terça-feira, 21 de novembro de 2017


Papa: "Amor, boas ações e caridade antes do encontro com o Senhor"


Dezenas de pessoas participam do encontro dominical com o Papa
12/11/2017 12:39

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Cidade do Vaticano (RV) – “A condição para estar prontos ao encontro com o Senhor não é somente a fé, mas uma vida cristã plena de amor e de caridade pelo próximo”. É a mensagem do Papa aos cerca de 20 mil fiéis que neste domingo (12/11) participaram da oração mariana do Angelus, na Praça São Pedro.

A Parábola das Dez Virgens

Comentando a Parábola das Virgens, tema da leitura evangélica do dia, Francisco advertiu: “Se nos deixarmos guiar por coisas que nos parecem mais fáceis, satisfazendo nossos interesses, a nossa vida fica estéril, incapaz de dar vida aos outros... e não acumulamos nenhuma reserva de óleo para a lamparina de nossa fé”.


“Ao invés, se formos vigilantes e tentarmos fazer o bem com gestos de amor, de compartilha e de serviço ao próximo necessitado, podemos ficar tranquilos: o Senhor poderá chegar em qualquer momento e até o sono da morte não nos assustará, porque teremos a reserva de óleo acumulada com as boas ações de todos os dias”.

Neste sentido, o Papa exortou a estarmos prontos ao encontro com o Senhor: 

“Muitas vezes, no Evangelho, Jesus exorta a vigiar: ‘Vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora’. Vigiar, portanto, não significa apenas não dormir, mas estar preparados. Este é o significado de ser sábios e prudentes: não esperar até o último instante de nossa vida para colaborar com a graça de Deus, mas fazê-lo desde já”.



Após rezar o Angelus, o Papa concedeu a todos a sua bênção e nas saudações finais, lembrou que sábado (11/11) em Madri, foram proclamados beatos Vicente Queralt LLoret e 20 companheiros mártires, e José Maria Fernández Sánchez e 38 companheiros mártires. Todos foram mortos durante a guerra civil espanhola entre 1936 e ‘37.

“Damos graças a Deus pelo grande dom destas exemplares testemunhas de Cristo e do Evangelho”, completou. 

Papa: "pensar na morte faz bem, será o encontro com o Senhor"


Na missa da manhã, Papa comentou o Evangelho de Lucas
17/11/2017 10:36

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Cidade do Vaticano (RV) - Refletir sobre o fim do mundo e também sobre o fim de cada um de nós: é o convite que a Igreja nos faz através do trecho evangélico de Lucas, comentado pelo Papa na homilia da missa matutina, na Casa Santa Marta.

O trecho narra a vida normal dos homens e mulheres antes do dilúvio universal e nos dias de Lot: comiam, bebiam, compravam, vendiam, se casavam... mas depois, como um trovão, chega o dia da manifestação do Filho do homem... e as coisas mudam.


A Igreja, que é mãe – diz o Papa na homilia – quer que cada um de nós pense em sua própria morte. Todos nós estamos acostumados à normalidade da vida: horários, compromissos, trabalho, momentos de descanso... e pensamos que será sempre assim. Mas um dia, prossegue Francisco, Jesus chamará e nos dirá: ‘Vem!’ Para alguns, este chamado será repentino, para outros, virá depois de uma longa doença; não sabemos.



No entanto, repete o Papa, “O chamado virá!”. E será uma surpresa, mas depois, virá ainda outra surpresa do Senhor: a vida eterna. Por isso, “a Igreja nestes dias nos diz: pare um pouco, pare e pense na morte”. O Papa Francisco descreve o que acontece normalmente: até participar do velório ou ir ao cemitério se torna um evento social. Vai-se, fala-se com os outros e em alguns casos, até se come e se bebe: “É uma reunião a mais, para não pensar”.

