sexta-feira, 29 de julho de 2016


Papa visita crianças doentes e pede cultura do acolhimento
SEXTA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2016, 11H55MODIFICADO: SEXTA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2016


Em visita a hospital pediátrico de Cracóvia, Papa denunciou sociedade poluída com a cultura do descartável e pediu a multiplicação da cultura do acolhimento

Jéssica Marçal
Da Redação


Após discurso, Francisco cumprimento crianças do hospital / Foto: Reprodução CTV

“Na minha visita a Cracóvia, não podia faltar o encontro com os pequeninos pacientes deste hospital”. Foi assim que o Papa Francisco começou seu discurso na visita ao hospital pediátrico universitário em Cracóvia (UCH) nesta sexta-feira, 29. Ele pediu a multiplicação da cultura do acolhimento.

Acesse
.: Íntegra do discurso

Presentes no encontro estavam apenas 50 das cerca de 30 mil crianças atendidas anualmente pelo hospital. O Papa disse que sua vontade era ficar mais tempo ali para poder abraçar cada uma delas, ouvi-las nem que fosse por um instante e rezar.

Essa era uma atitude que Jesus tinha para com os doentes, recordou Francisco. “Como gostaria que nós, como cristãos, fôssemos capazes de permanecer ao lado dos doentes à maneira de Jesus, com o silêncio, com uma carícia, com a oração”, disse o Papa, lamentando que hoje a sociedade esteja poluída com a cultura do descarte, que é o contrário do acolhimento.

Francisco alertou ainda que os mais fracos acabam sendo as principais vítimas dessa crueldade, mas no UCH isso é diferente, as crianças são acolhidas e cuidadas, um trabalho ao qual o Papa deixou o seu agradecimento.

“Multipliquemos as obras da cultura do acolhimento, obras animadas pelo amor cristão, amor a Jesus crucificado, à carne de Cristo. Servir com amor e ternura as pessoas que precisam de ajuda faz-nos crescer, a todos, em humanidade; e abre-nos a passagem para a vida eterna: quem cumpre obras de misericórdia não tem medo da morte”.


Pacientes do hospital acompanham discurso do Papa / Foto: Reprodução CTV
Outros compromissos

Mais cedo, antes da visita ao hospital,Papa Francisco foi a Auschwitz e Birkenau, dois antigos campos de concentração na Polônia.

Agora Francisco segue novamente ao encontro dos jovens, desta vez para a realização da tradicional via-sacra da Jornada Mundial da Juventude. Esse será seu último compromisso nesta sexta-feira.

jmj2016


Discurso do Papa na via-sacra com os jovens da JMJ 2016
SEXTA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2016, 14H36MODIFICADO: SEXTA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2016



Viagem do Papa Francisco a Cracóvia, Polônia – JMJ 2016
Via-sacra com os jovens
Sexta-feira, 29 de julho de 2016

Boletim da Santa Sé

«Tive fome e destes-me de comer,
tive sede e destes-me de beber,
era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir,
adoeci e visitastes-me,
estive na prisão e fostes ter comigo» (Mt 25, 35-36).

Estas palavras de Jesus vêm ao encontro da questão que muitas vezes ressoa na nossa mente e no nosso coração: «Onde está Deus?» Onde está Deus, se no mundo existe o mal, se há pessoas famintas, sedentas, sem abrigo, deslocadas, refugiadas? Onde está Deus, quando morrem pessoas inocentes por causa da violência, do terrorismo, das guerras? Onde está Deus, quando doenças cruéis rompem laços de vida e de afeto? Ou quando as crianças são exploradas, humilhadas, e sofrem – elas também – por causa de graves patologias? Onde está Deus, quando vemos a inquietação dos duvidosos e dos aflitos na alma? Há perguntas para as quais não existem respostas humanas. Podemos apenas olhar para Jesus, e perguntar a Ele. E a sua resposta é esta: «Deus está neles», Jesus está neles, sofre neles, profundamente identificado com cada um. Está tão unido a eles, que quase formam «um só corpo».

