e o Consistório Ordinário Público para a Canonização dos Beatos:
– Salomone Leclercq (Guglielmo Nicola Ludovico), dos Irmãos das Escolas Cristãs, mártir;
– Manuel González García, Bispo de Palencia, fundador da União Eucarística Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de Nazaré;
– Ludovico Pavoni, sacerdote, fundador da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada;
– Alfonso Maria Fusco, sacerdote, fundador da Congregação das Irmãs de São João Batista;
– Elisabete da Santíssima Trindade (Elisabetta Catez), monja professa da Ordem dos Carmelitas Descalços.
terça-feira, 7 de junho de 2016
Ela nasceu na Suécia protestante para morrer em odor de santidade na Roma católica. Conheça um pouco da história de Maria Isabel Hesselblad, canonizada este mês pelo Papa Francisco.
O Papa Francisco canonizou, neste dia 5 de junho, a religiosa sueca Maria Isabel Hesselblad. Trata-se de um destino pouco comum para quem nasce na região da Escandinávia, dominada pelo protestantismo desde o século XVI.
De fato, Isabel foi criada em um lar protestante. Nasceu no vilarejo de Faglavik, sudoeste da Suécia, no dia 4 de junho de 1870. Ela era a quinta de 13 irmãos e foi batizada na comunidade luterana da Suécia, que seus pais frequentavam todos os domingos.
Com 16 anos, para ajudar nas necessidades materiais de casa, Isabel começa a trabalhar como doméstica. Dois anos depois, em 1888, a jovem decide mudar-se para os Estados Unidos, onde passa a trabalhar como enfermeira em um hospital de Nova Iorque. Aí ela entra em contato com diferentes culturas e religiões, descobrindo um mundo cristão totalmente diverso daquele a que estava acostumada na Suécia: a Igreja Católica.
Enquanto atendia a um trabalhador irlandês que se havia ferido na construção da futura Catedral de São Patrício, Isabel ouviu-o clamando o auxílio de Nossa Senhora: "Maria, Mãe de Deus, rogai por nós!". Assustada com a invocação, a jovem Isabel escreveria que "não era cristão" falar daquele modo. "Os católicos usam umas fórmulas curiosas", pensou ela na ocasião.
Outra noite, depois de enfrentar uma terrível tempestade buscando um sacerdote para um católico moribundo, ela receberia uma bênção profética. "Que Deus te abençoe, querida irmã, pelo teu cuidado e dedicação", disse-lhe o religioso. "Tu ainda não és capaz de entender o maravilhoso serviço que prestas a tanta gente, mas um dia o entenderás e encontrarás o caminho."
A jovem Isabel perambulava com suas amigas por várias igrejas cristãs de distintas denominações e se perguntava qual seria o único rebanho a que se referia o Evangelho de São João. Muito lhe agradava o silêncio das igrejas católicas, ainda que não conseguisse entender o porquê de tantos gestos físicos, como o sinal da cruz e as genuflexões.
Foi durante uma viagem a Bruxelas, enquanto acompanhava suas amigas católicas em um procissão do Santíssimo na Catedral de São Miguel e Santa Gudula, que Isabel teve um encontro pessoal com Jesus na Eucaristia:
"Ao ver as minhas duas amigas e muitos outros se ajoelhando, retirei-me atrás das portas para não ofender os que me rodeavam ficando de pé. Pensei comigo: 'Só me ajoelho diante de ti, Senhor, não aqui'. Naquele momento, o bispo chegou à porta carregando a custódia. Minha alma atormentada se encheu de repente de doçura e escutei uma voz, que parecia proceder ao mesmo tempo do exterior e do fundo do meu coração, que me dizia: 'Eu sou aquele que tu buscas'. Caí de joelhos, então, e ali, atrás da porta da igreja, realizei a minha primeira adoração a nosso divino Senhor presente no Santíssimo Sacramento."
Essa experiência mística abriu a alma de Isabel à fé católica. Depois, a oração, o estudo e os conselhos de um sábio padre jesuíta terminariam dissipando as suas dúvidas em relação a Nossa Senhora. Em 15 de agosto de 1902, já com 32 anos, Isabel finalmente recebe o Batismo "sob condição", no Convento da Visitação, em Washington. "Por um momento o amor de Deus foi derramado sobre mim", ela escreve, relembrando esse evento tão importante em sua caminhada de fé. "Entendi, então, que só poderia responder àquele amor por meio do sacrifício e de um amor disposto a sofrer por Sua glória e pela Igreja. Sem hesitar ofereci a Ele a minha vida e a minha vontade de segui-Lo no caminho da Cruz."