“E hoje a Igreja, hoje o Senhor, com aquela bondade que é sua, diz a cada um de nós: ‘Pare, pare, nem todos os dias serão assim. Não se acostume como se esta fosse a eternidade. Haverá um dia em que você será levado e o outro ficará, você será levado’. É ir com o Senhor, pensar que a nossa vida terá fim. Isto faz bem”.

Isto faz bem – explica o Papa – diante do início de um novo dia de trabalho, por exemplo, podemos pensar: ‘Hoje talvez será o último dia, não sei, mas farei bem meu trabalho’. E o mesmo nas relações de família ou quando vamos ao médico.

“Pensar na morte não é uma fantasia ruim, é uma realidade. Se é feia ou não feia, depende de mim, como eu a penso, mas que ela chegará, chegará. E ali será o encontro com o Senhor, esta será a beleza da morte, será o encontro com o Senhor, será Ele a vir ao seu encontro, será Ele a dizer: “Vem, vem, abençoado do meu Pai, vem comigo”.

E ao chamado do Senhor não haverá mais tempo para resolver nossas coisas. Francisco relata o que um sacerdote lhe disse recentemente:

“Dias atrás encontrei um sacerdote, 65 anos mais ou menos, e ele tinha algo que não estava bem, ele não se sentia bem ... Ele foi ao médico que lhe disse: “Mas olhe - isso depois da visita – o senhor tem isso, e isso é algo ruim, mas talvez tenhamos tempo para detê-lo, nós faremos isso, se não parar, faremos isso e, se não parar, começaremos a caminhar e eu vou acompanhá-lo até o fim”. “Muito bom aquele médico”.

Assim também nós, exorta o Papa, vamos nos fazer acompanhar nesta estrada, façamos de tudo, mas sempre olhando para lá, para o dia em que “o Senhor virá me buscar para ir com Ele”. (CM-SP)




Papa: a luta dos cristãos não leva à tranquilidade, mas à paz


Papa falou da "luta dos cristãos" na Santa Marta
26/10/2017 11:11

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Cidade do Vaticano (RV) - “Jesus nos chama a mudar de vida, a mudar de rumo, nos chama à conversão”. Isso comporta lutar contra o mal, inclusive no nosso coração, “uma luta que não traz tranquilidade, mas paz”.

Assim disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta, explicando – inspirado pelo Evangelho do dia – que este é o “fogo” que Jesus lança sobre a terra. Um fogo que requer transformação:




“Mudar o modo de pensar, mudar o modo de sentir. O seu coração que era mundano, pagão, agora se torna cristão com a força de Cristo: mudar, esta é a conversão. E mudar no modo de agir: as suas obras devem mudar.”

Uma “conversão que envolve tudo, corpo e alma, tudo”, destacou Francisco:

“É uma transformação, mas não é uma transformação que se faz com a maquiagem: é uma transformação que o Espírito Santo faz, dentro. E eu devo ajudar para que o Espírito Santo possa agir e isso significa luta, lutar!”

“Não existem cristãos tranquilos, que não lutam”, acrescentou o Papa, “estes não são cristãos, são ‘mornos’”. A tranquilidade para dormir “pode ser encontrada inclusive numa pastilha”, disse, “mas não existem pastilhas para a paz” interior.

“Somente o Espírito Santo” pode dar “aquela paz da alma que dá a fortaleza aos cristãos. “E nós devemos ajudar o Espirito Santo” – exortou o Papa – “abrindo espaço no nosso coração”: “E nisto, muito nos ajuda o exame de consciência, de todos os dias”, para “lutar contra as doenças do Espírito, aquelas que semeiam o inimigo e que são as doenças da mundanidade”.

“A luta que Jesus travou contra o diabo, contra o mal – recordou o Papa – não é algo antigo, é algo muito moderno, é algo de hoje, de todos os dias”, porque “aquele fogo que Jesus veio nos trazer está no nosso coração”. Por isso devemos deixá-lo entrar, e “perguntar-se todos os dias: como passei da mundanidade, do pecado, à graça, abri espaço para o Espírito Santo para que Ele pudesse agir?”