Foi o próprio Jesus que escolheu identificar-Se com estes nossos irmãos e irmãs provados pelo sofrimento e a angústia, aceitando percorrer o caminho doloroso para o calvário. Ao morrer na cruz, entrega-Se nas mãos do Pai e leva consigo e em Si mesmo, com amor de doação, as chagas físicas, morais e espirituais da humanidade inteira. Abraçando o madeiro da cruz, Jesus abraça a nudez e a fome, a sede e a solidão, a dor e a morte dos homens e mulheres de todos os tempos. Nesta noite, Jesus e nós, juntamente com Ele, abraçamos com amor especial os nossos irmãos sírios, que fugiram da guerra. Saudamo-los e acolhemo-los com fraterno afeto e simpatia.

Repassando a Via-Sacra de Jesus, descobrimos de novo a importância de nos configurarmos a Ele, através das 14 obras de misericórdia. Estas ajudam-nos a abrir-nos à misericórdia de Deus, a pedir a graça de compreender que a pessoa, sem misericórdia, não pode fazer nada; sem a misericórdia, eu, tu, nós todos não podemos fazer nada. Comecemos por ver as sete obras de misericórdia corporais: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, visitar os enfermos; visitar os presos; enterrar os mortos. Gratuitamente recebemos, demos gratuitamente também. Somos chamados a servir Jesus crucificado em cada pessoa marginalizada, a tocar a sua carne bendita em quem é excluído, tem fome, tem sede, está nu, preso, doente, desempregado, é perseguido, refugiado, migrante. Naquela carne bendita, encontramos o nosso Deus; naquela carne bendita, tocamos o Senhor. O próprio Jesus no-lo disse, ao explicar o «Protocolo» com base no qual seremos julgados: sempre que fizermos isto a um dos nossos irmãos mais pequeninos, fazemo-lo a Ele (cf. Mt 25, 31-46).

Às obras de misericórdia corporais seguem-se as obras de misericórdia espirituais: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos. A nossa credibilidade de cristãos é posta em jogo no acolhimento da pessoa marginalizada que está ferida no corpo, e no acolhimento do pecador que está ferido na alma.

Hoje a humanidade precisa de homens e mulheres, particularmente jovens como vós, que não queiram viver a sua existência «a metade», jovens prontos a gastar a vida no serviço gratuito aos irmãos mais pobres e mais vulneráveis, à imitação de Cristo que Se doou totalmente a Si mesmo pela nossa salvação. Perante o mal, o sofrimento, o pecado, a única resposta possível para o discípulo de Jesus é o dom de si mesmo, até da própria vida, à imitação de Cristo; é a atitude do serviço. Se alguém, que se diz cristão, não vive para servir, não serve para viver. Com a sua vida, renega Jesus Cristo.

Nesta noite, queridos jovens, o Senhor renova-vos o convite para vos tornardes protagonistas no serviço; Ele quer fazer de vós uma resposta concreta às necessidades e sofrimentos da humanidade; quer que sejais um sinal do seu amor misericordioso para o nosso tempo! Para cumprir esta missão, Ele aponta-vos o caminho do compromisso pessoal e do sacrifício de vós próprios: é o Caminho da cruz. O Caminho da cruz é o caminho da felicidade de seguir a Cristo até ao fim, nas circunstâncias frequentemente dramáticas da vida diária; é o caminho que não teme insucessos, marginalizações ou solidões, porque enche o coração do homem com a plenitude de Jesus. O Caminho da cruz é o caminho da vida e do estilo de Deus, que Jesus nos leva a percorrer mesmo através das sendas duma sociedade por vezes dividida, injusta e corrupta.

O caminho da cruz não é um caminho masoquista. O caminho da cruz é o único que vence o pecado, o mal e a morte, porque desemboca na luz radiosa da ressurreição de Cristo, abrindo os horizontes da vida nova e plena. É o Caminho da esperança e do futuro. Quem o percorre com generosidade e fé, dá esperança e futuro à humanidade. E eu gostaria que vós fostes semeadores.

Naquela Sexta-feira Santa, queridos jovens, muitos discípulos voltaram tristes para suas casas, outros preferiram ir para a casa da aldeia a fim de esquecer a cruz. Pergunto-vos: Nesta noite, como quereis tornar às vossas casas, aos vossos locais de alojamento? Nesta noite, como quereis voltar a encontrar-vos com vós mesmos? Cabe a cada um de vós dar resposta ao desafio desta pergunta.

terça-feira, 26 de julho de 2016


São Joaquim e Sant'Ana
(26 de Julho)

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana.
Em
Eebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece".

Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.

Sant'Ana
Sant'Anascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.

A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.

Fonte: Canção Nova


domingo, 24 de julho de 2016

Papa Francisco
destaca três pedidos fundamentais na oração do Pai Nosso
DOMINGO, 24 DE JULHO DE 2016


Citando a oração do ‘Pai Nosso’, Francisco lembrou que São Lucas menciona três súplicas fundamentais para o cristão

Da redação, com Rádio Vaticano

No Angelus deste domingo, 24, o Papa Francisco destacou a importância da oração como “ferramenta de trabalho” e “salvação de vida”.

“Senhor, ensina-me a rezar” foi a frase que o Pontífice destacou do Evangelho do dia (Lc 11, 1-13), recordando que a palavra ‘Pai’ é o segredo ‘fundamental’ da oração.

“É a chave que Ele nos dá para que possamos entrar também na relação de diálogo íntimo com o Pai”, afirmou, reiterando que “insistir com Deus não serve para convencê-lo, mas para fortalecer a nossa fé, nossa capacidade de lutar com Deus pelas coisas realmente importantes”.

Citando a oração do ‘Pai Nosso’, Francisco lembrou que São Lucas menciona três súplicas: o pão, com o qual Jesus mostra o que é necessário e não o supérfluo; o perdão, que recebemos antes de tudo de Deus e que nos torna capazes de realizar gestos de reconciliação; e por fim, o terceiro pedido: ‘não nos deixeis cair em tentação’, um conceito que, segundo o Papa, expressa a nossa condição de estarmos sempre à mercê do mal e da corrupção.

“Não se pode viver sem pão, não se pode viver sem perdão e não se pode viver sem a ajuda de Deus para não cairmos em tentação”, assegurou o Pontífice, concluindo: “Sabemos bem o que são as tentações!”.

Milhares de fiéis, principalmente jovens, participaram da oração mariana do Angelus neste domingo, 24, e muitas bandeiras brasileiras enfeitaram a Praça São Pedro. A comitiva de São João da Boa Vista (SP), bastante numerosa, foi saudada pelo Papa no momento final. Muitos grupos estão em Roma a caminho da Polônia para a Jornada Mundial da Juventude.

terça-feira, 19 de julho de 2016


Papa Francisco fala sobre a inquietação dos jovens em vídeo
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016, 9H46MODIFICADO: SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016


Videomensagem foi gravada aos jovens americanos como um convite a participar de evento em Washington

Da redação, com Rádio Vaticano e site oficial do evento


Multidão de jovens reunidos no evento “Together 2016”, em Washington./ Foto: site oficial

O Papa Francisco enviou uma videomensagem aos jovens convidando-os a participar do evento ecumênico “Together 2016”, nos Estados Unidos.

O evento aconteceu durante todo o último sábado, 16, no parque National Mall, em Washington. A expectativa, segundo o site do evento, era a de reunir mais de um milhão de jovens em torno da música gospel.

O encontro foi organizado pelo movimento de oração e evangelização “Pulse” e reuniu nomes como Michael W. Smith, Jeremy Camp e o grupo Hillsong.

O Papa Francisco, no vídeo, falou principalmente sobre a inquietação que o jovem traz:

“Queridos jovens, sei que tem algo em seus corações que os agita e os torna inquietos, porque um jovem que não é inquieto é um velho. Mas qual é a sua inquietação?”

O Pontífice recordou que Jesus é capaz de responder a este estado de ânimo, pois foi Ele mesmo quem plantou esta semente.

Ao final do vídeo, o Papa animou os jovens a atenderem o convite de Jesus:

“Esteja certo, eu garanto: você não se sentirá frustrado. Deus não desilude ninguém. Força! Você não tem nada a perder. Tente! E depois me diga.”

domingo, 17 de julho de 2016

Na capacidade de ouvir está a raiz da paz", diz Papa
DOMINGO, 17 DE JULHO DE 2016

Na oração do Angelus deste domingo, 17, o Papa Francisco pede para que todos aprendam a ouvir uns aos outros e a Deus

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste domingo, 17, o Papa Francisco rezou a oração do Angelus, junto com milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro.

