segunda-feira, 26 de dezembro de 2016


'Sala do Despojamento' de S. Francisco em Assis será Santuário


Santuário será na Sala do Despojamento
26/12/2016 10:00

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Cidade do Vaticano – Enquanto o Papa, no Vaticano, lamentava que o Natal hoje é refém do consumismo, Dom Domenico Sorrentino, bispo de Assis, cidade onde nasceu o santo referência da Igreja ‘pobres para os pobres’, anunciava a criação do ‘Santuário do Despojamento’.


Em acordo com o Papa, o bispo vai constituir o Santuário na célebre sala aonde São Francisco trocou definitivamente seus ricos trajes pelo hábito dos pobres: o lugar no qual o Santo da paz se doou totalmente a Deus despojando-se de todos os seus bens para doá-los aos que nada tinham. Um gesto tão radical e inconformista considerado ‘subversivo’ ao ponto de ser retratado pelo artista Giotto no ciclo da vida do santo. A sala do “Despojamento de São Francisco”, no episcopado de Assis, é adjacente à igreja de Santa Maria Maior, a antiga catedral da cidade.

A nota do bispo

Dom Sorrentino escreve: “Com o objetivo de oferecer uma nova contribuição a esta singular vocação de Assis, considerei oportuno dar mais relevo a um outro centro espiritual que tem seu ponto principal no episcopado e na igreja de Santa Maria Maior. É nesta área que 8 séculos atrás, o jovem Francisco fez o clamoroso gesto de se despojar de tudo para ser todo de Deus e dos irmãos. Nós conhecemos este gesto como ‘despojamento’. Este ícone ficou mais nítido depois da visita realizada em 4 de outubro de 2013 pelo Papa à Sala do Despojamento. Foi uma data histórica para a redescoberta daquele evento singular da vida de nosso santo”. 

(cm)

Pesar do Papa pelo acidente aéreo russo


Buscas no Mar Negro - REUTERS
26/12/2016 13:31

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Após a oração do Angelus o Papa Francisco dirigiu seu pensamento e proximidade ao “querido povo russo”.


“Meus pêsames pela trágica notícia do avião russo que caiu no Mar Negro. O Senhor console os familiares das vítimas: jornalistas, tripulação e os membros do excelente coral e orquestra da Armada Russa. Em 2004 o coral se exibiu no Vaticano por ocasião do 26º aniversário do Pontificado de São João Paulo II. Que Nossa Senhora apoie os esforços daqueles que estão comprometidos nas buscas, que ainda continuam”.

O avião militar saiu de Moscou nas primeiras horas da manhã deste domingo com 84 passageiros e 8 membros da tribulação. A maioria dos passageiros era militar, entre eles 60 integrantes do Coro: os demais eram jornalistas e técnicos da televisão estatal.

Ainda nas suas palavras finais o Papa saudou todos os presentes na Praça São Pedro provenientes da Itália e de diversas nações. A eles renovou os seus votos de paz e de serenidade. Saúdo e envio - continuou -, os melhores votos a todas as pessoas que se chamam Estevão ou Estefânia!

Francisco disse ainda que nas últimas semanas recebeu muitas mensagens de felicitações de todo o mundo. Não podendo responder a cada uma, exprimo hoje os meus sinceros agradecimentos a todos, especialmente pelo presente da oração. Obrigado de coração! Que o Senhor os recompense com a sua generosidade, finalizou o Papa. (SP)


Angelus: afeto, oração e lágrimas pelos cristãos odiados no mundo


Papa durante o Angelus - ANSA
26/12/2016 13:22

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Cidade do Vaticano (RV) – “O mundo odeia os cristãos, pela mesma razão pela qual odiava Jesus, porque Ele trouxe a luz de Deus e o mundo prefere as trevas para esconder as suas más obras”. Foi o que disse o Papa Francisco durante a sua alocução que precedeu a Oração mariana do Angelus na Praça São Pedro, por ocasião da festa do protomártir Estevão, o primeiro de uma longa série – observou o Papa – que continua até hoje.


Hoje, disse o Papa, há oposição entre a mentalidade do Evangelho e a mentalidade mundana. Seguir Jesus significa seguir a sua luz, que se ascendeu na noite de Natal, e abandonar as trevas do mundo.

A alegria do Natal enche também hoje os nossos corações, enquanto a liturgia nos faz celebrar o martírio de Santo Estevão, o primeiro mártir, convidando-nos a recolher o testemunho que através do seu sacrifício, ele nos deixou. É o testemunho glorioso do martírio cristão, sofrido por amor a Jesus Cristo.

O protomártir Estevão, cheio do Espírito Santo, foi apedrejado porque confessou sua fé em Jesus Cristo, Filho de Deus. O unigênito que vem ao mundo convida cada fiel a escolher o caminho da luz e da vida. Este é o significado profundo da sua vinda entre nós. Amando o Senhor e obedecendo à sua voz, o diácono Estevão escolheu Cristo, Vida e Luz para cada homem. Ao escolher a verdade, ele se tornou ao mesmo tempo vítima do mistério do mal presente no mundo. Mas Estevão em Cristo venceu!

Também hoje a Igreja, para dar testemunho da luz e da verdade, experimenta em diversos lugares duras perseguições, chegando até a suprema prova do martírio, disse Francisco, acrescentando.

“Quantos nossos irmãos e irmãs na fé sofrem abusos, violências e são odiados por causa de Jesus! Hoje queremos pensar neles e estar perto deles com o nosso afeto, a nossa oração e também com as nossas lágrimas. Digo a vocês uma coisa: os mártires de hoje são mais numerosos em relação aos mártires dos primeiros séculos”. Quando lemos a história – improvisou o Papa -, lemos tanta crueldade para com os cristãos.

O Papa recordou que ontem, dia de Natal, os cristãos perseguidos no Iraque celebraram o Natal na sua Catedral destruída; um exemplo de fidelidade ao Evangelho. “Eles testemunham com coragem a sua fidelidade a Cristo”.

Falando ainda dos cristãos perseguidos afirmou que apesar das provas e perigos, eles dão testemunho com coragem da sua pertença a Cristo e vivem o Evangelho comprometendo-se em favor dos últimos, dos mais esquecidos, fazendo o bem a todos sem distinção; testemunham a caridade na verdade.

Ao fazer espaço dentro do nosso coração ao Filho de Deus que Se doa a nós no Natal, renovamos - exortou o Papa - a alegre e corajosa vontade de segui-Lo fielmente como o único guia, perseverando em viver de acordo com a mentalidade evangélica e recusando a mentalidade dos dominadores deste mundo.

Francisco concluiu suas palavras pedindo à Virgem Maria, Mãe de Deus e Rainha dos Mártires, para que nos guie e sempre nos sustente em nosso caminho no seguimento de Jesus Cristo, que contemplamos na gruta do presépio.

Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Papa: "é tempo que as armas se calem definitivamente"


Papa no balcão da Basílica de São Pedro - REUTERS
25/12/2016 12:19

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Rádio Vaticano (RV) - Ao meio-dia deste domingo de Natal, o Papa Francisco assomou ao balcão central da Basílica de São Pedro para a tradicional bênção Urbi et Orbi (para a cidade e para o mundo) do Pontífice.


Em suas intenções de paz, o Papa recordou as regiões em guerra e incentivou as negociações aos países que buscam a concórdia. Francisco também recordou as famílias que perderam entes queridos em atos de terrorismo.

Papa na Missa do Galo: “deixar as ilusões do efêmero”


Francisco na celebração do Natal na Praça São Pedro - AP
25/12/2016 10:13

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Rádio Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou a Missa de Natal na noite do dia 24 de dezembro na Basílica de São Pedro.


