quinta-feira, 30 de julho de 2015

"No Twitter: Papa comenta exemplo de matrimônio"

Nesta quinta-feira, 30, o Papa Francisco falou, no Twitter, sobre a vida exemplar dos esposos cristãos

Da redação, com Rádio Vaticano

Twitter do Papa Francisco – @Pontifex_pt

Mesmo em período de férias, nesta quinta-feira, 30, o Papa Francisco tuitou novamente sobre o matrimônio. “O testemunho mais eficaz acerca do matrimônio é a vida exemplar dos esposos cristãos”, escreve.

Um exemplo de matrimônio até mesmo em condições difíceis foi dado por dois jovens cristãos sírios, Fadi e Rana, que se casaram recentemente na cidade de Homs, no que sobrou da Igreja local destruída pelos bombardeios.

Depois de constantes ataques aéreos nessa cidade, muitos habitantes fugiram, dentre eles milhares de cristãos. O conflito ainda continua, mas os rebeldes se retiraram de Homs, em fevereiro de 2014. Fadi é um voluntário do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e fazendo esse serviço conheceu sua esposa Rana que também fugiu de seu bairro.

Em maio de 2014, os ex-moradores de Homs começaram gradualmente a voltar a seu bairro. Fadi e Rana estavam entre eles. “Estou feliz de ver meu antigo bairro florescendo novamente; ver o que chegou a ser o movimentado centro de Homs”, diz Fadi.

O casal cruzou o que restou do corredor da Igreja adornado com flores e foram recebidos pelo sacerdote visivelmente emocionado. Este foi o primeiro casamento a ser realizado desde que o edifício foi danificado nos combates

terça-feira, 28 de julho de 2015

"Papa aos jovens: não tenham medo do casamento"

Nesta terça-feira, 28, o Papa Francisco pediu aos jovens, através do twitter, para que não tenham medo do matrimônio

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste período de férias em que os compromissos públicos do Papa se reduzem, ficamos em “jejum” das palavras do Pontífice. Contudo, por meio das redes sociais, Francisco se faz sentir mesmo que seja somente com 140 caracteres, como ocorre no Twitter.

Na manhã desta terça-feira, 28, o Papa escreveu: “Queridos jovens, não tenham medo do matrimônio: Cristo acompanha com a sua graça os esposos que permanecem unidos a Ele”.

“Setor dos casais”

Durante as audiências gerais das quartas-feiras, na Praça São Pedro, um dos locais mais concorridos é o “setor dos casais”. Em fase de preparação para o matrimônio ou casados já há algum tempo, não importa: a cena se repete. Noivas com seus longos vestidos brancos desfilam pelas imediações do Vaticano chamando a atenção de quem passa.

Na audiência geral de 29 de abril deste ano, o tema da catequese do Papa foi justamente o matrimônio – e as dificuldades que isto implica nos dias de hoje. “É uma realidade que as pessoas se casam cada vez menos; é real: os jovens não querem casar”, refletiu o Papa.

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“Por outro lado, em muitos países aumenta o número de separações, e diminui o número de filhos. A dificuldade de permanecer unidos, quer como casal, quer como família, leva a interromper os vínculos com frequência e rapidez cada vez maiores, e são precisamente os filhos os primeiros a sofrer as consequências”, diz.

Cultura do provisório

Se alguém experimenta desde a infância que o matrimônio é um vínculo “temporário”, inconscientemente para esta pessoa será assim, reforçou Francisco.

“Com efeito, muitos jovens são impelidos a renunciar ao próprio programa de um vínculo irrevogável e de uma família duradoura. Acho que devemos meditar com grande seriedade sobre o motivo pelo qual tantos jovens ‘não estão dispostos’ a casar. Existe uma cultura do provisório. Tudo é provisório, parece que não existe algo definitivo”

segunda-feira, 27 de julho de 2015

"Família de padre sequestrado na Síria agradece apoio do Papa"

O Papa Francisco fez um apelo especial pela libertação do padre italiano sequestrado na Síria em 2013; a família agradeceu o empenho do Pontífice

Da redação, com Rádio Vaticano

A família de padre Paolo Dall’Oglio, sequestrado na Síria em 2013, expressou sua gratidão ao Papa Francisco pelo apelo que fez neste domingo, 26, pedindo libertação do sacerdote.

“Gostaria de enfatizar que, para nós, foi fonte de grande consolação e, ao mesmo tempo, de emoção e esperança. A nossa família se sente próxima ao sofrimento dos familiares de todos os outros sequestrados na Síria e em outros lugares”, disse a irmã do padre Paolo. Além dele, outros quatro técnicos italianos tiveram o mesmo destino na Líbia.

O presidente italiano, Sergio Mattarella, em discurso nesta segunda-feira, 27, na Conferência dos Embaixadores em Roma, garantiu que a Itália está na luta contra o terrorismo, o qual descreveu como“um buraco negro da humanidade”.

“É uma batalha política e cultural, antes que militar, contra os extremistas, contra quem incita divisões, ódio e radicalismo. Não precisamos de uma guerra entre culturas, mas de um pacto de civilização”, disse Mattarella.

domingo, 26 de julho de 2015

"26/07 – Santa Ana e São Joaquim"

              PROF. FELIPE AQUINO
Ana e Joaquim são os pais de Nossa Senhora. Seu nome não aparece nos evangelhos, nem em notícias sobre a família de Jesus. O nome de Joaquim e Ana aparece primeira vez no Proto-evangelho de São Thiago. Este escrito, que parece datar do século II, é o primeiro dos evangelhos apócrifos (escritos piedosos, mas cheios de dados fabulosos, sobre a vida de Jesus, não reconhecidos pela Igreja como inspirados nem autênticos) do ciclo da natividade. O nome de Joaquim é um nome bíblico, que significa o homem a quem Jeová confirma. Há vários personagens do antigo testamento com este nome, e é citado por Mateus e Lucas entre os antepassados de José. Com o nome de Ana, aparecem três mulheres na Bíblia: a mãe do profeta Samuel, a mulher de Raquel, parente de Tobias, e a profetisa Ana, que foi ao encontro de Jesus Cristo no dia de sua apresentação. O Proto-Evangelho, em que é difícil separar o puramente imaginário do que possa ser dado da tradição, foi escrito como fim apologético de defender a honra de Maria. Sobre seus pais, teceu uma lenda à base de diversos clichês tirados do Antigo Testamento. Mais tarde está lenda foi incorporada em grande parte pela história e a teologia medieval. Joaquim e Ana eram estéreis, e por isto viviam tristes e humilhados. Joaquim se retirou ao deserto para orar, onde permaneceu quarenta dias em completo jejum e oração. Finalmente um anjo apareceu a Ana e outro a Joaquim no deserto para anunciar lhes que teriam um filho, que seria famoso em Israel. Eles prometeram oferecê-lo ao Senhor no templo. De fato, ao nascer Maria, ofereceram-na ainda na infância ao serviço do templo. O culto desses dois santos desenvolveu-se no oriente a partir do século VI, e no ocidente no século VII. No século XVI foi introduzida sua festa no calendário litúrgico.