Na alocução que precedeu a oração dominical, ateve-se ao Evangelho do dia, que traz o notável episódio da visita de Jesus às irmãs Maria e Marta. Ambas oferecem acolhimento ao Senhor, mas fazem-no de diferente modo.

Maria se assenta aos pés de Jesus e ouve sua Palavra, ao invés, Marta, toda preocupada na lida da casa, a um certo ponto vai até Jesus e diz: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude”.

E Jesus lhe responde: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a melhor parte, que lhe não será tirada”.

“No seu ocupar-se com os afazeres, Marta corre o riso de esquecer. E esse é o problema: corre o risco de esquecer a coisa mais importante, ou seja, a presença do hóspede, que era Jesus neste caso. Esquece-se da presença do hóspede. E o hóspede não deve ser simplesmente servido, alimentado, assistido em todas suas necessidades. Sobretudo, é preciso que seja ouvido. Recordem-se bem dessa palavra. ouvir! Porque o hóspede deve ser acolhido como pessoa, com a sua história, seu coração rico de sentimentos e de pensamentos, de modo a poder sentir-se verdadeiramente em família.”
Palavra que ilumina

A resposta que Jesus dá a Marta, quando lhe diz que uma só coisa é necessária, encontra seu significado pleno na referência à escuta da Palavra de Jesus mesmo, aquela Palavra que ilumina e dá sustento a tudo aquilo que somos e que fazemos, disse o Pontífice.

“Se nós vamos rezar, por exemplo, diante do Crucifixo e falamos, falamos, falamos e falamos, e depois vamos embora: não ouvimos Jesus! Não deixamos Ele falar ao nosso coração. Ouvir: essa é palavra-chave. Não devemos esquecer que a Palavra de Jesus ilumina e dá sustento a tudo aquilo que somos e que fazemos”, diz o Papa.

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Ele acrescenta ainda enfatizando que não se deve esquecer que também na casa de Marta e Maria, Jesus, antes de ser Senhor e Mestre, é peregrino e hóspede. Portanto, sua resposta tem este primeiro e mais imediato significado.

“Para acolhê-lo não são necessárias muitas coisas; aliás, necessária é uma só coisa: ouvi-lo – a palavra: ouvi-lo –, demonstrar-lhe uma atitude fraterna, de modo que perceba estar em família, e não numa situação de acolhimento provisório.”
Hospitalidade

Assim entendida, acrescentou o Papa, “a hospitalidade – que é uma das obras de misericórdia – se mostra verdadeiramente como uma virtude humana e cristã, uma virtude que no mundo de hoje corre o risco de ser negligenciada”.

Francisco ressaltou que se multiplicam as casas de recuperação e os centros de abrigo, “mas nem sempre nestes ambientes se pratica uma verdadeira hospitalidade. Criam-se várias instituições que contrastam muitas formas de doença, de solidão, de marginalização, mas diminui a probabilidade para quem é estrangeiro, marginalizado, excluído, de encontrar alguém disposto a ouvi-lo. Porque é estrangeiro, refugiado, migrante. Ouvir aquela dolorosa história”.

Até mesmo na própria casa, entre os próprios familiares, pode verificar-se que se encontrem mais facilmente serviços e cuidados de vários tipos, do que escuta e acolhimento, observou o Papa.
Capacidade de ouvir

Francisco afirmou que hoje estamos de tal modo absortos, com frenesi, nos muitos problemas – e alguns dos quais não importantes –, que nos falta a capacidade de ouvir. Estamos continuamente atarefados e assim não temos tempo para ouvir.

Dito isso, o Pontífice dirigiu-se aos presentes na Praça São Pedro, interpelando-os, pedindo a cada um que respondesse em seu coração.

“Você, marido, tem tempo para ouvir sua mulher? E você, mulher, tem tempo para ouvir seu marido? Vocês, pais, têm tempo para ouvir seus filhos ou seus avós, os anciãos. Mas, os avós dizem sempre as mesmas coisas, são monótonos (…) Mas precisam ser ouvidos.”