Durante uma peregrinação à Cidade Eterna, Isabel recebeu o sacramento da Confirmação e descobriu que devia dedicar toda a sua vida a rezar pela unidade dos cristãos. Ao visitar o templo e a casa de sua conterrânea, Santa Brígida, ela ficou profundamente impressionada e sentiu que Deus lhe chamava para a vida consagrada:"É neste lugar que desejo que Me sirvas".
Em 1906, ela recebe a permissão do Papa São Pio X para tomar o hábito da Ordem do Santíssimo Salvador, fundada por Santa Brígida. Cinco anos depois, passados inúmeros percalços, ela consegue estabelecer em Roma uma casa das brigidinas, dando início a um novo ramo da comunidade.
Desde o começo de sua fundação, Isabel se dedicou com muito cuidado à formação e direção de suas filhas espirituais. Ela implorava a elas que vivessem unidas a Deus, que tivessem um desejo fervoroso de se conformarem a nosso Divino Salvador, que possuíssem um grande amor pela Igreja e pelo Romano Pontífice e, por fim, que rezassem continuamente pela unidade de todos os cristãos. "Essa é a primeira meta da nossa vocação", ela repetia. "Nossas casas religiosas devem ser formadas pelo exemplo de Nazaré: oração, trabalho e sacrifício. O coração humano não pode aspirar a nada maior."
Contemplando o infinito amor do Filho de Deus, que Se sacrificou pela nossa salvação, ela alimentava a chama do amor em seu coração e lutava por transmitir a mesma caridade a suas filhas. "Nós devemos nutrir um grande amor por Deus e pelo próximo", ela dizia. "Um amor forte, um amor ardente, um amor que elimine as imperfeições, um amor que gentilmente suporte um ato de impaciência ou uma palavra amarga, um amor que se preste prontamente a um ato de caridade."
Durante a Segunda Guerra Mundial, o convento das brigidinas em Roma escondeu inúmeros refugiados, vindos de todos os lados, o que fez o Estado de Israel reconhecê-la com o título de "justa entre as nações".
A bem-aventurada Maria Isabel Hesselblad morreu em 24 de abril de 1957, em odor de santidade. Já em 2000 ela foi beatificada pelo Papa São João Paulo II.
Ao aproximar-se a sua morte, Isabel rezava continuamente o Rosário. "A Virgem está mais próxima de mim que o meu próprio corpo", ela escrevia. "Sinto que seria mais fácil cortar-me um braço, uma perna ou a cabeça que afastar de mim a Virgem. É como se a minha alma estivesse acorrentada a ela."
“Para fazer reinar Jesus Cristo no mundo, nada é mais necessário do que um clero santo, que seja, com o exemplo, com a palavra e com a ciência, guia dos fiéis" [1]. Estas são palavras que os Santos Padres não se cansam de repetir ao orbe católico, desde que foram pronunciadas, pela primeira vez, pelo papa São Pio X. De fato, o testemunho de um bom sacerdote é capaz de arrastar centenas de fiéis à Igreja de Cristo, quer por meio da pregação, quer por meio da administração dos sacramentos, quer por meio da obediência às normas eclesiais, como o celibato.
A missão do sacerdote resume-se àquela regra máxima da Igreja, de que falam os santos: Salus animarum suprema Lex – a lei suprema é a salvação das almas. Por isso o Papa Bento XVI, na proclamação do Ano Sacerdotal, em 2009, exortou o clero católico a redescobrir a dimensão eclesial de seu ministério. Somente na comunhão com a Igreja o sacerdote pode atingir aquela santidade necessária “para fazer reinar Jesus Cristo no mundo". Explica-nos o Papa Emérito: “a missão é eclesial, porque ninguém se anuncia nem se leva a si mesmo, mas, dentro e através da própria humanidade, cada sacerdote deve estar bem consciente de levar Outro, o próprio Deus, ao mundo" [2].
Essa realidade não é desconhecida pelo diabo, tampouco por aqueles que fazem as suas vezes na terra, disseminando o joio no meio do trigo. Não é para admirar, por conseguinte, que, no combate à Igreja, o primeiro alvo seja o sacerdócio. “Quando se quer destruir a religião" – observava o santo Cura d'Ars –, “começa-se por atacar o padre" [3]. Com efeito, a primeira tentação demoníaca contra os sacerdotes é a de afastá-los da comunhão eclesial, incentivando-os à dissidência, aplaudindo hereges e ridicularizando aqueles que se submetem de bom grado à autoridade do Santo Padre. Trata-se do primeiro non serviam demoníaco: o não à Igreja.