Outros Santos do mesmo dia: Santo Simeão Armênio, Beato Guilherme Ward, Santa Bartoloméia Capitânio, Beatos Vicente Soller e companheiros, Beato Roberto Nutter, Beato André di Phu Yen, Beato Tiago Bradsma e São Jorge Preca.

"Papa envia mensagem ao Patriarca armênio católico"

Em mensagem, o Papa Francisco uniu-se a todos os fiéis do Patriarcado, fazendo votos de que o seu novo ministério traga muitos frutos

Da redação, com Rádio Vaticano

Este sábado, 25, o Papa enviou uma mensagem de felicitações a sua Beatitude Grégoire Pierre XX Ghabroyan, que foi eleito Patriarca de Cilícia dos Armênios pelo Sínodo daquela Igreja em 24 de julho.

No texto, Francisco une-se a todos os fiéis do Patriarcado, fazendo votos de que o seu novo ministério traga muitos frutos. Recorda que a eleição ocorre num momento em que a Igreja armênia está enfrentando algumas dificuldades e novos desafios, de modo especial pela situação de parte dos fiéis católicos armênios no Oriente Médio.

“No entanto, iluminada pela luz da fé em Cristo ressuscitado, a nossa visão do mundo é cheia de esperança e misericórdia, pois estamos certos de que a Cruz de Jesus é a árvore que dá vida”, afirma o Papa.

O Pontífice acrescenta que muitos mártires armênios e São Gregório de Narek, Doutor da Igreja, não deixarão de interceder pela beatitude, “concedendo a Ecclesiastica Communio” solicitada pelo próprio Gregório.

sábado, 25 de julho de 2015

"Encontro da Pascom: evangelizar na era da cultura digital"

O IV Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e o II Seminário Nacional de Jovens Comunicadores, acontece de 24 a 27 de julho, em Aparecida (SP)

Rádio Vaticano

O Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, encontra-se em Aparecida (SP), para participar do IV Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e o II Seminário Nacional de Jovens Comunicadores, que acontece de 24 a 27 de julho.

O encontro, que tem como tema “Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura digital”, conta com a presença de pesquisadores da comunicação e de conferencistas de nível internacional, como o jesuíta, Padre Antônio Spadaro, diretor da Revista “Civiltà Cattolica”, e Letícia Soberón, da Rede de Informática da Igreja na América Latina (RIIAL), e de cerca de 700 participantes.

Essa é a primeira vez, que as Comissões para a Comunicação e Juventude da CNBB promovem o encontro em conjunto, buscando integrar suas atividades de evangelização. O evento lembra também a celebração de um ano da Jornada Mundial da Juventude no Brasil.

De acordo com a assessora da Comissão Episcopal Pastoral (CEP) para a Comunicação, Irmã Élide Fogolari, esta é uma oportunidade de comunhão nos trabalhos das Comissões: “Integrar esses dois grandes grupos da Igreja é entender que a comunicação e a evangelização são realizadas, sobretudo, pela juventude que deseja algo novo e tem esperança. A maioria dos participantes que atua na Pastoral da Comunicação é jovem”.

A assessora da CEP declara ainda: “Nós entendemos que no universo da comunicação temos mais possibilidades do que desafios. Hoje, as mídias sociais digitais oferecem vantagens para a propagação do Evangelho de forma rápida e imediata, o que abre um horizonte sem limites, dando a possibilidade de a mensagem atingir mais pessoas”.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

"Papa apoia esforços de combate ao HIV/AIDS"

O Papa enviou uma mensagem para a 8ª Conferência da Sociedade Internacional da AIDS; Francisco declara estar satisfeito pelos progressos na prevenção da doença

Da redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco enviou uma mensagem para a 8ª Conferência da Sociedade Internacional da AIDS, sobre HIV Patogênese, Tratamento e Prevenção, que aconteceu esta semana em Vancouver, no Canadá. Por meio do Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, o Pontífice expressou sua estima pelo trabalho desenvolvido pela Associação.

Francisco declara-se satisfeito pelos muitos progressos feitos na prevenção e no tratamento da AIDS, particularmente com os medicamentos antirretrovirais. Para ele, as vidas que foram salvas, seja com a redução do número de infecções, seja com a melhor qualidade de vida dos infectados, testemunham os benefícios que se podem conquistar quando todos os setores da sociedade se unem num objetivo comum.

O Pontífice faz votos de que se encontre mais meios para que os frutos da pesquisa e os medicamentos disponíveis cheguem a um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo, especialmente às crianças órfãs.

Orações

O Santo Padre garantiu a todos os participantes as suas orações, na esperança que os avanços na farmacologia, no tratamento e na pesquisa sejam acompanhados por um “compromisso firme para promover o desenvolvimento integral de cada pessoa como um filho amado de Deus “.

A carta de Francisco, lida na abertura do evento, foi dirigida ao diretor do Centro de HIV/AIDS do Hospital São Paulo, em Vancouver, e Co-Presidente da Conferência, doutor Julio Montaner.

O Hospital é uma instituição de inspiração católica, fundada pelas Irmãs da Providência, e tem-se distinguido para demonstrar que o diagnóstico precoce e o tratamento de pessoas vivendo com o HIV não só salva vidas, mas também é 96% eficaz na prevenção da propagação da doença.