Ao concluir, Francisco pede para que todos aprendam a ouvir e a dedicar-lhes mais tempo. Na capacidade de ouvir está a raiz da paz.

sexta-feira, 15 de julho de 2016


Papa reza por vítimas do atentado em Nice, na França
SEXTA-FEIRA, 15 DE JULHO DE 2016, 7H50MODIFICADO: SEXTA-FEIRA, 15 DE JULHO DE 2016,

Francisco segue com preocupação notícias sobre novo atentado na França, em que pelo menos 84 pessoas morreram


Da Redação, com Rádio Vaticano


O Papa Francisco acompanha com apreensão e oração as notícias sobre onovo atentado na França, desta vez na cidade de Nice. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, publicou nesta sexta-feira, 15, uma nota a respeito.



Caminhão utilizado no ataque asegue sob análise / Foto; Reprodução Reuters
“Acompanhamos esta noite, com grandíssima preocupação, as terríveis notícias que chegavam de Nice. Manifestamos, portanto, por parte do Papa Francisco e nossa toda a solidariedade aos sofrimentos das vítimas e de todo o povo francês, naquele que deveria ser um grande dia de festa. Condenamos de maneira mais absoluta toda manifestação de insensatez homicida, de ódio, de terrorismo e de ataque contra a paz”, afirmou Pe. Lombardi.

Em telegrama enviado nesta sexta-feira, 15, ao bispo de Nice, Dom André Marceau, Francisco condena a violência cega que mais uma vez atingiu a França, matando inclusive crianças. O Papa expressa sua profunda tristeza e sua proximidade espiritual ao povo francês, confiando à misericórdia de Deus os que perderam suas vidas. O Santo Padre também manifesta sua solidariedade às famílias em luto, aos feridos e a todos os que prestaram socorros. O telegrama foi assinado pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.
O Papa também utilizou sua conta no twitter para pedir orações pelas vítimas do atentado. Nesta sexta-feira, 15, ele escreveu: “Rezo pelas vítimas do atentado em Nice e seus familiares. Peço a Deus que converta o coração dos violentos, obcecados pelo ódio”.

Um ataque com um caminhão na cidade de Nice, no sul do país, matou pelo menos 84 pessoas, entre as quais muitas crianças. Há mais de 100 feridos. A avenida à beira-mar estava lotada de franceses e turistas que comemoravam o feriado nacional, a Tomada da Bastilha. O atentado ocorreu logo após a queima de fogos, por volta das 22h30 (hora local). O motorista do caminhão percorreu 2 quilômetros atropelando as pessoas. Documentos dentro do veículo pertencem a um franco-tunisiano de 31 anos, também foram apreendidos fuzis e granadas. O motorista foi morto por dois policiais.

Líderes políticos mundiais como Barack Obama, Angela Markel e Vladimir Putin já se manifestaram para condenar o ataque e expressar solidariedade aos franceses.

terça-feira, 12 de julho de 2016


VATICANO
Porta-voz esclarece rumores sobre novas orientações litúrgicas
TERÇA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2016


Padre Lombardi afirmou em nota que não há novas orientações litúrgicas a partir do próximo Advento

Da Redação, com Rádio Vaticano

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, publicou uma nota de esclarecimento em relação a notícias que relataram a existência de novas orientações litúrgicas a partir do próximo Advento. As especulações surgiram após uma conferência realizada dias atrás em Londres pelo Prefeito da Congregação para o Culto Divino, Cardeal Sarah.

“O Cardeal Sarah sempre se preocupou com razão, pela dignidade da celebração da Missa, exprimindo-se adequadamente sobre o comportamento de respeito e adoração pelo mistério eucarístico. Algumas de suas expressões foram, no entanto, mal interpretadas, como se anunciasse novas indicações diferentes daquelas até agora contidas nas normas litúrgicas e nas palavras do Papa sobre a celebração em direção ao povo e sobre o rito ordinário da Missa”, explica a nota.