Em sua homilia, o Pontífice refletiu sobre alguns significados da celebração do nascimento do Menino.

“O Menino que nasce interpela-nos: chama-nos a deixar as ilusões do efêmero para ir ao essencial, renunciar às nossas pretensões insaciáveis, abandonar aquela perene insatisfação e a tristeza por algo que sempre nos faltará. Nos fará bem deixar estas coisas, para reencontrar na simplicidade de Deus-Menino a paz, a alegria, o sentido da vida”.



“Manjedouras de dignidade”

Com o olhar voltado ao Menino, Francisco citou as “miseráveis manjedouras de dignidade” em que se encontram muitas crianças, em um “abrigo subterrâneo para escapar aos bombardeamentos, na calçada de uma grande cidade, no fundo de um barco sobrecarregado de migrantes”.

“O Natal tem sobretudo um sabor de esperança, porque, não obstante as nossas trevas, resplandece a luz de Deus. A sua luz gentil não mete medo; enamorado por nós, Deus atrai-nos com a sua ternura, nascendo pobre e frágil no nosso meio, como um de nós”.

“Deixemo-nos tocar pela ternura que salva”, concluiu o Papa.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

ONDE ESTÁ A FILA PRA VER JESUS.wmv


Missionários xaverianos perdem seu Superior


São Francisco Xavier
19/12/2016 16:25

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Roma (RV) – Domingo, 18 de dezembro às 4h30, faleceu no hospital Santo Spirito de Roma, onde estava internado há algum tempo, o Superior Geral dos Missionários Xaverianos (Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões no Exterior), Padre Luigi Menegazzo. Nos últimos dias seu estado de saúde se agravou e o religioso faleceu em consequência de crise cardiorrespiratória. Segundo informações divulgadas pela Cúria generalícia, os funerais serão em Roma, na Casa generalícia, (Viale Vaticano 40), terça-feira, 20 de dezembro, às 10h30. Em Parma, no Santuário Conforti da Casa Mãe, haverá uma vigília de oração às 20h45 de terça-feira, 20 de dezembro, e missa na quarta-feira, dia 21, às 10h30.

Nascido em 1952 em Cittadella, na província de Pádua, Padre Menegazzo entrou na Congregação dos Xaverianos em 1963. Ordenado sacerdote em 25 de setembro de 1977, obteve mestrado em missiologia na Universidade Gregoriana em 1989. Foi missionário no Japão aonde se engajou na pastoral e no aprofundamento dos estudos de xintoísmo. Ensinou História e Fenomenologia das religiões no Instituto teológico xaveriano de Parma. Em 2001 assumiu o cargo de Vigário geral da Congregação e o capítulo geral de 2013 o elegeu Superior geral. 

(cm/fides)

Papa: Ação Católica, contagie o mundo com alegria do amor


Papa com os adolescentes da Ação Católica Italiana
19/12/2016 14:47

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (19/12), na Sala do Consistório, no Vaticano, cerca de setenta adolescentes da Ação Católica Italiana.


O Pontífice manifestou sua alegria por este encontro, realizado nas proximidades do Natal, e pediu que suas felicitações natalinas cheguem a toda a família da Ação Católica Italiana.

No Natal, ressoará o anúncio do anjo aos pastores: ‘Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor’.

Jesus, grande alegria

“O nascimento de Jesus é anunciado como uma ‘grande alegria’, causada pela descoberta de que Deus nos ama e através do nascimento de Jesus se aproximou de nós para nos salvar. Somos amados por Deus. Que coisa maravilhosa! Quando estamos tristes, quando parece que tudo dá errado, quando um amigo ou uma amiga nos desilude, ou quando nos desiludimos a nós mesmos, pensemos: ‘Deus me ama’, ‘Deus não me abandona’. O nosso Pai é sempre fiel e sempre nos quer bem, acompanha os nossos passos e vem ao nosso encontro quando nos distanciamos. Por isso, no coração do cristão existe sempre alegria.”

Segundo o Papa, esta alegria se multiplica se for partilhada. “A alegria acolhida como dom deve ser testemunhada em todas as nossas relações: na família, na escola, na paróquia, em todo lugar.” Nesse contexto, os membros da Ação Católica são ajudados pelo seu caminho de formação que este ano tem como slogan “Circundados de alegria”.

Alegria contagiante

Para Francisco, essa expressão pode ajudar os adolescentes a sentir a comunidade cristã e o grupo em que são inseridos como realidades missionárias, que se movem de um país para outro, de um lugar para outro, circundando de alegria aqueles que encontram todos os dias.

“Anunciando a todos o amor e a ternura de Jesus, vocês se tornam apóstolos da alegria do Evangelho, e a alegria é contagiante”, disse o Papa aos adolescentes da Ação Católica Italiana. E deu-lhes uma tarefa:

“Esta alegria contagiante deve ser partilhada com todos, sobretudo com os avós. Conversem com seus avós, eles também possuem essa alegria contagiante. Perguntem a eles muitas coisas, saibam ouvi-los, eles têm a memória da história, experiência de vida. Isso será para vocês um dom enorme que os sustentará em seu caminho. Eles também precisam ouvi-los, entender suas aspirações e esperanças. Portanto, eis a tarefa: conversar com os avós, ouvir os avós. Os idosos têm a sabedoria da vida”.

Paz e solidariedade

O Papa disse que “contagiante é também seu compromisso pela paz”. “Este ano, vocês uniram as palavras paz e solidariedade numa iniciativa a favor de alguns jovens de um bairro carente de Nápoles. Este é um bom gesto que indica o estilo com o qual vocês querem anunciar o rosto de Deus que é amor. Que o Senhor abençoe este projeto de bem”, disse Francisco.

Os adolescentes estavam acompanhados por educadores, assistentes e responsáveis da Ação Católica Italiana. O Papa os saudou e agradeceu pelo compromisso em favor da educação cristã dos membros, desejando a todos um Feliz e Santo Natal!

(MJ)

Caritas Internacional dedica sua mensagem de Natal à Síria


Civis em fuga de Aleppo - EPA
16/12/2016 10:50

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Cidade do Vaticano (RV) – Nunca é Natal na Síria: a mensagem natalina do Presidente da Caritas Internacional, Cardeal Luis Antonio Tagle, é dedicada ao país que há cinco anos vive em guerra.


“Às vezes parece que é sempre inverno na Síria, mas nunca é Natal. Milhões de pessoas não têm casas. E os que têm um refúgio, estão sem calefação ou eletricidade”, escreve o Arcebispo de Manila, nas Filipinas.

O Cardeal conta que os funcionários da Caritas local são obrigados a queimar seus móveis para produzir calor. “Pensemos nos pobres, nos idosos e nas crianças que vivem amontoados em pequenas habitações. Pensemos naqueles que estão vivendo sob as intempéries, sob constantes bombardeios, em quem saiu de sua casa em busca de segurança”, escreve.

O Presidente da Caritas Internacional relata o trabalho da instituição nessas condições, que inclui assistência de saúde, educação, refúgio e distribuição de roupas e alimentos.

“Esta guerra, em si mesma, tem sido o inverno mais cru para a Síria, mas sabemos que depois do inverno vem sempre a primavera”, afirma ainda o Cardeal, citando o Papa Francisco como um dos promotores da campanha “Síria: a paz é possível”, da Caritas Internacional.

“A paz na Síria seria a maior das perfeições neste Natal”, conclui o Cardeal filipino.