Os argumentos – ou, no caso, as mentiras – são os mesmos de sempre: o celibato é transformado em símbolo de castração, que fere o direito à sexualidade e leva à pedofilia; o hábito eclesiástico é tachado de indumentária antiquada, que afasta o clero do povo; o padre passa a ser somente o “presidente" da celebração; a obediência a Roma é considerada clericalismo; as normas litúrgicas são suprimidas em nome de uma falsa criatividade; o padre, é dito, não pode ficar preso a “regras de orações medievais"; isto, outros reclamam, não está de acordo com o Concílio Vaticano II; o padre não é sacerdote, mas presbítero; ele tem uma mentalidade pré-conciliar etc. Repetidas ad nauseam pela mídia – e por uma porção de maus teólogos que agem em conluio com ela –, essas ideias perniciosas vão aos poucos minando a identidade do sacerdote, até ao ponto de levá-lo a proclamar o segundo non serviam do diabo: o não a Cristo.
Não é preciso gastar muita tinta, porém, para explicar os erros contidos nestes sofismas. Muito mais sabiamente responderam os santos padres – vivendo a sua vocação de maneira exemplar –, como também o Magistério da Igreja – seja nas encíclicas papais, sejo nos outros inúmeros documentos já publicados a esse respeito. O que é preciso ter em conta é que a luta que se trava contra o sacerdócio é, na verdade, uma luta contra a Pessoa de Jesus Cristo. O padre, não nos esqueçamos, é umAlter Christus (Outro Cristo), dado o caráter impresso em sua alma pelo sacramento da ordem. Por isso, é compreensível a raiva do diabo pela castidade dos sacerdotes – “o mais belo ornamento de nossa ordem", como elogiava São Pio X –, pois ela remete à virgindade de Cristo, que também foi guardada até a morte na cruz [4]. É compreensível o ódio do diabo à batina negra – a “heroica e santa companheira" de Dom Aquino Correa –, porque o luto recorda o sacrifício redentor da cruz, pelo qual a morte foi vencida [5].
O remédio às insinuações diabólicas, por conseguinte, não pode ser outro senão aquele prescrito por Bento XVI, durante o Ano Sacerdotal [6]:
É importante favorecer nos sacerdotes, sobretudo nas jovens gerações, uma correta recepção dos textos do Concílio Ecuménico Vaticano II, interpretados à luz de toda a bagagem doutrinal da Igreja. Parece urgente também a recuperação desta consciência que impele os sacerdotes a estar presentes e ser identificáveis e reconhecíveis quer pelo juízo de fé, quer pelas virtudes pessoais, quer também pelo hábito, nos âmbitos da cultura e da caridade, desde sempre no coração da missão da Igreja.
Enfim, não se há de esquecer a mediação de Nossa Senhora, mãe solícita dos sacerdotes e a inimiga de todas as heresias. Na sua viagem a Fátima, em 2010, o Santo Padre não perdeu a oportunidade de confiar à Virgem, “os filhos no Filho e seus sacerdotes", consagrando-os ao seu Coração Materno, para que cumprissem fielmente a Vontade do Pai [7]. Neste ato, o Papa Bento XVI ensinava ao clero do mundo inteiro que o melhor caminho de santidade e escudo contra o demônio é a intercessão de Nossa Senhora. É também o ensinamento dum outro padre que, não por acaso, muito se assemelha às palavras de São Pio X, ao início deste texto: “foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo" [8].