Padre Lombardi recorda que, na Instrução Geral do Missal Romano, que contém as normas relativas à celebração eucarística e ainda está em pleno vigor, no nº 299 diz: ‘Onde for possível, o altar principal deve ser construído afastado da parede, de modo a permitir andar em volta dele e celebrar a Missa de frente para o povo. Pela sua localização, há-de ser o centro de convergência, para o qual espontaneamente se dirijam as atenções de toda a assembleia dos fiéis'”.

Em visita à Congregação para o Culto Divino, o Papa Francisco recordou expressamente que a forma “ordinária” da celebração da Missa é a prevista pelo Missal promulgado por Paulo VI, enquanto a ‘extraordinária’, que foi permitida pelo Papa Bento XVI para as finalidades e com as modalidades por ele explicadas no Motu Proprio Summorum Pontificum, não deve tomar o lugar da ‘ordinária’”.

“Portanto, não são previstas novas orientações litúrgicas a partir do próximo Advento, como alguns erroneamente deduziram de algumas palavras do Cardeal Sarah, e é melhor evitar o uso da expressão ‘reforma da reforma’, referindo-se à liturgia, devido ao fato que, por vezes, foi fonte de mal-entendidos'”, finaliza padre Lombardi.
Faltam poucos dias para a JMJ 2016 na Cracóvia. Acesse http://goo.gl/KklkwQ e fique por dentro de notícias e curiosidades sobre o evento.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Atitude do 'bom samaritano' é prova de fé, afirma o Papa
DOMINGO, 10 DE JULHO DE 2016, 

O Santo Padre afirmou que “a atitude do bom samaritano é necessária para dar prova da nossa fé”

Da redação, com Rádio Vaticano

No Angelus deste domingo, 10, o Papa recordou a parábola do “bom samaritano” proposta pelo Evangelho de São Lucas. Uma narrativa “simples e estimulante” – disse o Santo Padre – que indica um estilo de vida no qual os outros estão no centro.

De acordo com o Papa, a pergunta de Jesus “quem é o meu próximo” indica que proximidade é uma questão de escolha. “Depende de mim ser ou não ser próximo da pessoa que encontro e que tem necessidade de ajuda, mesmo que seja estranha ou até hostil”, disse Francisco.

O Santo Padre afirmou ainda que “a atitude do bom samaritano é necessária para dar prova da nossa fé”.
Domingo do Mar

Após a oração do Angelus, o Papa Francisco recordou o Domingo do Mar. “Hoje ocorre o “Domingo do Mar” para apoio pastoral da gente do mar. Encorajo os marítimos e pescadores no nosso trabalho, muitas vezes duro e arriscado, como também os capelães e voluntários no seu precioso serviço. Maria, Estrela do Mar, vigia sobre vós.”

O Santo Padre saudou ainda os fiéis de Roma e muitas partes da Itália e do mundo, com especial atenção a um grupo de argentinos, como disse ele “barulhentos”, presente na Praça São Pedro.

Saudou ainda os peregrinos de Puerto Rico e um grupos de poloneses que completaram uma corrida de revezamento de Cracóvia a Roma e estendeu a sua saudação aos participantes da grande peregrinação da Família da Rádio Maria ao Santuário de Jasna Gora, já na sua 25ª edição.

Como sempre, desejou a todos um bom domingo, acrescentando: “não se esqueçam, por favor, rezem por mim. Bom almoço e até mais!”

terça-feira, 5 de julho de 2016


Papa reza por familiares de vítimas dos atentados em Daca e Bagdá
SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2016, 12H30

Depois do Angelus, o Papa Francisco manifestou sua solidariedade aos familiares das vítimas e dos feridos dos dois atentados

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste domingo, 3, depois de rezar oAngelus, o Papa Francisco manifestou sua solidariedade aos familiares das vítimas e dos feridos de dois atentados: em Daca, Bangladesh, e em Bagdá, no Iraque.

“Rezemos juntos por eles e pelos mortos e peçamos ao Senhor que converta o coração dos violentos, cegos de ódio”, disse Francisco, rezando uma Ave-Maria com os fiéis na Praça São Pedro.

Leia

Em Bagdá, uma explosão diante de um shopping matou 80 pessoas, entre elas inúmeras crianças. Em Daca, um ataque a um restaurante fez 20 vítimas. A maioria das vítimas é da Itália e do Japão. Os dois atentados foram reivindicados pelo Estado Islâmico. No sábado, o Papa enviou um telegrama às autoridades bengalesas.