Números

Especialistas internacionais acreditam que poderiam debelar o HIV como emergência de saúde até 2030, se pelo menos 90% de todas as pessoas infectadas fossem corretamente diagnosticadas e tivessem acesso ao tratamento antirretroviral.

Em seu discurso de abertura da Conferência, o Diretor-Executivo do UNAIDS (o Programa para o HIV/AIDS da Organização Mundial da Saúde), Michel Sidibé, comemorou o fato de que 15 milhões de pessoas agora estão recebendo o tratamento, mas lembrou aos participantes que outros 22 milhões ainda não têm acesso a estes medicamentos e que muitos deles não sabem nem mesmo que estão infectados.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

"No RJ, fiéis celebram "Dia do Papa" para recordar JMJ 2013"

Cariocas celebram o “Dia do Papa” e recordam chegada de Bergoglio ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude

Da redação, com Arquidiocese do Rio de Janeiro

A Arquidiocese do Rio de Janeiro celebra nesta quarta-feira, 22, o “Dia do Papa”. A data de homenagem ao Pontífice foi sancionada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, em 14 de junho de 2014 e recorda o dia em que Francisco chegou ao Brasil para celebrar a JMJ Rio2013.

Em entrevista ao programa “Em dia com a notícia”, da Rádio Catedral FM 106,7, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, lembrou as datas celebrativas.

“Foram dias abençoados em que nós tivemos a oportunidade de ver o nosso povo recebendo muito bem todos os peregrinos que vieram de outros países, de outras regiões do mundo”, disse.

Dom Orani destacou que, apesar de todas as dificuldades de transporte, hospedagem, com a chuva e o frio, o carioca soube superar tudo isso e acolheu bem a todos, “com bastante calor humano, para que aqueles que vieram, de longe ou de perto, se sentissem bem acolhidos”.

“Foi uma experiência belíssima onde nós pudemos ver as pessoas motivadas pelo Evangelho, pela Palavra de Deus, onde não há distinção, onde todos são bem acolhidos, onde todos fazem parte da nossa família. Nós vimos toda a tranquilidade do encontro e os relacionamentos que se criaram… Tudo isso são sinais das bênçãos de Deus e testemunhamos como o Evangelho transforma as pessoas”, disse Dom Orani.

O “Dia do Papa” em 22 de julho é uma data especial para a cidade Rio de Janeiro. O Dia do Papa oficial da Igreja Católica no mundo é celebrado em 29 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo.

Papa pede que prefeitos adotem visão da “periferia ao centro”

Em discurso aos prefeitos reunidos em Roma, Papa destacou necessidade de trabalhos que comecem pelas periferias e reiterou cuidado com o meio ambiente

Da Redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco falou a prefeitos de várias cidades do mundo reunidos em Roma para discutir o tráfico humano e as mudanças climáticas. No fim da tarde desta terça-feira, 21, ele encerrou o primeiro dia da reunião destacando a necessidade de trabalhos que comecem pelas periferias para que tenham efeitos.

“O trabalho mais sério e mais profundo se faz da periferia até o centro. Se o trabalho não vem das periferias até o centro, não tem efeito”, disse o Papa, lembrando que aí está a responsabilidade dos prefeitos e o motivo pelo qual eles devem participar dos debates promovidos pela Pontifícia Academia das Ciências.

Francisco pôde, mais uma vez, falar ao mundo sobre suas expectativas para que a Comunidade Internacional chegue a um consenso e produza um documento final com propostas concretas ao fim da cúpula sobre o clima, marcada para novembro, em Paris.

“Tenho muita esperança! Todavia, as Nações Unidas precisam se interessar mais fortemente sobre este fenômeno, sobretudo o do tráfico de seres humanos provocado por este fenômeno ambiental, a exploração das pessoas”, esclareceu o Pontífice.

O Papa voltou a confirmar que a encíclica Laudato si não é apenas um documento verde, mas uma “encíclica social”. “Porque dentro do entorno social, da vida social dos homens, não podemos separar o cuidado com o ambiente. Mais ainda, o cuidado do ambiente é uma atitude social, que nos socializa em um sentido ou em outro – cada qual pode colocar o valor que quiser – e, por outro lado, nos faz receber. Gosto da expressão em italiano para o ambiente – creato –, daquilo que nos foi dado como um presente, ou seja, o ambiente”.

Francisco lembrou ainda que o inchaço das grandes cidades é provocado pelas consequências de um modelo de desenvolvimento tecnocrático de exclusão, no qual as pessoas no campo migram aos centro urbanos por não terem mais acesso à terra. Assim, considerou que o crescimento desmesurado das cidades está ligado à maneira como se cuida do ambiente.

“É um fenômeno mundial. As grandes cidades se fazem ainda maiores com também cada vez maiores bolsões de pobreza e miséria onde as pessoas sofrem as consequências das negligências para com o meio ambiente”, conclui Francisco.

terça-feira, 21 de julho de 2015

"Sacerdote franciscano é assassinado na Venezuela"

Dois confrades do sacerdote, acompanhados pela polícia, encontraram o corpo do religioso queimado 

Da redação, com Rádio Vaticano

Nesta segunda-feira, 20, foi encontrado em Bolívar, na Venezuela, o corpo do franciscano Alex Pinto, desaparecido misteriosamente na última quarta-feira, 15.

Dois confrades do sacerdote, acompanhados pela polícia, encontraram o corpo do religioso queimado no Km 19 da estrada que liga as cidades de Bolívar e Puerto Ordaz. Os temores pela morte do sacerdote aumentaram na última sexta-feira, 17, após seu carro ter sido encontrado queimado.

Padre Pinto desenvolvia numerosas atividades pastorais na Igreja de São Francisco de Assis e na Paróquia “Vista Hermosa” da cidade de Bolívar. Segundo as primeiras investigações, o sacerdote teria sido morto com um tiro à queima-roupa na cabeça.

Aumento da violência contra sacerdotes

Somente entre 14 e 20 de julho foram mortos três sacerdotes: um na Colômbia, um na Espanha e agora na Venezuela. Até hoje, os agentes pastorais assassinados em 2015 são 11: quatro na América, três na Europa, três na África e um na Ásia. Os sacerdotes mortos, desde o início do ano, são nove. A estes se juntam uma religiosa morta na África do Sul e um agente da Cáritas na Síria.