(Por Christo Nihil Praeponere)
segunda-feira, 6 de junho de 2016
Homilia do Papa Francisco
Riqueza, vaidade e egoísmo passos para o mal do bem-aventuranças, diz Papa
ReL 06 de junho de 2016
As bem-aventuranças são as regras que servem como um "navegador" para os cristãos de cruzeiro ao longo do caminho certo na vida. Isto foi afirmado pelo Papa Francis durante a homilia na Segunda-feira 6 de junho, na missa celebrada em Santa Marta. Da mesma forma avisado sobre os três passos de Christian "anti-lei", onde você pode escorregar: a idolatria da riqueza ., vaidade e egoísmo e não deve ser desperdiçada, ao longo do caminho da fé, os cristãos têm um indicador de direção muito precisa. Beatitudes Ignorar rodas propostas podem envolver descer as "três passos" de ídolos do egoísmo, idolatria do dinheiro, vaidade, a saciedade de um coração rindo com auto - . satisfação ignorando o outroobjectivo da Sermão da Montanha, o Santo Padre afirmou que Jesus "ensinou a nova lei, não cancelada o velho ", mas o" perfeito "trazendo -o até a conclusão. Assim, ele explicou que" esta é a nova lei, que chamamos bem-aventuranças ".É a nova lei do Senhor para nós."Eles são o mapa de estrada, o itinerário, são os navegadores da vida cristã . Ele é aqui quevemos, desta forma, como mostrado neste navegador, podemos ir para a frente em nossa vida cristã , "observou ele.O Papa continuou sua homilia completar o texto de Mateus com as considerações que o evangelista Lucas coloca à dofinal de mesma passagem das bem-aventuranças, ou seja, como ele chama -lo , a lista dos "quatro questões" - e dos ricos - o saciado, - de quem rir, -. dos quais todo mundo fala bem nesta linha ele lembrou que ele disse "muitas vezes" que as riquezas são boas ", enquanto" o que é mau "é" o apego às riquezas "que se torna uma" idolatria ". assim, ele explicou que este é o anti -lei, é o navegador errado. Em esterespeito, tem sido observado que é curioso, "estes são três passos que levam à destruição, e as bem-aventuranças são as etapas que levam mais tarde na vida." E estes três passos que levam à destruição são o apego à riqueza, porque eu não preciso de nada. O conceito de que todo mundo fala bem de mim e orgulho é a saciedade, o riso de fechar o coração. Ao concluir sua homilia, Papa Francisco escolheu uma entre as bem-aventuranças que diz: "não digo que é a chave" para todos ", mas nós achamos que um monte , " bem-aventurados são . mansos "mas Jesus diz de si mesmo: " aprendei de mim, que sou mansos de coração , 'Eu sou manso e humilde de coração. " mansidão é uma maneira de ser que nos traz muito a Jesus. No entanto, a atitude oposta sempre leva a inimizade, guerras ... muitas coisas, muitas coisas ruins que acontecem. Mas doçura, mansidão de coração que não é um absurdo, não. É outra coisa é a profundidade na compreensão da grandeza de Deus, e de culto"concluiu o Pontífice.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Papa celebra Jubileu dos Sacerdotes; confira programação
QUARTA-FEIRA, 1 DE JUNHO DE 2016, 8H35
Papa presidirá a Missa na sexta-feira no Jubileu dos Sacerdotes, celebrado em Roma
Rádio Vaticano
Papa presidirá Missa no Jubileu dos Sacerdotes, em curso em Roma / Foto: L’Osservatore Romano
O Papa Francisco celebra em Roma o Jubileu dos Sacerdotes, realizado desta quarta-feira, 1º, até o dia 3 de junho. Como sinal de comunhão, cada Igreja particular é convidada a viver este momento jubilar propondo, segundo a própria necessidade, as atividades que serão realizadas em Roma.
Hoje, sacerdotes e seminaristas são convidados a dirigir-se a uma das três igrejas jubilares indicadas pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização para o Ano Santo (San Salvatore in Lauro, Santa Maria in Vallicella, San Giovanni dei Fiorentini), onde terão a possibilidade de celebrar o sacramento da Reconciliação e de dedicar tempo à Adoração eucarística. Os participantes farão também peregrinação até a Porta Santa da Basílica de São Pedro.
No final da tarde, estão previstas uma catequese sobre o tema da misericórdia e a Santa Missa por grupos linguísticos. Em português, o convidado é o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Paulo Cezar Costa. Aos ouvintes da Rádio Vaticano, Dom Paulo adiantou o tema de sua catequese. Clique acima para ouvir.
Retiro
Na quinta-feira, 2, haverá o retiro pregado pelo Santo Padre em preparação à Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus. Em Roma, os participantes serão reunidos nas três basílicas papais para seguir as meditações: às 10h na Basílica de São Paulo, ao meio-dia na Basílica de São Pedro e às 16h na Basílica de São João de Latrão. As meditações serão transmitidas ao vivo pela Rádio Vaticano, com comentários em português (5h, 7h e às 11h – horário de Brasília).
Na sexta-feira, o Papa Francisco preside a Santa Missa na Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus. As inscrições para participar do Jubileu dos Sacerdotes encerraram-se na manhã de segunda-feira, 30 de maio.
Assinar:
Postagens (Atom)