Papa: falar dos pobres não é doença, é falar de Deus


Videomensagem do Papa em concerto beneficente - ANSA
18/12/2016 09:11

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Cidade do Vaticano (RV) – A Gendarmaria Vaticana promoveu na Sala Paulo VI um concerto beneficente para arrecadar fundos em prol de duas iniciativas: para a construção de um hospital pediátrico em Bangui, na República Centro-Africana, e para ajudar as vítimas dos terremotos no centro da Itália. O protagonista do concerto, realizado na noite de sábado (17/12), foi o artista italiano Claudio Baglioni.


Para a ocasião, o Papa Francisco gravou uma videomensagem para agradecer aos promotores, aos artistas e ao público que aderiu a esta iniciativa, definindo-os “artesãos de misericórdia”. “Como disse em outras ocasiões, as obras de misericórdia são modeladas por mãos e corações de homens e mulheres”, afirmou o Pontífice, citando a Carta apostólica “Misericordia et misera”, publicada no encerramento do Ano Jubilar.

Viver a misericórdia

“Para vencer a tentação das palavras, da teoria da misericórdia, é necessário transformá-la na vida de todos os dias, vida que se torna participação e compartilha”, acrescentou Francisco, dando como exemplo justamente o concerto na Sala Paulo VI, finalizado a ajudar duas “situações concretas de pobreza e necessidade”: Bangui e as vítimas do terremoto.

Falar dos pobres não é doença

“Às vezes – disse ainda o Papa – alguém me pergunta: ‘Mas padre, o senhor fala sempre dos pobres e da misericórdia’. Sim – digo - , mas não é uma doença. É simplesmente o modo com o qual Deus se revelou.”

Investir no paraíso, não na bolsa de valores

De fato, prosseguiu o Papa, Deus entrou no mundo nascendo como todas as crianças. Foi entregue a pastores, não a reis e príncipes. “Este é o nosso Deus: não o totalmente outro, mas o absolutamente próximo. Por isso, tornar-se artesãos da caridade e construtores de misericórdia não é como investir na bolsa, mas no paraíso, na vida bem-aventurada do céu, no amor do Pai.”

O Pontífice concluiu sua mensagem agradecendo novamente ao público e aos artistas em nome das crianças de Bangui e das vítimas do terremoto. “Não podemos fazer grandes coisas, realizar grandes projetos, mas aquilo que faremos terá a assinatura da nossa paixão pelo Evangelho. Bom Natal a todos!”

Francisco agradece mensagens por seus 80 anos


Papa saúda fiéis na Praça S. Pedro
18/12/2016 13:15

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao saudar a multidão na Praça S. Pedro, antes mesmo de iniciar sua alocução, o Papa ouviu os fiéis cantarem parabéns por seus 80 anos completados no dia 17 de dezembro.

“Gostaria de agradecer a todas as pessoas e as instituições que ontem quiseram expressar seus votos. Muito obrigado!”, disse Francisco.


Foram mais de 70 mil e-mails de todo o mundo. Líderes religiosos e políticos também parabenizaram o Pontífice com mensagens e telefonemas. Pela manhã, recebeu oito moradores de rua em sua residência. À tarde, via Skype, o Papa conversou com um grupo de detentos de Pádua, os mesmos que recebeu no Vaticano, em 6 de novembro, por ocasião do Jubileu dos Encarcerados. Também estavam presentes funcionários da penitenciária e o capelão, Pe. Marco Pozza.

Um detento, Márcio, leu uma carta a Francisco em nome de todos os presos. E o Papa retribui com estas palavras:

“Obrigado a todos vocês. Um abraço. Eu lhes agradeço muito pela ternura, pela proximidade e peço ao Senhor que os abençoe. O Senhor abençoe todos vocês. Cada um de vocês. O Senhor abençoe suas famílias, seus pais, seus irmãos, seus filhos. Abençoe todos. Rezo por vocês.” 

Angelus: abrir a porta ao Deus que se aproxima


Papa reza o Angelus com os fiéis na Praça S. Pedro - AP
18/12/2016 13:07

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Cidade do Vaticano (RV) – Milhares de fiéis e peregrinos rezaram com o Papa Francisco o Angelus dominical na Praça S. Pedro. O Pontífice comentou a liturgia deste quarto e último domingo de Advento, que fala proximidade de Deus à humanidade.


Maria, exemplo de disponibilidade

No Evangelho de Mateus, os protagonistas são a Virgem Maria e o seu esposo José. O Filho de Deus “vem” no seio de Maria para se tornar homem e Ela o acolhe. Assim, de modo único, afirmou o Papa, Deus se aproximou do ser humano tomando a carne de uma mulher. De maneira diferente, também Deus se aproxima de nós com a sua graça para entrar na nossa vida e nos oferecer o seu Filho.

“E nós, o que fazemos?, questionou o Papa. Nós O deixamos se aproximar, O acolhemos ou o rejeitamos? Assim como Maria se ofereceu livremente ao Senhor da história e Lhe permitiu mudar o destino da humanidade, também nós, acolhendo Jesus e buscando segui-lo todos os dias, podemos cooperar para o desenho de nossa salvação e de salvação do mundo.“

José, exemplo de confiança

Outro protagonista do Evangelho de hoje é São José, que sozinho não pode dar uma explicação para a gravidez de Maria. Deus então se faz próximo a ele, enviando um mensageiro para explicar que sua esposa concebeu pela ação do Espírito Santo.

“Diante do evento extraordinário, que certamente suscita no seu coração tantos interrogativos, José confia totalmente em Deus e, seguindo o seu convite, não repudia a sua futura esposa, mas a toma consigo.” Acolhendo Maria, prosseguiu Francisco, José acolhe Aquele que nela foi concebido por obra admirável de Deus, a quem nada é impossível.

Essas duas figuras, Maria e José, nos introduzem no mistério do Natal. Maria nos ajuda a colocar-nos em atitude de disponibilidade para acolher o Filho de Deus em nossa vida concreta, na nossa carne. José nos impulsiona a buscar sempre a vontade de Deus e a segui-La com plena confiança.

Deus conosco

O Papa repetiu o versículo do Evangelista, para sublinhar o significado do nome Emanuel, “Deus conosco”.

“Assim diz o anjo: “O menino se chamará Emanuel, que significa Deus conosco, isto é, Deus próximo a nós. E ao Deus que se aproxima eu lhe abro a porta – ao Senhor – quando sinto uma inspiração interior, quando sinto que me pede para fazer algo mais aos outros, quando me chama na oração? Deus conosco. Deus que se aproxima. Que este anúncio de esperança que se realiza no Natal leve a termo a espera de Deus em cada um de nós, em toda a Igreja e em tantos pequeninos que o mundo despreza, mas que Deus ama”, foram os votos de Francisco.

Semana de reflexão

Após a oração mariana, o Papa convidou os fiéis a viverem a última semana antes do Natal para refletir e imaginar Nossa Senhora e São José que estão indo a Belém. “Imaginem o caminho, o cansaço, mas também a alegria, a comoção, e depois a ansiedade em encontrar um lugar, a preocupação... e assim por diante. Nisto muito nos ajuda o presépio. Vamos tentar entrar no verdadeiro Natal, o de Jesus, para receber a graça desta festa, que é uma graça de proximidade, de amor, de humildade e de ternura.”

R.D. do Congo

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016


Papa: esperança é a "gasolina" da vida cristã


"Jesus não explicou porque se sofre, mas suportando com amor o sofrimento nos mostrou por quem se oferece. Não porque, mas por quem”. - AP
15/12/2016 15:31

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Cidade do Vaticano (RV) – A esperança é a “gasolina” da vida cristã, que nos faz seguir em frente a cada dia. Num ambiente descontraído na Sala Paulo VI, o Papa Francisco encontrou na manhã desta quinta-feira pacientes, famílias, funcionários e colaboradores do Hospital Pediátrico “Bambino Gesù”. Em primeira fila, 150 crianças provenientes também das tantas “periferias do mundo”.