O continente americano, em particular a América Latina, confirma-se como uma das regiões mais perigosas para os religiosos. Os sacerdotes assassinados nos países latino-americanos, em 2015, já são quatro: dois na Colômbia, um no México e um na Venezuela.

"Representante vaticano defende na ONU os direitos dos idosos"

Dom Bernardito Auza discursou em sessão de trabalho dedicada aos direitos da pessoa idosa defendendo políticas que combatam a cultura do descartável

           Da Redação, com informações da Rádio Vaticano

Dom Bernardito Auza, observador permanente da Santa Sé na ONU / Foto Arquivo

O observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, defendeu em um recente discurso à ONU de Nova Iorque os direitos dos idosos. Ele recordou que, em um momento em que os idosos são abandonados e descartados, é preciso promover políticas alternativas à “cultura do descartável”, que julga os seres humanos a partir do que eles produzem.

Dom Auza destacou a evidência demográfica que está na base dessa questão: o envelhecimento do mundo ocidental em virtude da redução no número de filhos e a mentalidade de que o idoso é um “peso morto” social. Ele lembrou, inclusive, que o Papa Francisco tem reiterado o seu “não” a essa cultura do descartável.

Falando durante uma sessão de trabalho da ONU dedicada aos direitos da pessoa idosa, o representante vaticano apresentou alguns dados estatísticos sobre a atual situação dos idosos. No Ocidente, 700 milhões de pessoas, ou 10% da população mundial, tem mais de 60 anos. Estima-se que em 2050 o número vai dobrar.

Mas mesmo diante desses dados, ainda não se produziu políticas destinadas à proteção dos idosos, observou Dom Auza. “É preciso promover uma atitude de aceitação e apreço pelos idosos para integrá-los melhor na sociedade”.

O arcebispo não deixou de mencionar as várias escolas de pensamento que se dedicam ao tema da proteção dos idosos. Algumas falam de estabelecer novos mecanismos similares à convenção sobre direitos das pessoas portadoras de deficiência; outras destacam a necessidade dos empenhos que os estados já realizaram a respeito. De toda forma, Dom Auza acredita que uma abordagem baseada somente nos direitos humanos não será suficiente se não for acompanhada por políticas e programas que enfrentem as causas subjacentes a essas violações.

Assista também: Violência e falta de respeito afetam idosos no dia a dia

“Os idosos são um recurso e um ponto essencial de referência em uma época em que muitos perderam a esperança e lutam para encontrar a sua identidade. Com a sua memória coletiva e a riqueza das experiências, eles podem ser apoio às gerações futuras, que não devem enfrentar as lutas da vida sozinhas”.

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segunda-feira, 20 de julho de 2015

"20-07-2015 Dia do Amigo"



"A nota de R$100,00 (CEM REAIS)"

Um famoso palestrante começou um seminário numa sala com 200 pessoas, segurando uma nota de R$ 100,00.
Ele perguntou: “Quem de vocês quer esta nota de R$ 100,00?”
Todos ergueram a mão...
Então ele disse: “Darei esta nota a um de vocês esta noite, mas primeiro, deixem-me fazer isto...”
Então, ele amassou totalmente a nota. E perguntou outra vez: “Quem ainda quer esta nota?”
As mãos continuavam erguidas.
E continuou: “E se eu fizer isso...” Deixou a nota cair no chão, começou a pisá-la e esfregá-la. Depois, pegou a nota, agora já imunda e amassada e perguntou: “E agora?” 
“Quem ainda vai querer esta nota de R$ 100,00?”
Todas as mãos voltaram a se erguer.
O palestrante voltou-se para a platéia e disse que lhes explicaria o seguinte:
“Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês continuaram a querer esta nota, porque ela não perde o valor. Esta situação também acontece conosco. Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e ficamos nos sentindo sem importância. Mas não importa, jamais perderemos o nosso valor. Sujos ou limpos, amassados ou inteiros, magros ou gordos, altos ou baixos, nada disso importa! Nada disso altera a importância que temos. O preço de nossas vidas, não é pelo que aparentamos ser, mas pelo que fizemos e sabemos.”

Agora, reflita bem e procure em sua memória:
Nomeie as 5 pessoas mais ricas do mundo.
Nomeie as 5 últimas vencedoras do concurso de Miss Universo.
Nomeie 10 vencedores do prêmio Nobel.
Nomeie os 5 últimos vencedores do prêmio Oscar, como melhores atores ou atrizes.
Como vai? Mal, né? Difícil de lembrar? Não se preocupe. Ninguém de nós se lembra dos melhores de ontem.
Os aplausos vão-se embora. Os troféus ficam cheios de pó. Os vencedores são esquecidos.

Agora faça o seguinte:
Nomeie 3 professores que te ajudaram na tua verdadeira formação.
Nomeie 3 amigos que já te ajudaram nos momentos difíceis.
Pense em algumas pessoas que te fizeram sentir alguém especial.
Nomeie 5 pessoas com quem transcorre o teu tempo.
Como vai? Melhor, não é verdade?
As pessoas que marcam a nossa vida não são as que têm as melhores credenciais, com mais dinheiro, ou os melhores prêmios.
São aquelas que se preocupam conosco, que cuidam de nós, aquelas que, de algum modo, estão ao nosso lado...

Senhor nos de a Graça de termos bons amigos, verdadeiros irmãos...e que sejamos bons amigos...Amém

Feliz Dia do Amigo!

Amigos verdadeiros não bajulam; aconselham.
Não mentem; falam a verdade.
Não fingem; são transparentes.
Não fogem; permanecem ao lado.


"Jubileu da Misericórdia: 25 milhões de fiéis devem ir a Roma"

Estimativa é do vice-presidente da Obra Romana de Peregrinações; órgão assinou memorando com regras para hotéis no acolhimento aos peregrinos durante o Jubileu

Da Redação, com Rádio Vaticano

O Jubileu da Misericórdia deve reunir 25 milhões de peregrinos em Roma, afirmou o vice-presidente da Obra Romana de Peregrinações (ORP), Monsenhor Liberio Andreatta. Convocado pelo Papa Francisco, o Jubileu terá início no próximo dia 8 de dezembro e segue até 20 de novembro de 2016.

