quinta-feira, 25 de junho de 2015

"Rezar e trabalhar juntos pela paz, diz Papa aos judeus"

O Papa Francisco recebeu na Sala dos Papas 20 membros de uma organização judaica, a B’nai B’rith International

Da redação, com Rádio Vaticano

Na manhã desta quinta-feira, 25, o Papa Francisco recebeu na Sala dos Papas 20 membros de uma organização judaica que mantém contato com a Santa Sé desde quando foi promulgada a Declaração conciliar Nostra aetate, a Delegação da B’nai B’rith International.

O Pontífice disse aos presentes que constituiu uma pedra fundamental no caminho de recíproco conhecimento e estima que os judeus e católicos tenham como base o grande patrimônio espiritual que, “graças a Deus, temos em comum”.

Após ter recordado os 50 anos de história do diálogo sistemático entre a Igreja Católica e o Hebraísmo, o Papa afirmou que são ainda muitos os campos nos quais hebreus e cristãos podem continuar a trabalhar juntos pelo bem da humanidade do tempo atual.

Trabalho em conjunto

“O respeito pela vida e pela criação, a dignidade humana, a justiça, a solidariedade podem nos ver unidos para o desenvolvimento da sociedade e para assegurar um futuro rico de esperança para as próximas gerações. Em particular maneira, somos chamados a rezar e a trabalhar juntos pela paz.”

O Papa continuou dizendo que infelizmente são muitos os países e regiões do mundo que vivem em situação de conflito, “penso em particular na Terra Santa e no Oriente Médio, e que requerem um compromisso corajoso pela paz: ela não só deve ser desejada, mas procurada e construída com paciência e persistência, com a participação de todos, especialmente daqueles que crêem.”

Amizade entre hebreus e católicos

O Papa Francisco recordou ainda com gratidão todos aqueles que trabalharam pela amizade entre hebreus e católicos:

“Em particular, eu gostaria de mencionar São João XXIII e São João Paulo II. O primeiro salvou muitos hebreus durante a Segunda Guerra Mundial, encontrou-os muitas vezes e quis fortemente um documento conciliar sobre este tema; do segundo são sempre vivos em nossa memória alguns históricos gestos, tais como a visita a Auschwitz e à Sinagoga de Roma”.

“Seguindo seus passos, com a ajuda de Deus, desejo continuar a caminhar, encorajado também por muitos belas experiências de encontro e amizade vividas em Buenos Aires”, finalizou Francisco.

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