“As dificuldades na nossa vida não se resolvem aguando a verdade. A verdade é esta, Jesus trouxe fogo e luta, o que eu faço?”

Para a conversão, concluiu Francisco, é preciso “um coração generoso e fiel”: “generosidade, que sempre vem do amor, e fidelidade, fidelidade à Palavra de Deus”.

Papa: colonização cultural ou ideológica não tolera diferenças


Papa celebrando na capela da Casa Santa Marta
21/11/2017 11:04

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Cidade do Vaticano (RV) - A colonização cultural ou ideológica não tolera as diferenças e torna tudo igual, terminando por perseguir também os cristãos. É o que sublinha o Papa Francisco na homilia da missa matutina na Casa Santa Marta, refletindo sobre o martírio de Eleazar, narrado no livro dos Macabeus e proposto na primeira leitura.


O Papa Francisco releva que existem três tipos diferentes de perseguição: uma perseguição apenas religiosa, outra político-religiosa, por exemplo a ‘Guerra dos 30 anos’ ou a ‘noite de São Bartolomeu’ e uma terceira perseguição, puramente “cultural”, quando chega “uma nova cultura que quer fazer tudo novo e fazer uma ‘limpeza’ nas tradições, na história e também na religião de um povo”. Este último tipo de perseguição é aquela em que se encontra Eleazar, condenado a morrer por fidelidade a Deus.



O relato desta perseguição cultural – observa o Papa – começou ontem, quando alguns, ao ver o poder e a beleza magnífica de Antíoco Epífanes, pensaram em fazer uma aliança para ser modernos. Assim, umas pessoas do povo tomaram a iniciativa e foram até o rei, que “lhes deu a possibilidade de introduzir instituições pagãs nas nações”. Não as ideias ou os deuses, mas instituições – frisa Francisco. Portanto, este povo que havia crescido em torno da Lei do Senhor, faz entrar ‘novas instituições’, uma nova cultura que faz uma ‘limpeza’ de tudo: cultura, religião, lei, tudo”.

Trata-se de uma verdadeira colonização ideológica que quer impor ao povo de Israel este ‘hábito único’ que alguns aceitaram porque parecia ser uma coisa boa. O povo então começou a viver de um modo diferente. 

Surgem porém algumas resistências para defender “as boas tradições do povo”, como aquela de Eleazar que era um homem digno, muito respeitado, e o Livro dos Macabeus narra a história destes mártires, destes heróis.

Assim, tem continuidade uma perseguição surgida por uma colonização ideológica que destrói, “faz tudo igual, não é capaz de tolerar as diferenças”.

A palavra-chave que o Papa evidencia é precisamente “raiz perversa”, isto é, Antíoco Epifanes.

Se tira, portanto, a raiz do povo de Israel e se faz entrar esta raiz perversa para fazê-la crescer no povo de Deus, “com o poder”, estes hábitos “novos, pagãos mundanos”:

“E este é o caminho das colonizações culturais que acabam por perseguir também os fiéis. Mas não devemos ir muito longe para ver alguns exemplo: pensemos aos genocidas do século passado, que era uma coisa cultural, nova: “Todos iguais e estes que não têm o sangue puro, fora, e estes..”. Todos iguais, não há lugar para as diferenças, não há lugar para os outros, não há lugar para Deus. É a raiz perversa. Diante destas colonizações culturais que nasces da perversidade de uma raiz ideológica, Eleazar, ele mesmo, se faz raiz”.

E o Papa observa que Eleazar morre pensando nos jovens, para deixar a eles um nobre exemplo. Assim, Eleazar “o mártir, aquele que dá a vida, por amor a Deus e à lei, se faz raiz para o futuro”.

Diante daquela raiz perversa, portanto, “existe esta outra raiz que dá a vida para fazer crescer o futuro”.