Durante a apresentação do relatório “O impacto do Jubileu Extraordinário da Misericórdia”, monsenhor Liberio informou que a cidade de Roma e a ORP assinaram um memorando que inclui regras para a rede hoteleira local. Cada hotel deve respeitar os “dez mandamentos” estabelecidos caso queira ser incluído na lista de hotéis indicados aos peregrinos que visitarão a capital italiana neste período.

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Além de atentar para o valor ético, o memorando foca também a necessidade de uma calorosa boas-vindas aos peregrinos, bem como o respeito por cada um deles, tanto em relação à fé, como à cultura e as suas tradições. “Em Roma, ninguém se sentirá estrangeiro”, acrescentou.

O relatório foi elaborado pela Câmara de Comércio de Roma e a Faculdade de Economia da Universidade la Sapienza. Segundo estimativas do documento, o Ano Santo pode criar 5 mil empregos em Roma.

De acordo com o presidente da Câmara de Comércio, Giancarlo Cremonesi, serão tomadas medidas imediatas em áreas como segurança, infraestrutura, tráfego, limpeza, manutenção das ruas e decoro urbano.

Sobre o Jubileu

domingo, 19 de julho de 2015

"Papa destaca a potencialidade espiritual latino-americana"

No Angelus deste domingo, 19, o Papa Francisco refletiu o Evangelho do dia e comentou sobre a viagem feita a América Latina

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste domingo, 19, o Papa Francisco rezou a Oração do Angelus com base nos “verbos do Pastor” – ver, ter compaixão e ensinar – proposto pelo Evangelho de Marcos, e também em decorrência a sua viagem ao Equador, Bolívia e Paraguai.

A temperatura de 33ºC não afastou da Praça São Pedro os fiéis que enfrentaram o calor para ouvir o Santo Padre agradecer pela visita a América Latina e falar das “grandes potencialidades humanas e espirituais” do continente americano.

Ver, ter compaixão, ensinar

A imagem de Jesus oferecida pelo Evangelho de Marcos, que “fotografa” os olhos de seus discípulos, colhendo os sentimentos, pois “estavam como ovelha sem pastor”, oferece a Francisco a ocasião para destacar três verbos: ver, ter compaixão e ensinar, definidos por ele como “os verbos do Pastor”.

O Pontífice explica que o primeiro e o segundo verbo citado estão sempre associados ao comportamento de Jesus. “De fato, o seu olhar não é o olhar de um sociólogo ou de um repórter fotográfico, pois ele olha sempre com os olhos do coração”.

Estes dois verbos, ver e ter compaixão, configuram Jesus como Bom Pastor. Também a sua compaixão, não é somente um sentimento humano, mas é a comoção do Messias em quem se fez carne a ternura de Deus.

“E desta compaixão nasce o desejo de Jesus de nutrir a multidão com o pão da sua Palavra, isto é, de ensinar a Palavra de Deus às pessoas. Jesus vê, Jesus tem compaixão, Jesus nos ensina. E isto é bonito.”

Viagem à América Latina

A viagem do Papa Francisco ao continente latino-americano foi vivida com muita intensidade e marcada por momentos fortes e de muita proximidade com as populações.

Sua ida ao continente americano deixou saudades, a ponto do Santo Padre dedicar boa parte do Angelus a ela, começando pelo agradecimento a Deus “de todo o coração por este dom”, às populações “pela afetuosa e calorosa acolhida e entusiasmo” e também às autoridades pela “acolhida e colaboração”.

Com seus “irmãos bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e todas as pessoas que participaram, louvei o Senhor pelas maravilhas que operou no povo de Deus a caminho naquelas terras e também pelas maravilhas com que enriqueceu estes países”, disse.

“O continente latino-americano tem grandes potencialidades humanas e espirituais, guarda valores cristãos profundamente radicados, mas vive também graves problemas sociais e econômicos. Para contribuir para a sua solução, a Igreja está comprometida em mobilizar as forças espirituais e morais de suas comunidades, colaborando com todos os componentes da sociedade.”

Francisco ressaltou a importância da acentuada religiosidade destas populações no testemunho fiel do Evangelho e na difusão da Palavra de Deus e para enfrentar tantos desafios, para então confiar os frutos desta “inesquecível viagem apostólica” à intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira de toda a América Latina.

sábado, 18 de julho de 2015

"Bispos cubanos expressam alegria em receber o Papa em Cuba"

O episcopado recorda ainda a “mediação” do Papa Francisco no restabelecimento das relações diplomáticas e econômicas entre os EUA e Cuba

Da redação, com Agência Ecclesia

Os bispos cubanos manifestaram alegria por receber o Papa Francisco, o terceiro Pontífice a visitar o país nos últimos 17 anos.

No documento, o episcopado recorda a visita do “Mensageiro da Verdade e da Esperança”, João Paulo II em 1998, e do “Peregrino da Caridade”, Bento XVI em 2012, e aguardam agora o “Missionário da Misericórdia”.

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“A misericórdia não é outra coisa senão ‘lançar o nosso coração’ aos outros, não uma pedra ou um insulto. A misericórdia é também ‘colocar o coração na pobreza’. E há tanta pobreza ao nosso redor. Às vezes parece que vivemos num mundo sem coração”, afirmam os bispos cubanos.

O episcopado recorda ainda a “mediação” do Papa Francisco no restabelecimento das relações diplomáticas e econômicas entre os Estados Unidos da América e Cuba, inexistentes desde 1961, pouco depois da chegada ao poder de Fidel Castro, até ao dia 17 de dezembro de 2014, o que trouxe “ares de esperança” ao país das caraíbas.

“O Santo Padre quer mostrar a sua proximidade num momento em que, graças também à sua mediação, se respiram ares de esperança na nossa vida nacional pelas novas possibilidades de diálogo que estão a acontecer entre os Estados Unidos e Cuba”, afirmam os bispos cubanos.