Presentes no encontro, entre outros, o Cardeal Arcebispo de Bangui, Dieudonné Nzapalainga, visto que a Santa Sé está reconstruindo um hospital pediátrico na capital da República Centro Africana, a favor do qual será realizado um concerto no próximo sábado com Claudio Baglione.

Dá muito mais alegria viver “com o coração aberto do que com o coração fechado”. Diante das crianças que sofrem por alguma doença, levando a vida em frente com coragem e que confiam ao Pontífice as suas emoções, o Francisco responde com a sinceridade que lhe é própria.

Valentina, uma enfermeira, observa que quem trabalha no hospital, teve a possibilidade de escolha, enquanto que os pequenos pacientes e seus pais, não tiveram a possibilidade de escolher em estar ou não ali. Francisco admite não existir uma resposta para o sofrimento das crianças:

“Nem mesmo Jesus deu uma resposta em palavras. Diante de alguns casos, acontecidos na época, de inocentes que haviam sofrido em circunstâncias trágicas, Jesus não fez uma pregação, um discurso teórico. Poderia ter feito, certamente, mas ele não fez. Vivendo em meio a nós, não nos explicou porque se sofre. Jesus – ao contrário – nos demonstrou o caminho para dar sentido também a esta experiência humana: não explicou porque se sofre, mas suportando com amor o sofrimento nos mostrou por quem se oferece. Não porque, mas por quem”.

Neste sentido, Francisco exorta a abrir-se aos valores dos sonhos, do dom, das pequenas coisas, de um simples obrigado:

“Ensinamos isto às crianças e depois, nós adultos, não fazemos. Mas dizer obrigado, simplesmente porque estamos diante de uma pessoas, é um remédio contra o esfriamento da esperança, que é uma doença contagiosa feia. Dizer obrigado alimenta a esperança, aquela esperança na qual, como disse São Paulo, estamos salvos. A esperança é a “gasolina” da vida cristã, que nos faz seguir em frente a cada dia”.

A seguir Serena, de 27 anos, contou que sua história no“Bambino Gesù” teve início quando tinha apenas 13 anos. Uma história de doenças, recaídas, complicações de todo gênero, mas sobretudo de esperança. Agora a jovem estuda medicina. Neste sentido, o Papa exorta a encontrar “a beleza das pequenas coisas”:

“Pode parecer uma lógica de perdedor, sobretudo hoje, com a mentalidade de aparecer que exige resultados imediatos, sucesso, visibilidade. Ao invés disto, pensem em Jesus: a maior parte da sua vida sobre esta terra passou no escondimento; cresceu na sua família sem pressa, aprendendo a cada dia, trabalhando e compartilhando alegrias e dores dos seus. O Natal nos diz que deus não se fez forte e poderosos, mas frágil e fraco, como uma criança”.

Vivemos em um tempo – constata o Papa – em que “os espaços e os tempos se restringem sempre mais”:

“Se corre tanto e menos espaços são encontrados: não somente para estacionar os automóveis, mas também locais para encontrar-se; não somente tempo livre, mas tempo para parar e se encontrar. Há grande necessidade de tempos e de espaços mais humanos”.

E ao falar de espaços, Francisco faz menção ao “Bambino Gesù” , que não obstante “os espaços estreitos, os horizontes se alargaram”. E cita os tantos projetos da instituição, “mesmo em outros continentes”.

O Papa então, aconselha antes de tudo a “manter vivos os sonhos”:

“Os sonhos não são nunca anestesiados, ali a anestesia é proibida! Deus mesmo, o ouviremos no Evangelho de domingo, comunica às vezes por meio de sonhos; mas sobretudo convida a realizar sonhos grandes, mesmo se difíceis. Nos leva a não pararmos de fazer o bem, a não apagar nunca o desejo de viver grandes projetos. Gosto de pensar que o próprio Deus tem sonhos, também neste momento, para cada um de nós. Uma vida sem sonhos não é digna de Deus, não é cristã uma vida cansada e resignada, onde se contenta com isto, se vive à toa sem entusiasmo o dia”.

O Papa sublinha depois a “força de quem doa”: pode-se viver “colocando em primeiro lugar o ter ou o dar”:

“Pode-se trabalhar pensando sobretudo no ganho, ou buscando dar o melhor de si em favor de todos. Então o trabalho, não obstante todas as dificuldades, torna-se uma contribuição ao bem comum, às vezes até mesmo uma missão”.

O importante – afirma – é reconhecer o que vem antes: fazer algo para os próprios interesses e para o sucesso ou “seguir a intuição de servir, doar, amar”, vivendo a cada dia como “gostaria o Senhor”:

“Não como um peso – que depois pesa sobretudo sobre os outros que devem me suportar – mas como um dom. É a minha vez de fazer um pouco de bem, para levar Jesus, para testemunhar não a palavra mas com as obras. A cada dia se pode sair de casa com o coração um pouco fechado em si mesmo, ou com o coração aberto, prontos a encontrar, a doar”.

Os votos finais de Francisco é para se viver ”com o coração aberto”.

(je/ga)

Papa próximo da Igreja no Brasil pela perda do Card. Arns


Papa entristecido pela perda de Dom Paulo E. Arns - AFP
15/12/2016 13:31

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu a notícia da morte do “venerado irmão Cardeal Paulo Evaristo Arns” com grande pesar e enviou um telegrama ao Cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, na manhã desta quinta-feira (15/12).

O Pontífice expressa a todo o clero, comunidades religiosas e fiéis da Arquidiocese de São Paulo, bem como à família do falecido, os seus pêsames pelo desaparecimento desse intrépido pastor que no seu ministério eclesial se revelou autêntica testemunha do Evangelho no meio do seu povo, a todos apontando a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade em permanente atenção pelos mais desfavorecidos.

“Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor e elevo fervorosas preces para que Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo bom e fiel enquanto envio a essa comunidade arquidiocesana que chora a perda do seu amado pastor e à Igreja do Brasil, que nele teve um seguro ponto de referência e a quantos partilham esta hora de tristeza que anuncia a ressurreição, uma confortadora bênção apostólica”.

Os funerais do Cardeal Arns serão celebrados sexta-feira, às 15h, na Catedral da Sé, em São Paulo.

(cm)

    Papa: pastores, digam a verdade acolhendo as pessoas


    Francisco durante a reflexão
    15/12/2016 12:52

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    Cidade do Vaticano (RV) - João Batista foi a figura central da homilia do Papa Francisco na missa matutina celebrada na Capela da Santa Marta, nesta quinta-feira (15/12).

    A liturgia do Advento reflete sobre o ministério desse homem que vivia no deserto, pregava e batizava. Todos iam ao seu encontro, até mesmo os fariseus e os doutores da lei, mas “com distância”, para julgá-lo e não para se batizar. 

    No Evangelho de hoje, Jesus pergunta às multidões: O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Um homem vestido com roupas finas? Não um homem vestido com roupas preciosas porque aqueles que vivem no luxo estão nos palácios dos reis, “alguns nos episcopados”, acrescentou o Papa.

    O que eles foram ver é um profeta, “alguém que é mais do que um profeta”. “Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João”, “o último dos profetas” porque depois dele há o Messias, explicou Francisco, que se deteve nos motivos dessa grandeza: “Era um homem fiel ao que o Senhor lhe pediu”, “grande porque fiel” e essa grandeza se via em suas pregações: 

    Vigor na pregação

    “Pregava com vigor, dizia coisas fortes aos fariseus, aos doutores da lei, aos sacerdotes. Não lhes dizia: Queridos, comportem-se bem! Não! Dizia-lhes simplesmente: ‘Raça de víboras’. Não fazia rodeios, porque eles se aproximavam para controlar e para ver, mas nunca com o coração aberto: Raça de víboras! Arriscava a vida, mas era fiel. A Herodes dizia na cara: ‘Adúltero, isso não é lícito! Se um sacerdote hoje na homilia dominical dizer: Entre vocês existem alguns que são raça de víboras e existem também adúlteros, certamente o bispo receberia uma reclamação: Mande embora este pároco que nos insulta. E João Batista insultava. Por que? Porque era fiel à sua vocação e à verdade.”