“Profundamente entristecido pela violência insensata perpetrada contra vítimas inocentes em Daca, o Papa Francisco manifesta suas condolências e condena esses atos bárbaros, que são ofensas a Deus e à humanidade. Ao encomendar os mortos à misericórdia de Deus, o Pontífice garante suas orações às famílias em luto e aos feridos”, lê-se no texto do telegrama assinado pelo Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin.

domingo, 3 de julho de 2016

Papa afirma que deseja uma Igreja aberta e compreensiva
DOMINGO, 3 DE JULHO DE 2016, 10H04

Neste domingo, foi publicada a entrevista que o Papa concedeu ao jornal argentino La Nación

Da redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco concedeu uma entrevista ao jornal argentino La Nación, que foi publicada na edição deste domingo, 3.

O Pontífice recebeu pela segunda vez em seu escritório na Casa Santa Marta o jornalista Joaquín Morales Solá, que conhece Bergoglio há 20 anos.

Na entrevista foram tratados temas que dizem quase exclusivamente à vida política, social e eclesial Argentina. O encontro ocorreu em 28 de junho, dia em que se celebraram os 65 anos de sacerdócio do Papa emérito Bento XVI.
Bento XVI: revolucionário

“Um revolucionário”, o definiu Francisco. “A sua generosidade foi incomparável. A sua renúncia, que tornou evidentes todos os problemas da Igreja, não teve motivações pessoais. Foi um ato de governo. O seu último ato de governo”. Sobre as condições de saúde do Papa emérito, o Pontífice destacou: “Tem problemas para se locomover, mas a sua cabeça e a sua memória estão intactas, perfeitas”.
Nenhum problema com Macri. Não gosto de conflitos

Quanto ao relacionamento considerado “frio” com o Presidente argentino Mauricio Macri, o Papa respondeu: “Não tenho qualquer problema com o presidente Macri. Não gosto de conflitos. Macri me parece uma pessoa de boa família, uma pessoa nobre”.

Recordou, depois, de ter tido alguma divergência com ele no passado, mas se tratou de “uma única vez, em Buenos Aires”, durante os seis anos em que Macri foi prefeito da cidade e Bergoglio, o Arcebispo. “Uma só vez em tanto tempo é uma média muito baixa”, destacou o Papa.

Outros problemas, acrescentou, “foram discutidos e resolvidos em privado e este acordo de privacidade foi respeitado por ambos”. “Não tenho qualquer reprovação pessoal a fazer ao Presidente Macri”, reiterou.
Audiência com Hebe de Bonafini, líder das Mães da Plaza de Mayo

O Papa respondeu ainda a uma pergunta sobre a audiência concedida a Hebe de Bonafini, líder do ramo mais intransigente das Mães da Plaza de Mayo, que no passado criticou Bergoglio acusando-o, falsamente, de ter colaborado com o regime militar.

A senhora depois admitiu seu erro publicamente. A audiência concedida “foi um gesto de perdão” – explicou Francisco. “Ela me pediu perdão e eu não o neguei”, porque o perdão “não se nega a ninguém”. “É uma mulher que teve dois filhos assassinados. E eu meu inclino, me ajoelho diante de tamanho sofrimento. Não importa o que ela disse a meu respeito. E sei que disse coisas terríveis no passado”.
Sala de Imprensa vaticana, única porta-voz do Papa

Sobre as vozes que circulam na Argentina de que, no país, haveria um porta-voz diferente da Sala de Imprensa, Francisco explicou: “Não existem outros porta-vozes oficiais, nem na Argentina nem em outros países. Repito: a Sala de Imprensa do Vaticano é a única porta-voz do Papa”.
Scholas Occurrentes

Outra questão disse respeito às Scholas Occurrentes, a Fundação reconhecida pela Santa Sé que nasceu em Buenos Aires há mais de 15 anos, impulsionada pelo então Arcebispo Bergoglio, e que atua em prol da formação dos jovens.

Recentemente, o Pontífice convidou os responsáveis pelo organismo a não aceitarem uma doação em dinheiro por parte do governo. Mas não se tratou de uma decisão “contra o governo de Macri”, destaca o Papa.