“É muito e importante o que tem ele feito, como Pastor Universal da Igreja, na procura da reconciliação e da paz entre todos os povos da terra”, afirma o documento onde se manifesta a “grande alegria” por receber o Papa Francisco entre os dias 19 e 22 de setembro próximo.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

"Papa reconhece virtudes heroicas e Igreja terá 8 novos beatos"

Saiba um pouco sobre os oito novos beatos da Igreja Católico; Datas das beatificações ainda não foram divulgadas

Da redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco autorizou o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, a promulgar oito Decretos de Beatificação. A audiência particular deu-se na tarde desta quinta-feira, 16, na Casa Santa Marta, no Vaticano.

Os Decretos são concernentes às virtudes heroicas dos seguintes Servos e Servas de Deus:

– André Szeptyckyj, no civil Romano Alessandro Maria, da Ordem de São Basílio, arcebispo-Mor de Leopolis dos Ucranianos, Metropolita de Halyc, nascido em 1865, na Ucrânia, onde morreu em 1944;

– Giuseppe Carraro, Bispo de Verona, nascido em Mira, Itália, em 1899 e morto em Verona em 1980;

– Agostino Ramírez Barba, sacerdote diocesano, Fundador da Congregação das Irmãs Servas do Senhor da Misericórdia, nascido em 1881, em San Miguel el Alto, México, e morto e Teplatitán, em 1967;

– Simpliciano da Natividade, no civil Aniello Francisco Saverio Maresca, sacerdote professo da Ordem dos Franciscanos Menores, Fundador das Irmãs Franciscanas dos Sagrados Corações, nascido em Meta de Sorrento, Itália, em 1827, e morto em Roma, em 1898;

– Maria do Refugio Aguilar y Torres, viúva, Fundadora da Congregação das Irmãs Mercedárias do Santíssimo Sacramento, nascida em San Miguel de Allende, México, em 1866, e morta em Cidade do México, em 1937;

– Maria Teresa Dupouy Bordes, religiosa professa da Sociedade do Sagrado Coração de Jesus, Fundadora da Congregação das Missionárias dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, nascida em Saint Pierre d’Irube, França, em 1873, e morta em San Sebastián, Espanha, em 1953;

– Elisa Miceli, Fundadora do Instituto das Irmãs Catequistas Rurais do Sagrado Coração, nascida em Longobardi, Itália, em 1904, e morta em Frascati, perto de Roma, em 1976;

– e Isabel Méndez Herrero, no religioso, Isabel de Maria Imaculada, Irmã professa da Congregação das Servas de São José, nascida em Castellanos de Moriscos, Espanha, em 1824, e morta em Salamanca, em 1953.

"Papa enfatiza herança espiritual de Dom Bosco para os jovens"

“Como Dom Bosco, com os jovens e para os jovens” é o título da carta que o Papa enviou ao Reitor-Mor, por ocasião do Bicentenário de Nascimento de Dom Bosco

Da redação, com Rádio Vaticano

Por ocasião do Bicentenário de Nascimento de Dom Bosco, o Papa Francisco enviou ao Reitor-Mor, padre Ángel Fernández Artime, uma carta em que deseja dar graças a Deus pelo dom do Santo dos Jovens e “evocar os aspectos essenciais da herança espiritual e pastoral de Dom Bosco para exortá-los a viver com coragem”.

“Como Dom Bosco, com os jovens e para os jovens” é o título da carta, em que Francisco recorda a alegria que sentiu ao encontrar a Família Salesiana reunida em Turim, na Basílica de Santa Maria Auxiliadora, onde repousam os restos mortais do Fundador.

No texto, o Papa ressalta que o mundo mudou muito nestes dois séculos, mas não a alma dos jovens: “Ainda hoje, eles estão abertos à vida e ao encontro com Deus e com os outros, mas existem muitos deles que correm o risco do desencorajamento, da anemia espiritual, da marginalização”.

Francisco afirma ainda que Dom Bosco ensina primeiramente a não ficar observando, mas a colocar-se na linha de frente para oferecer aos jovens uma experiência educativa integral, com uma característica especial: o afeto.

Na carta, o Pontífice indica duas tarefas à família salesiana: a primeira é educar segundo a antropologia cristã à linguagem dos novos meios de comunicação e das redes sociais, que plasmam profundamente os códigos culturais dos jovens, e, portanto, a visão da realidade-humano religiosa; a segunda é promover formas de voluntariado social, não se resignando às ideologias que antepõem o mercado e a produção à dignidade da pessoa e ao valor do trabalho.

“Evoco de modo especial a imperiosa necessidade de envolver as famílias dos jovens. De fato, não pode haver uma pastoral juvenil eficaz sem uma válida pastoral familiar”, acrescenta.

Por fim, o Papa encoraja os salesianos a assumirem a herança do fundador com a radicalidade evangélica que foi sua no pensar, no falar e no agir. Tendo em vista a importância da Carta do Papa, o padre Fernández Artime divulgou um vídeo mensagem para a Família Salesiana.

O texto completo da carta papal, simbolicamente datada em 24 de junho passado – festa de São João Batista e dia do Santo onomástico de Dom Bosco – está disponível no site dos salesianos.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

"Papa nomeia administrador apostólico para Passo Fundo (RS)"

O Pontífice nomeou administrador apostólico de Passo Fundo (RS), Dom Paulo Antônio de Conto, bispo de Montenegro (RS)

CNBB

Nesta quarta-feira, 15, o Papa Francisco acolheu o pedido de renúncia ao governo pastoral da arquidiocese de Passo Fundo (RS) apresentado por Dom Antônio Carlos Altieri, em conformidade com o cânon 401&2 do Código de Direito Canônico.

O Pontífice, portanto, nomeou administrador apostólico da referida arquidiocese Dom Paulo Antônio de Conto, bispo de Montenegro (RS).

terça-feira, 14 de julho de 2015

"Vaticano: Bento XVI voltou ao mosteiro Mater Ecclesia"

Nesta terça-feira, 14, o Papa emérito Bendo XVI voltou ao mosteiro Mater Ecclesia, nos Jardins do Vaticano, onde vive desde o fim de seu pontificado

Da redação, com Rádio Vaticano

O Papa emérito Bento XVI voltou nesta terça-feira, 14, ao mosteiro Mater Ecclesia, nos Jardins do Vaticano, onde vive desde o fim de seu pontificado, em 28 de fevereiro de 2013.
Bento XVI transcorreu cerca de duas semanas na residência papal de Castelgandolfo onde, no último dia 4, depois de mais de dois anos, a voz de Ratzinger voltou a ser registrada oficialmente.