    O Papa observou que com as pessoas comuns João Batista era compreensivo. Aos publicanos, pecadores públicos porque exploravam o povo, ele dizia: “Não peçam mais do que o justo”. “Começava do pouco. Depois, veremos. E os batizava”, prosseguiu Francisco. “Primeiro este passo, depois a gente vê”.

    Responsabilidade

    Aos soldados, aos policiais pedia para não ameaçar nem denunciar ninguém e de se contentar com o seu salário. “Isso significa não entrar no mundo das propinas”, explicou o Papa. João batizava todos esses pecadores, mas com esse mínimo passo adiante porque sabia que com esse passo, depois o Senhor fazia o resto. E eles se convertiam. “É um pastor que entendia a situação das pessoas, que ajudava as pessoas a caminhar com o Senhor.” João foi o único dos profetas a quem foi dada a graça de indicar: “Este é Jesus”.

    Mas, apesar de João ser grande, forte, certo da sua vocação, “também tinha momentos escuros”, “tinha as suas dúvidas”, diz Francisco. João, de fato, da prisão começa a duvidar, apesar de ter batizado Jesus, “porque era um Salvador, não como ele havia imaginado”. Ele, então, envia dois dos seus discípulos a perguntar-lhe se era realmente ele o Messias. E Jesus corrige a visão de João com uma resposta clara. Diz para referir a João que “os cegos recuperam a vista”, “os surdos ouvem”, “os mortos ressuscitam”. “Os grandes podem se dar ao luxo de duvidar, porque são grandes”, comenta o Papa:

    Conversão

    “Os grandes podem se dar ao luxo de duvidar, e isso é bom. Eles têm certeza da vocação, mas sempre que o Senhor lhes mostra uma nova estrada eles têm dúvidas. ‘Mas isso não é ortodoxo, isto é herético, este não é o Messias que eu esperava'. O diabo faz este trabalho e qualquer amigo também ajuda, certo? Esta é a grandeza de João, um grande, o último daquele grupo de crentes que começou com Abraão, aquele que prega a conversão, que não usa meias palavras para condenar os orgulhosos, que no fim da vida se permite de duvidar. E este é um bom programa de vida cristã”.

    Francisco, em seguida, resume os pontos principais da sua homilia: dizer as coisas com verdade e receber das pessoas o que consegue dar, um primeiro passo:

    “Peçamos a João a graça da coragem apostólica de sempre dizer as coisas com a verdade do amor pastoral, de receber pessoas com o pouco que pode dar, o primeiro passo. Deus fará o resto. E também a graça para duvidar. Muitas vezes, talvez no final da vida, alguém se pode perguntar: 'Mas é verdade tudo aquilo que eu acreditei ou são fantasias?’ A tentação contra a fé, contra o Senhor. Que o grande João, que é o menor no reino dos Céus, por isso é grande, nos ajude neste caminho nas pegadas do Senhor”. (MJ-SP)


  • missa santa marta

Centenário das aparições em Fátima, um sinal de esperança


Mensagem de Fátima, uma “bênção fecunda” para a Igreja e o mundo - AFP
14/12/2016 12:48

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Fátima (RV) – O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou na terça-feira (13/12) a publicação da Carta Pastoral “Fátima, sinal de esperança para o nosso tempo”, que assinala o centenário das Aparições na Cova da Iria (1917-2017).

O documento - que em novembro foi discutido na Assembleia Plenária da CEP - quer ajudar os católicos a viver este acontecimento “com alegria", “reavivar a permanente atualidade da mensagem de Fátima” e o "compromisso evangelizador", declarou aos jornalistas o porta-voz do episcopado católico, Padre Manuel Barbosa.

O secretário da CEP adianta que os bispos querem colocar em destaque o “sentido profético” do convite à "conversão" e de “combate ao mal” que foi deixado em 1917, nas aparições aos pastorinhos.

A carta, a ser divulgada nos próximos dias, será subdividida em quatro partes, começando por uma “breve história” do acontecimento do centenário de Fátima, um "grande acontecimento".

O texto fala da Mensagem de Fátima como “bênção fecunda” para a Igreja e o mundo, passando depois para alguns aspetos essenciais dessa mesma mensagem, “como dom e convite” para a sua vivência pessoal e comunitária.

A última parte da Carta Pastoral propõe Fátima numa perspectiva de futuro “para a Igreja, Portugal e o mundo”, acentuando o “rosto materno da Igreja” e o “anúncio profético da misericórdia e da paz”.

Já no comunicado final da Assembleia Plenária de novembro, Dom Manuel Clemente, Presidente da CEP e Cardeal Patriarca de Lisboa, havia sublinhado que o documento reflete sobre “o que se passou e sobretudo a mensagem que os pastorinhos nos contaram que a Senhora lhes disse”, no sentido de “voltar ao Evangelho”.

De acordo com o testemunho reconhecido pela Igreja Católica das três crianças conhecidas como pastorinhos de Fátima (Lúcia, Francisco e Jacinta), ocorreram seis aparições da Virgem Maria na Cova da Iria e imediações, uma a cada mês, entre maio e outubro de 1917.



(Ecclesia)

C9: impulso missionário e sinodalidade na reforma dos dicastérios


Papa com o Conselho dos Nove Cardeais - ANSA
14/12/2016 17:33

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Cidade do Vaticano (RV) - Concluiu-se, nesta quarta-feira (14/12), a 17ª reunião do Conselho dos Nove Cardeais (C9) com o Papa Francisco. O C9 é o grupo formado pelo Pontífice para auxiliá-lo na reforma da Cúria Romana.

“O C9 reuniu-se com o Santo Padre de 12 a 14 deste mês. Estiveram presentes todos os membros do Conselho. O Papa participou da maior parte das reuniões. Esteve ausente esta manhã por causa da Audiência Geral”, disse o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, no briefing realizado no final da manhã desta quarta-feira (14/12).

A maior parte dos debates foi dedicada a demais considerações sobre a Congregação para a Evangelização dos Povos (Propaganda Fide), Secretaria de Estado, a Congregação para os Bispos e a Congregação para as Igrejas Orientais, em vista da nova Constituição apostólica que substituirá a ‘Pastor bonus’ de São João Paulo II. 

Dois temas fundamentais emergiram como diretrizes da reforma dos dicastérios da Cúria Romana: impulso missionário e sinodalidade. 

Os cardeais concluíram o estudo sobre as Congregações para a Doutrina da Fé, Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Causas dos Santos e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e entregaram a sua proposta definitiva ao Papa Francisco. Um tempo consistente foi dedicado aos projetos de dois novos dicastérios. 

O Prefeito do novo Departamento para Leigos, Família e Vida, Cardeal Kevin Farrell, falou sobre esse dicastério. O debate se deteve no papel dos leigos, com um convite a todos a reler a carta do Papa Francisco ao Cardeal Marc Ouellet, Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. 

O Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson apresentou o plano de trabalho do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do qual é prefeito, que une quatro organismos: Justiça e Paz, Cor Unum, Agentes de Saúde e Migrantes e Itinerantes. 

O purpurado estava acompanhado por Dom Silvano Maria Tomasi que explicou o novo dicastério como uma implementação da Constituição Conciliar Gaudium et Spes.