O Papa observa que aquilo que veio do reino de Antíoco, era uma novidade e que as novidades não são todas más, basta pensar no Evangelho, em Jesus, que é uma novidade, mas é preciso saber distinguir.

“É preciso discernir as novidades. Esta novidade é do Senhor, vem do Espírito Santo, vem da raiz de Deus ou esta novidade vem de uma raiz perversa? Mas, antes, sim, era pecado, não podia matar as crianças; mas, hoje, pode, não tem tanto problema, é uma novidade perversa. Ontem, as diferenças eram claras, como Deus fez. A criação era respeitada; mas hoje, somos um pouco modernos... você faz, você entende..., as coisas não são tão diferentes e se faz uma mistura de coisas.”

A novidade de Deus, ao invés, “nunca faz uma negociação”, mas faz crescer e olha o futuro:

“As colonizações ideológicas e culturais somente olham o presente, renegam o passado e não olham o futuro. Vivem no momento, não no tempo, e por isso não podem nos prometer nada. Com esse comportamento de fazer todos iguais e cancelar as diferenças, cometem, fazem o pecado feito da blasfêmia contra o Deus criador. Toda vez que chega uma colonização cultural e ideológica se peca contra Deus criador, porque se quer mudar a Criação como Ele a criou. E contra esse fato que ao longo da história aconteceu muitas vezes, existe somente um remédio: o testemunho, ou seja, o martírio”.

Eleazar dá um testemunho da vida pensando na herança que dará com o seu exemplo: “Eu vivo assim. Sim, dialogo com aqueles que pensam diferente, mas o meu testemunho é assim, segundo a lei de Deus”. Eleazar não pensou em deixar dinheiro ou outra coisa, mas pensou no futuro, “na herança do próprio testemunho”, ao testemunho que teria sido “para os jovens uma promessa de fecundidade”. Portanto, se cria raiz para dar vida aos outros. E o Papa concluiu, desejando que o seu exemplo “nos ajude nos momentos talvez de confusão, diante das colonizações culturais e espirituais que nos são propostas”.

(CM/JE/MJ)

Há 90 anos, Card. Costantini fundava em Pequim primeiro Instituto religioso masculino chinês


Em 1927 o Cardeal Celso Costantini fundava em Pequim o primeiro Instituto religioso masculino chinês - REUTERS
14/07/2017 12:43

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Roma (RV) – Em 1927 o Cardeal Celso Costantini fundava em Pequim o primeiro Instituto religioso masculino chinês, por ele chamado de Congregatio discipulorum Domini (Cdd).

Em 8 de julho de 2017, portanto 90 anos mais tarde, o evento foi festejado solenemente em Taiwan - onde atualmente está a sede da Casa Geral da Cdd – na presença de muitos religiosos, filhos espirituais de Costantini, hoje presentes no Extremo Oriente, e que realizam a sua missão prevalentemente em favor dos chineses.

Celebração do aniversário

Pronunciaram-se no encontro o Arcebispo de Taipei, John Hung Shan-chuan, o Arcebispo emérito da mesma Arquidiocese, Dom Joseph Ti-kang, o Secretário da Nunciatura Apostólica em Taiwan, assim como autoridades civis e muitos representantes dos católicos chineses.

Para a ocasião foram traduzidos em mandarim os dois livros publicados recentemente pela Livraria Editora Vaticana intitulados “O Cardeal Celso Costantini: a alma de um missionário” e “O Cardeal Celso Costantini: um cristão a ser imitado”, de Bruno Fabio Pighin.

A apresentação das obras esteve a cargo de Pietro Jiang Guo Xiong, docente da Universidade Católica Fu Jen, fundada pelo próprio Costantini, primeiro delegado apostólico na China.

O purpurado, Servo de Deus

Um dos momentos fortes da cerimônia foi o pronunciamento do autor dos dois livros, que falou sobre um tema muito esperado: “O Cardeal Celso Costantini rumo à beatificação?”.