Na ocasião, o Cardeal-arcebispo de Cracóvia, Dom Stanisław Dziwisz, conferiu ao Papa emérito dois títulos de doutorado “Honoris Causa” em nome dos reitores da Academia Musical de Cracóvia e da Pontifícia Universidade João Paulo II, instituída por Bento XVI em 19 de junho de 2009.

No dia 30 de junho, Francisco foi até o mosteiro Mater Ecclesia visitar Bento XVI antes que o Papa emérito se transferisse à residência pontifícia de Castelgandolfo.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

"Papa Francisco desembarca em Roma"

Depois de 12 horas e meia de voo, o Papa Francisco desembarcou hoje no aeroporto Roma-Ciampino

Rádio Vaticano

Nesta segunda-feira, 13, o Papa Francisco chegou ao aeroporto de Roma-Ciampino, depois de doze horas e meia de voo vindo do Paraguai, encerrando sua 9ª viagem apostólica internacional que o levou à América Latina.

Ao deixar o aeroporto, o Pontífice dirigiu-se à Basílica Santa Maria Maior, centro de Roma, para agradecer a Salus populi romani o bom êxito de sua viagem. Francisco depositou um ramalhete de flores, nas cores branco e amarelo, aos pés da Virgem.

Durante suas viagens internacionais, como de costume, o Santo Padre envia telegramas aos chefes de Estado dos países que o avião sobrevoa. Neste caso, enviou breves mensagens de saudação aos presidentes do Paraguai, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Marrocos e Itália.

Em seu telegrama à Presidenta Dilma Rousseff, Francisco escreve: “Regressando da visita, que me levou a encontrar tantos irmãos no Equador, Bolívia e Paraguai, saúdo vossa Excelência desejando ao Brasil um futuro sereno e feliz para seus filhos, que recordo com saudades e a quem envio uma propiciadora bênção Apostólica”.

Quando o Papa escreve “recordação com saudades”, naturalmente se refere à sua inesquecível viagem que fez ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, em 2013.

O Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, enviou uma mensagem ao Papa Francisco pelo seu retorno da viagem ao Equador, Bolívia e Paraguai.
“Estou confiante de que a sua mensagem forte de esperança tenha tocado os corações dos muitos fiéis que o acolheram com afeto em seus países”, ressalta o presidente na mensagem de boas-vindas.

“Espero que os povos do Equador, Bolívia e Paraguai, países que a Itália sempre olha com carinho e simpatia, saibam encontrar em suas palavras motivo de confiança no futuro e estímulo para relançar o diálogo e a cooperação no âmbito regional”, conclui a mensagem do Presidente Mattarella.

"Veja os destaques da viagem do Papa na América Latina"

A celebração da Santa Missa, visitas pastorais a detentos e à comunidade carente e encontros com autoridades civis e religiosas, com representantes de movimentos populares e com a juventude são os destaques da viagem do Papa Francisco à América Latina

Da Redação

Neste domingo, 12, o Papa Francisco encerrou sua viagem de oito dias pela América do Sul, onde visitou o Equador, a Bolívia e o Paraguai. Entre as atividades do Sumo Pontífice aos três países, houve visitas pastorais a detentos, à comunidade carente e encontros com autoridades civis e religiosas e com representantes de movimentos populares e com jovens e a celebração da Santa Missa. O CN Notícias separou alguns desses momentos especiais.
Equador


“Família é uma riqueza social insubstituível”, diz Papa no Equador

Na segunda-feira, 6, foi o dia da primeira Santa Missa presidida pelo Pontífice em solo equatoriano. A celebração aconteceu no Parque Samanes, em Guayaquil, maior cidade do Equador e principal porto do país. Leia mais
Papa Francisco faz visita de cortesia ao presidente do Equador

Às 21h (horário de Brasília) da segunda-feira, 6, o Papa Francisco fez uma visita de cortesia ao presidente da República do Equador, Rafael Correa Delgado, no Palácio Presidencial Carondelet, em Quito. Leia mais
Papa Francisco visita a Catedral de Quito

Em seu segundo dia no Equador, Papa Francisco visitou a Catedral de Quito. A chegada do Pontífice ao local aconteceu na noite de segunda-feira, 6, às 22h10 (horário de Brasília). O Santo Padre foi recebido por um coral de cerca de 60 crianças, as quais se prepararam durante quase quatro meses para a visita papal. Leia mais
Santo Padre faz discurso à sociedade civil no Equador

O Sucessor de Pedro dirigiu-se à igreja dedicada a São Francisco, localizada no centro histórico da capital equatoriana, na terça-feira, 7, às 18h (horário local; 20h no horário de Brasília) para receber as chaves da cidade e fazer um discurso à sociedade civil. Leia mais
Bolívia
Papa Francisco é recebido por Evo Morales na Bolívia

O Papa Francisco chegou à Bolívia na tarde da quarta-feira, 8. Ainda no Aeroporto Internacional de El Alto em La Paz, o Pontífice participou da cerimônia de boas-vindas. Leia mais
Papa Francisco encontra presidente e autoridades civis na Bolívia

Em seu discurso ao presidente da Bolívia e autoridades civis bolivianas, Sua Santidade afirmou ser vocação de todos o serviço ao bem comum. Leia mais

Papa em Palmasola: “Não tenhais medo de vos ajudar entre vós”

Na sexta-feira, 10, o Papa Francisco cumpriu um dos últimos compromissos na Bolívia: a visita ao Centro de Reeducação de Palmasola, um cárcere superlotado responsável por abrigar cerca de cinco mil detentos. Leia mais
Papa deixa presentes de Evo Morales aos pés de Maria na Bolívia

Durante a celebração da Santa Missa na capela da residência arquiepiscopal de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o Papa Francisco entregou à Virgem de Copacabana, Padroeira da Nação, dois presentes oferecidos a ele pelo presidente da Bolívia, Evo Morales. Leia mais
Paraguai

“Os adultos devem ser como as crianças”, recorda Papa em hospital

Na manhã de sábado, 11, o Papa Francisco iniciou suas atividades no Paraguai visitando o hospital pediátrico “Niños de Acosta Ñu”, localizado em Assunção, capital do país, no qual são atendidas cerca de 90 crianças. Leia mais
Papa Francisco passou por cadeia feminina no Paraguai