O Cardeal Sean O’Malley, de Boston (EUA), expôs as últimas atividades da Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores, e o Cardeal George Pell falou sobre o andamento da Secretaria para a Economia.

Na parte da tarde, o Prefeito da Secretaria para as Comunicações, Mons. Dario Edoardo Viganò, apresentou os passos realizados e os próximos que serão dados para a reforma do sistema de comunicação da Santa Sé, com ênfase na formação dos funcionários. 

A próxima reunião do C9 está prevista de 13 a 15 fevereiro de 2017. 

(MJ)


Faleceu o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns


Cardeal Evaristo Arns - RV
14/12/2016 15:40

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São Paulo (RV) - Comunico, com imenso pesar, que no dia 14 de dezembro de 2016, às 11:45, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo, entregou sua vida a Deus, depois de tê-la dedicado generosamente aos irmãos neste mundo.

Louvemos e agradeçamos ao “Altíssimo, onipotente e bom Senhor” pelos 95 anos de vida de Dom Paulo, seus 76 anos de consagração religiosa, 71 anos de sacerdócio ministerial, 50 de episcopado e 43 anos de cardinalato.

Glorifiquemos a Deus pelos dons concedidos a Dom Paulo, e que ele soube partilhar com os irmãos. Louvemos a Deus pelo testemunho de vida franciscana de Dom Paulo e pelo seu engajamento corajoso na defesa da dignidade humana e dos direitos inalienáveis de cada pessoa.

Agradeçamos a Deus por seu exemplo de Pastor zeloso do povo de Deus e por sua atenção especial aos pequenos, pobres e aflitos. Dom Paulo, agora, se alegre no céu e obtenha o fruto da sua esperança junto de Deus!

Convido todos s elevarem preces de louvor e gratidão a Deus e de sufrágio em favor do falecido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. Convido também a participarem do velório e dos ritos fúnebres que serão realizados na Catedral Metropolitana de São Paulo.

Na festa de São João da Cruz,

São Paulo, 14 de dezembro.

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Arcebispo metropolitano de São Paulo. 

Biografia

Dom Paulo Evaristo Arns O.F.M. nasceu em Forquilhinha (SC) em 14 de setembro de 1921. Era o quinto de treze filhos do casal Gabriel Arns e Helena Steiner, descendentes de imigrantes alemães.

Três de suas irmãs são freiras e um irmão pertence à Ordem dos Frades Menores. Dona Zilda Arns, morta no terremoto do Haiti em 2010, era uma de suas irmãs.

Estudos

Realizou seus estudos fundamentais em Forquilhinha. Mais tarde ingressou no Seminário Seráfico São Luís de Tolosa, em Rio Negro (PR). Em 1940, entrou no noviciado, em Rodeio (SC). Posteriormente cursou Filosofia em Curitiba e Teologia em Petrópolis.

Ordenação sacerdotal

Foi ordenado sacerdote em Petrópolis em 30 de novembro de 1945, pelo Arcebispo de Niterói Dom José Pereira Alves. Ali exerceu seu ministério por dez anos junto aos mais desfavorecidos. Contemporaneamente lecionou no Teologado Franciscano e na Universidade Católica de Petrópolis.

Mais tarde, cursou Letras na Universidade Sorbonne, em Paris, onde se doutorou em 1952. Ao retornar ao Brasil lecionou nas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras de Agudos e Bauru. Mais tarde voltou á Petrópolis, onde continuou seu trabalho junto aos mais necessitados.

Ordenação Episcopal

Em 2 de maio de 1966, aos 44 anos, foi eleito Bispo titular de Respecta e auxiliar de São Paulo, recebendo a ordenação em 3 de julho de 1966, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Forquilhinha, sendo sagrante principal o Arcebispo de São Paulo, Dom Agnelo Rossi, e consagrantes Dom Anselmo Pietrulla OFM, então Bispo de Tubarão, e Dom Honorato Piazera SCI, então Bispo coadjutor de Lages.

No dia 22 de outubro de 1970, foi nomeado por Paulo VI como Arcebispo Metropolitano de São Paulo, tomando posse em 1º de novembro de 1970. Exerceu o cargo até 15 de abril de 1998, quando renunciou, por limite de idade. Desde então detinha o título de Arcebispo-emérito de São Paulo.

Tinha por lema inscrito em seu brasão "EX SPE IN SPEM" (De Esperança em Esperança).

Cardinalato

Dom Paulo foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI no Consistório de 5 de março de 1973, passando a ser Cardeal-presbítero de Santo Antônio de Pádua, na Via Tuscolana.

Como Cardeal eleitor participou dos Conclaves de agosto e de outubro de 1978. Participou também, como não-votante, dos Conclaves de 2005 e de 2013. Em 9 de julho de 2012 tornou-se o Protopresbítero do Colégio dos Cardeais, por ser aquele que há mais tempo foi elevado à dignidade cardinalícia entre todos os cardeais-presbíteros, sendo também o mais antigo de todos os membros do Colégio Cardinalício.

Ação Pastoral

A ação pastoral de Dom Paulo foi voltada aos habitantes da periferia e trabalhadores, à formação de Comunidades Eclesiais de Base nos bairros. Sua forte atuação o levou a ser conhecido como “o Cardeal dos Direitos Humanos”, tendo sido o fundador da Comissão Justiça e Paz de São Paulo.

Durante a ditadura militar, na década de 1970, notabilizou-se na luta pelo fim das torturas e restabelecimento da democracia no país. Ao lado do pastor presbiteriano Jaime Wright, coordenou o projeto Brasil Nunca Mais, que reuniu documentos onde era denunciada a prática de crimes cometidos por agentes de Estado contra presos políticos. Na obra são relatados métodos de tortura e acusações ilegais. Em 1972, criou a Comissão Brasileira Justiça e Paz, que articulou denúncias contra abusos do regime militar.

Enquanto Arcebispo de São Paulo instituiu novas regiões episcopais (divisões da Arquidiocese de São Paulo) e quarenta e três novas paróquias.] Incentivou a Pastoral da Moradia e a Pastoral Operária.

Em 22 de maio de 1977 recebeu o título de "Doutor Honoris Causa" (juntamente com o presidente norte-americano Jimmy Carter) da Universidade de Notre Dame, Indiana, Estados Unidos. A distinção, concedida também ao Cardeal Kim da Coreia do Sul e ao Bispo Lamont da Rodésia, deveu-se ao seu empenho em prol dos direitos humanos.

Em 3 de junho de 1980 recebeu , em São Paulo o Papa João Paulo II. Em 30 de novembro de 1984 inaugurou a Biblioteca Dom José Gaspar.

Em 1985, com a ajuda de sua irmã, a pediatra Zilda Arns Neumann, implantou a Pastoral da Criança.

Em 1989 a Arquidiocese de São Paulo, por decisão do Papa João Paulo II, teve seu território reduzido com a criação das novas Dioceses: Osasco, Campo Limpo, São Miguel Paulista e Santo Amaro.

Em 1992, Dom Paulo criou o Vicariato Episcopal da Comunicação, com a finalidade de fazer a Igreja estar presente em todos os meios de comunicação. Em 22 de fevereiro de 1992 inaugurou uma nova residência destinada aos padres idosos, a Casa São Paulo, ano em que também criou a Pastoral dos Portadores de HIV. Em 1994 criou o Conselho Arquidiocesano de Leigos.

Em 1996, ao completar 75 anos, apresentou renúncia ao Papa João Paulo II por limite de idade. Desde então tornou-se Arcebispo emérito de São Paulo, sendo substituído por Dom Frei Cláudio Cardeal Hummes.