Pighin, professor ordinário de Direito Canônico em Veneza e conterrâneo de Costantini, documentou os desdobramentos que levaram a Congregação das Causas dos Santos - em acordo com o Vicariato de Roma - a conceder a transferência da Diocese de Roma para a de Concordia-Pordenone da competência para tratar da Causa de beatificação do Cardeal Celso Costantini.

Com atos sucessivos, a Santa Sé conferiu o título de Servo de Deus ao purpurado, dando o nulla osta para o início da mesma Causa em sua fase diocesana.

Precedentemente, os Bispos da Conferência episcopal trivêneta, haviam dado unanimemente parecer favorável ao início da Causa em questão.

Início oficial do processo de beatificação em 17 de outubro

Quando o Bispo de Concordia-Pordenone, Dom Giuseppe Pellegrini, anunciou para 17 de outubro de 2017 - data dos 50 anos da morte do Cardeal – o início oficial do processo de beatificação em Concordia Sagittaria (onde foi pároco), a sala aplaudiu com entusiasmo.

Ao concluir o encontro, o Superior Geral da Congregação dos Discípulos do Senhor, Padre Francis Chong, assegurou a participação de mais de trinta religiosos de seu Instituto no acontecimento programado para 30 de outubro, que terá um duplo significado: festejar os 90 anos do Instituto e o início da Causa de beatificação do fundador, Celso Costantini.

(JE – Osservatore Romano)

Iniciado Processo de Beatificação do Cardeal Costantini


Em 8 de julho de 1927 o Cardeal Celso Costantini fundou em Pequim o primeiro Instituto religioso masculino chinês, por ele chamado de Congregatio discipulorum Domini - AFP
04/08/2017 09:14

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi aberta na manhã de quinta-feira, 3, na Catedral de Concordia, a fase diocesana do processo de beatificação do Cardeal Celso Costantini.

O purpurado foi Delegado Apostólico de Fiume, Delegado Apostólico na China nos anos 20 do século passado e mais tarde Secretário da Congregação Propaganda Fidei.

Na celebração estava presente, a convite do Bispo Giuseppe Pellegrini, o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.

A obra de Costantini na China foi marcada por realizações de grande importância, como o primeiro Concílio Plenário chinês, realizado em Shangai de 15 de maio a 12 de junho de 1924; a consagração episcopal – ocorrida em Roma em 28 de outubro de 1926 - de seis bispos chineses, os primeiros após três séculos, visto que o primeiro bispo chinês, o dominicano Gregorio Lo (1616-1691) ficou sem sucessores, e a fundação da Universidade Católica de Pequim.

Em 8 de julho de 1927 o Cardeal Celso Costantini fundou em Pequim o primeiro Instituto religioso masculino chinês, por ele chamado de Congregatio discipulorum Domini (Cdd). Estes noventa anos foram celebrados em Taiwan no mês passado, onde atualmente está a sede da Casa Geral da Cdd. (JE)


JP I Governou a Santa Sé durante 33 dias, entre 26 de agosto e 28 de setembro de 1978
12/11/2017 09:27

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Cidade do Vaticano (RV) – “Aqueles 33 dias de Pontificado conquistaram a Igreja e o mundo com a bela novidade na Cátedra de Pedro: João Paulo I falava com palavras simples e com grande humildade”. É o que afirma o Cardeal Beniamino Stella, Prefeito da Congregação para o Clero e postulador da causa de beatificação de Albino Luciani, em entrevista à Rádio InBlu, da Conferência Episcopal Italiana.


“O estilo de vida, seu perfil de grande coerência e autenticidade cristã conquistaram o mundo e a Igreja”, prossegue o cardeal, que revela ainda uma lembrança pessoal: “Era um pastor particularmente próximo dos sacerdotes e das pessoas doentes; foi um Pontífice e um bispo particularmente sensível humanamente e cristão aos sofrimentos das pessoas, às dificuldades dos sacerdotes. Esteve sempre presente nos momentos de dor, nos dramas da vida e junto aos idosos”.