“Esta interpretação é absolutamente errada. Não aludia de modo algum ao governo. Disse somente aos responsáveis das Scholas, com afeto, aquilo que poderia ajudá-los a evitar eventuais erros na gestão da Fundação. Continuo acreditando que não temos o direito de pedir dinheiro ao governo argentino, que tem tantos problemas sociais por resolver”, explicou o Papa.
Quero uma Igreja aberta e compreensiva

Por fim, respondendo a uma pergunta sobre os “ultraconservadores da Igreja”, o Papa Francisco afirmou: “Eles fazem seu trabalho e eu, o meu. Eu desejo uma Igreja aberta, compreensiva, que acompanhe as famílias feridas. Eles dizem não a tudo. Eu continuo firme pela minha estrada, sem olhar para os lados. Não corto cabeças. Nunca gostei de fazer isso. Rejeito o conflito.”


Livrar-se da fama do poder, para anunciar Cristo", diz Papa
DOMINGO, 3 DE JULHO DE 2016, 9H11

No Angelus deste domingo, o Papa comentou o Evangelho extraído do décimo capítulo de Lucas, que narra a necessidade de pedir a Deus operários para a sua colheita

Da redação, com Rádio Vaticano

Milhares de fiéis se reuniram na Praça São Pedro para rezar com o Papa Francisco a oração mariana do Angelus.

Em sua alocução, o Pontífice comentou o Evangelho deste domingo, 3, extraído do décimo capítulo de Lucas, que narra a necessidade de pedir a Deus operários para a sua colheita.

Os “operários” de que fala Jesus são os missionários do Reino de Deus, explicou o Papa. E sua tarefa é anunciar uma mensagem de salvação dirigida a todos, dizendo: “O Reino de Deus está próximo. De fato, Jesus aproximou Deus de nós; em Jesus, Deus reina em meio a nós, o seu amor misericordioso vence o pecado e a miséria humana”, acrescento.
Boa Nova

Esta é a Boa Nova que os “operários” devem levar a todos: uma mensagem de esperança e consolação, de paz e de caridade. O Reino de Deus se constrói dia após dia e oferece já sobre esta terra os seus frutos de conversão, de purificação, de amor e de consolação entre os homens, prosseguiu o Papa.

“É belo! Construir dia após dia este Reino de Deus. Não destruir, construir”, enfatizou.
Missão

O Pontífice falou ainda com qual espírito o discípulo de Jesus deve desempenhar esta missão. Antes de tudo, consciente da realidade difícil e, às vezes, hostil que o aguarda.

“Com efeito, Jesus diz: ‘Eu os envio como cordeiros entre lobos’. Jesus foi muito claro. A hostilidade está na base das perseguições contra os cristãos. Por isso, o operário do Evangelho se esforçará em ser livre de condicionamentos humanos de todo gênero, confiando somente na potência da Cruz de Cristo.”

Isso significa abandonar qualquer motivo de vanglória pessoal, carreirismo ou fama de poder e fazer-se humildemente instrumentos da salvação.

“A missão do cristão no mundo é maravilhosa e destinada a todos, é uma missão de serviço, ninguém está excluído; essa requer muita generosidade e, sobretudo, o olhar e o coração dirigidos ao alto, para invocar a ajuda do Senhor.”
Testemunhar a alegria do Evangelho

Para o Pontífice, há tanta necessidade de cristãos que testemunhem com alegria o Evangelho na vida de todos os dias. Pois assim regressaram os discípulos: repletos de alegria.

E o Papa fez seu agradecimento aos inúmeros homens e mulheres que cotidianamente anunciam o Evangelho: sacerdotes, párocos bons que todos nós conhecemos, missionários e missionárias.

Francisco então se dirigiu à multidão e perguntou: “Quantos de vocês, jovens que estão nesta Praça, sentem o chamado do Senhor a segui-Lo? Não tenham medo! Sejam corajosos e levem aos outros esta chama do zelo apostólico que nos foi dada por esses discípulos exemplares”.

O Papa concluiu pedindo ao Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, que jamais falte à Igreja corações generosos, que trabalhem para levar a todos o amor e a ternura do Pai celest
e.