Papa: "Cristãos têm esperança mesmo quando tudo parece perdido"


Cerca de 6 mil fiéis lotaram a Sala Paulo VI - ANSA
14/12/2016 10:45

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Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira, 14 de dezembro, o Papa recebeu os fiéis para a audiência geral na Sala Paulo VI e fez a todos uma catequese centrada no livro de Isaías. Cerca de 6 mil pessoas participaram do encontro.


Nesta leitura do Advento, o profeta narra o convite feito a Jerusalém para que desperte e vista sua roupa de festa, porque o Senhor veio para libertar o seu povo, e acrescenta: “Meu povo ficará sabendo o meu nome.: ‘Aqui a teu lado eu estou!’”.



Israel pode reencontrar a fé

Francisco explicou que esta expressão dita por Deus resume toda a vontade de salvação, pois, liberada do exílio, Israel pode reencontrar Deus e na fé, reencontrar-se a si mesma. Em seguida, o profeta insere um canto de exaltação:

“Que beleza, pelas montanhas, os passos de quem traz boas-novas, que vem anunciar a felicidade, noticiar a salvação, dizendo a Sião:

“Teu Deus começou a reinar!”

“Vamos explodir de alegria, ruínas de Jerusalém, pois o Senhor consolou o seu povo, recuperou a liberdade para Jerusalém!”

“O Senhor arregaçou as mangas de seu braço santo, enfrentando todos os povos.

E, assim, os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus”.

O mais importante são os rápidos passos dos mensageiro

Os versos de Isaías se referem ao milagre da paz, mas dão destaque especial aos passos velozes do mensageiro, para anunciar a libertação e a salvação, e proclamar que “Deus reina”: são estas as palavras da fé em um Senhor cuja potência se inclina sobre a humanidade para oferecer misericórdia e libertar o homem. E a realização deste imenso amor será precisamente o Reino instaurado por Jesus, o Reino de perdão e de paz que celebramos com o Natal e se realiza definitivamente na Páscoa.

O Papa afirmou que “são estes os motivos de nossa esperança”:

“Quando tudo parece acabado, quando nos vem a tentação de crer que nada mais tem sentido, surge a bela notícia trazida por aqueles passos velozes. Deus está vindo para realizar algo de novo, arregaçou as mangas e nos traz liberdade e consolação; o mal não triunfará para sempre, há um fim para a dor. O desespero foi vencido”.

Na conclusão do Pontífice, “nós também somos solicitados a levantarmos, atendendo ao convite do profeta, e a nos tornarmos homens e mulheres de esperança”.

A graça de Deus é maior do que o pecado. A improvisação do Papa

Improvisando, Francisco disse “como é feio o cristão que perde a esperança, que acha que tudo está terminado, que vê somente muros diante de si... Mas o Senhor abate os muros com o seu perdão”.

“A mensagem da Boa Nova é urgente, nós também devemos correr como o mensageiro, porque o mundo não pode esperar, a humanidade tem fome e sede de justiça, de verdade e de paz. Ao ver o Menino de Belém, as crianças do mundo podem saber que a promessa se cumpriu: naquele pequeno recém-nascido se encerra toda a potencia de Deus que salva. É preciso abrir o coração àquela pequenez e maravilha; é a maravilha do Natal, a que nos estamos preparando. É a surpresa de um Deus menino, de um Deus pobre, de um Deus frágil, de um Deus que abandona sua grandeza para se fazer próximo de cada um de nós”. 

(cm)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016


Mensagem do Papa aos Padres Escolápios pelo Ano jubilar Calasanziano


Padre Pedro Aguado Cuesta, Prepósito Geral dos Padres Escolápios - RV
02/12/2016 12:58

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre enviou uma Mensagem ao Padre Pedro Aguado Cuesta, Prepósito Geral dos Padres Escolápios, por ocasião dos 400 anos de fundação da Congregação das Escolas Pias e dos 250 aniversário de Canonização de São José de Calasanz.


José Calasanz nasceu no ano de 1557, em Aragão, Espanha. Ordenou-se sacerdote em 1583 e, em 1592, transferiu-se para Roma, onde iniciou as primeiras Escolas para crianças pobres e abandonadas. Junto com alguns sacerdotes, fundou a Ordem Religiosa das Escolas Pias. Estes sacerdotes foram chamados Escolápios e se dedicam à educação da juventude.

Em sua Mensagem, o Papa encoraja toda a Congregação das Escolas Pias e continuar, com entusiasmo, dedicação e esperança, o carisma deixado pelo seu fundador, São José de Calasanz: “Fazer tudo pela glória de Deus e a utilidade do próximo”.

Hoje, como no tempo de Calasanz, disse Francisco, “as crianças e os jovens continuam a precisar do pão da piedade e do saber; os pobres continuam a apelar-nos e a convocar-nos; a sociedade pede para ser transformada, segundo os valores do Evangelho e o anúncio de Jesus, que deve ser levado a todos os povos e nações”.

Nestes quatro séculos, recordou o Pontífice, as Escolas Pias se mantiveram em contínua abertura à realidade e de saída pelo mundo.

Por isso, o Papa convida os filhos e filhas de São José Calasanz a viverem este Ano Jubilar, que tem como tema “Educar, anunciar e transformar”, como um novo “Pentecostes dos Escolápios”.

São José de Calasanz morreu em 25 de agosto de 1648, aos 91 anos. Em 1948, o Papa Pio XII atribuiu-lhe o título de “Padroeiro universal das Escolas Populares Cristãs”, com as seguintes palavras: “O que São José de Calasanz sofreu nos últimos anos de sua longa vida, o que suportou com heróica virtude, resplandece como uma das mais preciosas relíquias da história”.

São José de Calasanz foi um “Grande Profeta de Deus entre os pequenos”. (MT)

apresentação de "Silêncio"


Papa durante encontro com Martin Scorsese - AP
30/11/2016 14:42

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na residência pontifícia, no Vaticano, na manhã desta quarta-feira (30/11), o cineasta estadunidense Martin Scorsese, sua esposa e duas filhas, junto com o produtor do filme “Silêncio” e sua consorte, acompanhados pelo Prefeito da Secretaria para as Comunicações, Mons. Dario Edoardo Viganò. 



O encontro com o pontífice durou cerca de quinze minutos. O Papa disse aos presentes que leu o livro “Silêncio”, do autor japonês Shusaku Endo, que inspirou o último filme do cineasta. Falou também sobre a “semeadura” dos jesuítas no Japão e sobre o “Museu dos 26 mártires” cristãos desse país, franciscanos e jesuítas, martirizados em 1597.

O diretor de cinema presenteou o Santo Padre com dois quadros ligados ao tema dos “cristãos escondidos”, um deles representando uma imagem muito venerada de Nossa Senhora, obra de um artista japonês do século XVIII. O Papa doou aos hóspedes alguns rosários. 

O filme 'Silêncio' foi apresentado, esta terça-feira (29/11), pela primeira vez, no Pontifício Instituto Oriental, em Roma, para mais de 300 jesuítas. 

(MJ)

Papa: misericórdia deve se tornar um estilo de vida


Papa com voluntários - REUTERS
28/11/2016 12:28

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, na segunda-feira (28/11), na Sala Clementina, no Vaticano, os organizadores e voluntários do Jubileu da Misericórdia, cerca de quatrocentas pessoas.


“É com grande alegria que os acolho depois do encerramento do Jubileu Extraordinário para agradecer-lhes pessoalmente pelo grande trabalho desempenhado durante este Ano Santo”, disse o Pontífice. 



O Papa agradeceu de modo especial ao “incansável” Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella. 