“Via-se nele uma coerência da prática sacerdotal das virtudes fundamentais da vida cristã (fé, esperança e caridade) e das virtudes cardeais (prudência, justiça, força e temperança). Este é o perfil ao redor do qual João Paulo I é examinado, com coerência, solicitude e generosidade. Certamente havia uma grande humanidade em Albino Luciani em relação aos pobres, sofredores e doentes: nestes aspectos, há proximidade espiritual com o Papa Francisco”.

Na última 4ª feira (08/11), o Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas do Servo de Deus João Paulo I.
2017 é o ano que se comemora o Jubileu de 300 anos de Nossa Senhora Aparecida, que teve sua imagem encontrada no ano de 1717 por pescadores do Rio Paraíba do Sul.


Nossa Senhora Aparecida

A virgem Santa, mãe de Jesus Cristo, apareceu em diversas localidades ao redor do mundo em momentos importantes da história. Graças à misericórdia de Deus, Maria apareceu no Brasil na forma de uma imagem negra, na época em que a escravidão no país estava em alta.

Maria foi proclamada Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha do Brasil, em 16 de julho de 1930 pelo papa Pio XI. O Brasil rende-se ao amor incondicional da “Mãe negra” no dia 12 de outubro, data que marcou, em 1980, a proclamação de feriado e consagração do Santuário Nacional de Aparecida pelo Papa João Paulo II.
História da Padroeira do Brasil

A aparição da imagem de Nossa Senhora de Aparecida ocorreu em 1717, época das Capitanias Hereditárias. O governante das capitanias de São Paulo e Minas de Ouro estava de passagem pelo Vale do Paraíba, mais precisamente por Guaratinguetá. Animados com a visita, o povo daquela localidade resolveu fazer uma festa de boas-vindas e para isso chamaram três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso para lançar as redes no rio e pescar bons peixes.

O fato era que, naquela época, meados de Outubro, não era tempo de peixes. Porém, como não podiam contradizer o pedido, rezaram pela proteção e benção da Virgem Maria e de Deus para que pudessem voltar à terra firme com fartura. Depois de inúmeras tentativas sem sucesso, eis que surpreendentemente eles pescaram o corpo de uma imagem. Curiosos, lançaram novamente as redes e “pescaram” uma cabeça que se encaixou perfeitamente ao corpo. Depois deste encontro, que nos dias de hoje é representado em todo o Brasil no dia 12 de outubro emocionando os fieis, o barco se encheu tanto de peixes que ele quase virou!

A partir daí, a devoção da Santa foi se espalhando. Primeiro nas casas, depois se construiu uma capela, depois uma basílica, até chegar ao quarto maior santuário do mundo, o Santuário Nacional de Aparecida localizado na cidade de Aparecida, interior do Estado de São Paulo.
Milagres de Nossa Senhora Aparecida
Milagre das Velas

Segundo relata a história de Fé, em um dos momentos de devoção dos primeiros devotos de Nossa Senhora Aparecida, as velas que iluminavam o local repentinamente se apagaram. As pessoas ficaram atônitas com o ocorrido e começaram a entrar em pânico. Mas passado pouco tempo, as velas milagrosamente acenderam-se novamente ao bater do vento.

Milagre: A libertação do escravo Zacarias

Como se sabe, o encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida aconteceu em um momento triste da história do Brasil: a escravidão. O povo negro sofria nas mãos dos donos das terras. A “Mãe negra” veio para dar uma lição de vida e amor ao próximo.

Foi o que aconteceu com o escravo Zacarias, que havia fugido de uma fazenda do Paraná e era caçado por todos os cantos, até ser encontrado no Vale do Paraíba. 

Preso, Zacarias acorrentado nos pulsos e nos pés. O caminho de volta passava próximo à capela que havia sido construída para a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Então, o escravo pediu permissão ao seu caçador para rezar diante da imagem.