Permanente

“A ele e seus colaboradores do dicastério eu confiei de modo particular a organização do Jubileu que foi um Ano denso, cheio de iniciativas em toda a Igreja, onde foi possível ver e tocar os frutos da misericórdia de Deus. A minha intuição, no início, tinha sido simples. O Senhor, como sempre, nos surpreende e vai além de nossas expectativas. Assim, aquele desejo se tornou uma realidade que foi celebrada com muita fé e alegria nas comunidade cristãs espalhadas pelo mundo. A Porta da Misericórdia aberta em todas as catedrais e nos santuários fez com que os fiéis não encontrassem nenhum obstáculo para experimentar o amor de Deus. Aconteceu algo de realmente extraordinário que agora deve ser inserido na vida cotidiana para fazer a misericórdia se tornar um compromisso e um estilo de vida permanente para os fiéis.” 

“Todos vocês, de várias maneiras, fizeram com que esse evento de graça se celebrasse de forma ordinária e segura, com grande afluxo de peregrinos e fazendo emergir o valor espiritual profundo que o Jubileu representa”, disse ainda Francisco. 

O Papa agradeceu ao Governo italiano, a Prefeitura de Roma e demais autoridades italianas que garantiram a segurança e tranquilidade dos peregrinos e permitiram um desempenho eficaz de todos os eventos jubilares. 

Colaboração

Agradeceu a Polícia de Roma e à Gendarmaria Vaticana pelo trabalho conjunto que mostrou que a colaboração recíproca pode realmente oferecer serviços de segurança em prol de todos.

Um agradecimento também ao Corpo da Guarda Suíça e a todas as instituições vaticanas, em particular, ao Governatorato e à Basílica de São Pedro pela grande dedicação. 

Francisco agradeceu os esforços dos responsáveis da Região do Lácio pelo planejamento minucioso das unidades de saúde.

Por fim, o Papa agradeceu aos numerosos voluntários provenientes de várias partes do mundo e aos que colaboraram com o seu trabalho cotidiano, muitas vezes silencioso e discreto, que tornou este Jubileu Extraordinário um evento verdadeiro de graça. 

“Se você quer obter misericórdia, deve ser misericordioso”, disse o Papa Francisco citando Santo Agostinho. “Que estas palavras de Santo Agostinho possam confortar todos nós. Com o seu compromisso vocês não somente deram uma contribuição competente, mas desempenharam um verdadeiro serviço de misericórdia a milhões de peregrinos que chegaram a Roma. Que este seu esforço possa ser recompensado pela experiência de misericórdia que o Senhor não lhes deixará faltar.” 

(MJ)

Papa: nas periferias existem traços de beleza, humanidade verdadeira


Papa visitando um asilo na periferia de Roma - OSS_ROM
06/12/2016 16:38

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta terça-feira (06/12), aos participantes da 21ª sessão comum das Pontifícias Academias que este ano tem como tema “Faíscas de beleza para um rosto humano das cidades”.


Os trabalhos foram abertos pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura e do Conselho de Coordenação entre as Pontifícias Academias, Cardeal Gianfranco Ravasi.

A mensagem do Papa foi lida pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, na sede da Chancelaria, onde se realizou o encontro. 

Visão cristã

Francisco saúda os cardeais, bispos, embaixadores, acadêmicos e amigos presentes no encontro, “com o desejo de que possa ser, para os premiados, um incentivo à pesquisa e ao aprofundamento de temas fundamentais para a visão humanística cristã, e para todos os participantes, um momento de amizade e enriquecimento cultural e interior”.

O Papa congratula-se com os membros e o presidente da Pontifícia Insigne Academia de Belas-Artes e Letras dos Virtuosos no Panteão, antiga instituição acadêmica criada em 1542, em Roma. 

A propósito do tema deste ano, Francisco recorda um trecho do discurso do Papa Bento XVI aos artistas, em novembro de 2009, na Capela Sistina. 

Beleza

“O momento atual está marcado não só por fenômenos negativos a nível social e econômico, mas também por um esmorecimento da esperança, por uma certa desconfiança nas relações humanas, e por isso crescem os sinais de resignação, agressividade e desespero (...). O que pode voltar a dar entusiasmo e confiança, o que pode encorajar o ânimo humano a reencontrar o caminho, a elevar o olhar para o horizonte, a sonhar uma vida digna da sua vocação, a não ser a beleza?”, dissera o papa emérito, convidando os artistas a se comprometerem cada vez mais a fim de que os lugares de convivência social se tornem cada vez mais humanos: “Vós bem sabeis, queridos artistas, que a experiência do belo, do belo autêntico, não efêmero nem superficial, não é algo acessório ou secundário na busca do sentido e da felicidade, porque esta experiência não afasta da realidade, mas, ao contrário, leva a um confronto cerrado com a vida cotidiana, para o libertar da obscuridade e o transfigurar, para o tornar luminoso, belo”.

Periferias

Francisco afirma ainda que o tema deste ano se refere também “à atualidade, aos projetos de requalificação e renascimento das periferias das metrópoles, das grandes cidades, elaborados por arquitetos qualificados, que propõem, faíscas de beleza, ou seja, pequenas mudanças de caráter urbanístico, arquitetônico e artístico através dos quais recriar, nos contextos mais degradantes e feios, um sentido de beleza, de dignidade, de decoro humano e não só urbano. Cresce a convicção de que também nas periferias existem traços de beleza, de humanidade verdadeira, que é preciso saber acolher e valorizar, que devem ser apoiados e incentivados, desenvolvidos e difundidos”. 

“Talvez muitas cidades de nosso tempo, com os seus subúrbios desoladores, deixaram mais espaço aos medos do que aos desejos e aos sonhos mais bonitos das pessoas, sobretudo dos jovens. Recordei na Encíclica ‘Laudato si’ que «não se deve descurar nunca a relação que existe entre uma educação estética apropriada e a preservação de um ambiente sadio», afirmando que «prestar atenção à beleza e amá-la nos ajuda a sair do pragmatismo utilitarista. Quando não se aprende a parar a fim de admirar e apreciar o que é belo, não surpreende que tudo se transforme em objeto de uso e abuso sem escrúpulos»”.

Desenvolvimento

Segundo Francisco, “é necessário que os templos sagrados, começando pelas novas igrejas paroquias, sobretudo as situadas nas periferias e contextos degradantes, se tornem oásis de beleza, de paz e acolhimento, favorecendo o encontro com Deus e a comunhão com os irmãos e irmãs, tornando-se ponto de referência para o crescimento integral de todos os habitantes, em prol do desenvolvimento harmonioso e solidário das comunidades”.

“Cuidar das pessoas, começando dos pequenos e indefesos, significa cuidar também do ambiente em que eles vivem. Pequenos gestos, ações simples, pequenas faíscas de beleza e caridade podem curar, remendar o tecido humano, urbanístico e ambiental, muitas vezes dilacerado e dividido, sendo uma alternativa concreta à indiferença e ao cinismo.”

Faísca de esperança 

Para Francisco, “os artistas devem se deixar iluminar pela beleza do Evangelho de Cristo, criando obras de arte que levem através da linguagem da beleza, um sinal, uma faísca de esperança e confiança onde as pessoas parecem se render à indiferença e ao feio”. 

“Arquitetos, pintores, escultores, músicos, cineastas, literários, fotógrafos, poetas, artistas de toda disciplina são chamados a fazer brilhar a beleza sobretudo onde a escuridão domina na cotidianidade, são custódios da beleza, anunciadores e testemunhas da esperança para a humanidade, como repetiu várias vezes os meus predecessores. Cuidem da beleza, pois ela curará as feridas que marcam o coração e a alma dos homens e mulheres de nossos dias”, conclui. 

(MJ)