Incrédulo, o caçador deixou. A fé de Zacarias foi tamanha que milagrosamente as correntes se romperam, deixando-o livre. Diante do milagre, o caçador acabou por libertá-lo.
Milagre: O cavaleiro ateu

Desde que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada, e ao longo da história, muitos espaços foram construídos para que a devoção à “Mãe negra” pudesse acontecer. Esses locais sempre recebiam grande número de pessoas que colocavam nas mãos da Mãe de Deus a vida. Mas também era destino de muitos incrédulos. 

Esse milagre aconteceu com um deles. Passando por Aparecida e vendo a fé dos romeiros, zombou e tentou entrar na Igreja a cavalo para destruir o local e alcançar a imagem. Porém, o que esse cavaleiro não esperava era que as patas do animal ficassem presas em uma pedra. A partir daí, o homem passou a acreditar.

A pedra em que o cavalo ficou preso pode ser vista na Sala dos Milagres no Santuário Nacional de Aparecida.
Milagre: A cura da menina cega

Visitar o Santuário Nacional de Aparecida é uma viagem emocionante, principalmente quando se entra na Sala dos Milagres, onde milhões de histórias de graças alcançadas se concentram.

O simples fato de olhar a Basílica, a primeira grande igreja erguida em Aparecida em devoção a Nossa Senhora Aparecida, também é motivo de milagre e foi o que aconteceu a uma menina cega que passava em frente à Basílica com sua mãe. Ao se aproximar, a garota disse “Mãe, como aquela Igreja é bonita”, e o milagre havia acontecido.
Milagre: Menino no rio

Um rio que pode trazer a salvação por meio do encontro de uma imagem, também pode trazer o risco da morte. Foi o que aconteceu na história de mais um milagre de Nossa Senhora Aparecida.

Um dia, pai e filho foram pescar. A correnteza estava muito forte, o que faz com que o filho, que não sabia nadar, caísse no rio e fosse levado cada vez mais rápido.

O desespero do pai levou-o a rezar a Nossa Senhora Aparecida. E mais uma vez a “Mãe negra” ouviu: o corpo do garoto, de repente, parou de ser levado, mesmo com a correnteza ainda forte, até que o pai pudesse chegar perto e salvar o filho.
O caçador

Voltando de um dia negativo de caça, um caçador viu-se em uma situação perigosa: deparou-se com uma enorme onça. Sem munição, porque havia usado tudo em suas tentativas frustrantes ao longo do dia, o homem ajoelhou-se, rezou e foi atendido: a onça, que antes parecia ter um alvo certeiro, desviou-se e foi embora.

Oração a Nossa Senhora Aparecida

Ó incomparável mãe Nossa Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores,
Refúgio e consolação dos aflitos e atribulados...
Nossa Senhora Aparecida,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por Vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.

E de modo particular hoje, nesta novena, faço meu pedido
(diga agora sua intenção)

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-Vos
e ao Vosso Santíssimo Filho Jesus.
Nossa Senhora Aparecida, preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo,
Dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais,
Livrai-nos da tentação do demônio,
Para que, trilhando o caminho da virtude,
Possamos um dia ver-Vos e amar-Vos
na eterna glória.

Nossa Senhora Aparecida rogai por nós.
Nossa Senhora Aparecida intercedei por nós.
Nossa Senhora Aparecida fazei-nos dignos das promessas do Teu Filho.
Amém.
Consagração a Nossa Senhora Aparecida

Ó Maria Santíssima, que em vossa querida imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil, eu, cheio (a) do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado (a) a vossos pés consagro-vos meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis.

Consagro-vos minha língua, para que sempre vos louve e propague vossa devoção. Consagro-vos meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.

Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas.

Acolhei-me debaixo de vossa proteção. Socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de minha morte. Abençoai-me, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda a eternidade. Assim seja!