O Papa Francisco passou por uma cadeia feminina em Assunção, capital do Paraguai, numa parada fora do programa oficial da viagem à América Latina. Leia mais 
Missa do Papa emociona fiéis em Caacupe

O Sumo Pontífice presidiu a Santa Missa no Santuário de Caacupe, Paraguai, emocionando os milhões de fiéis que estavam presentes à espera de suas palavras. Leia mais
Papa visita comunidade carente no Paraguai e comove moradores

O Sucessor de Pedro visitou moradores da comunidade carente de Bañado, periferia de Assunção, onde abraçou a muitos, entre eles, idosos, enfermos e crianças. Leia mais

domingo, 12 de julho de 2015

"No Paraguai, Papa convida cristãos a viverem a hospitalidade"

“Poderíamos dizer que é cristão aquele que aprendeu a hospedar, a alojar”, diz Papa em última Missa celebrada no Paraguai

André Cunha
Da redação

Dentre as muitas expressões importantes do Evangelho deste domingo, 12, o Papa Francisco escolheu a “hospitalidade” para despertar os cristãos a uma autêntica vida de seguimento a Jesus.

Foto: Twitter / @PapaEnPy

Na Missa celebrada em Campo Grande de Ñu Guazú (Assunção/Paraguai), cerca de 1 milhão de fiéis participaram e ouviram o Santo Padre dizer que o cristão é aquele que aprendeu a hospedar.

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Segundo o Papa, Jesus mostrou aos discípulos que o caminho do cristão é transformar o coração.”Aprender a viver de forma diferente, com outra lei, sob outra norma. É passar da lógica do egoísmo, do fechamento, da luta, da divisão, da superioridade para a lógica da vida, da gratuidade, do amor. Passar da lógica do dominar, esmagar, manipular para a lógica do acolher, receber, cuidar”.

Ele afirmou que a Igreja é a casa da hospitalidade e que muito bem pode ser feito quando se aprende a linguagem da hospitalidade, do acolher. “Quantas feridas, quanto desespero se pode curar numa casa onde alguém se sente bem-vindo! Para isso é necessário que a porta esteja aberta, também a porta do coração”.

Foto: Reprodução / CTV

Para o Papa, é preciso praticar hospitalidade com o faminto, o sedento, o forasteiro, o nu, o enfermo, o encarcerado (cf. Mt 25, 34-37), com o leproso, o paralítico. “Hospitalidade com aquele que não pensa como nós, com a pessoa que não têm fé ou a perdeu. Hospitalidade com o perseguido, o desempregado. Hospitalidade com as culturas diferentes, de que esta terra é tão rica. Hospitalidade com o pecador”, ressaltou.

Por fim, considerou que não se pode obrigar ninguém hospedar; “isto é certo e faz parte da nossa pobreza e da nossa liberdade”. “Mas é certo também que ninguém nos pode obrigar a não sermos acolhedores, hospedeiros da vida do nosso Povo”, afirmou o Pontífice.

No último dia de sua visita à América do Sul, Francisco ainda tem reservado um encontro e um almoço com os bispos paraguaios e um momento especial com os jovens, na Avenida Costanera de Assunção.

sábado, 11 de julho de 2015

"Missa contará com altar composto por grãos e sementes"

Neste domingo, 12, o Papa Francisco presidirá a Santa Missa em um altar composto por diversas sementes

Jessica Marçal
Enviada especial ao Paraguai

Um altar muito peculiar foi montado para a celebração da Santa Missa presidida pelo Papa Francisco neste domingo, 12, em Nu Azu, na cidade de Luque, Paraguai. Toda ornamentada com sementes e grãos típicos da região, a obra é fruto do trabalho do artista plástico paraguaio Koki Ruiz.

Aproximadamente 20 pessoas trabalharam cerca de dois meses e meio no projeto / Fonte: Jéssica Marçal

Coco, milho, abóboras e diversas sementes compõem o altar no qual o Santo Padre presidirá a Santa Missa, um dos momentos mais aguardados de sua visita ao Paraguai. A inspiração dessa obra de arte veio da cultura guarani, que pensa que a terra precisa ser cuidada, conforme explicou Koki.

“A terra é a mãe terra e uma mãe alimenta seus filhos por igual. Então esses frutos da terra representam pão para todos”, explicou o artista.

Aproximadamente 20 pessoas trabalharam cerca de dois meses e meio no projeto. A ideia, no entanto, é mais antiga. Em 1992 Koki e sua equipe começaram a trabalhar com arte e religiosidade popular e a empregar e a valorizar esse tipo de material.

Outra curiosidade desse projeto é que, em cada uma das 200 mil frutas de coco que compõem o altar, há o nome de pessoas e famílias que fizeram um pedido de oração. Elas participaram da iniciativa por meio de uma página do Facebook enviando o nome de seus familiares e pessoas queridas.

Na véspera da Celebração Eucarística, muitas pessoas já visitaram o local para conferir de perto a obra de arte. O sentimento do artista não poderia ser outro se não a satisfação.

“Eu me sinto plenamente satisfeito com o fato de a obra ter sido participativa e por cada frutinha de coco ter o nome de alguém, e porque o povo sentiu essa obra como sua. O povo paraguaio sente de forma geral que essa é uma obra sua para o Papa. Isso é o mais importante. Em cada coco há fé, alegria, sentimento e esperança”.

"Os adultos devem ser como as crianças, diz Papa em hospital"

O Papa Francisco iniciou o seu sábado, 11, visitando as crianças hospitalizadas no Centro Pediátrico “Niños de Acosta Ñu”

Monique Coutinho
Da redação

Na manhã deste sábado, 11, o Papa Francisco iniciou suas atividades no Paraguai visitando o hospital pediátrico “Niños de Acosta Ñu”, localizado em Assunção, capital do país, e que atende cerca de 90 crianças.

“Para Jesus, uma criança é muito importante.” / Fonte: CTV

Ao chegar no hospital, por volta das 9h30 (horário de Brasília), o Pontífice foi recepcionado por muitas pessoas que o aguardavam do lado de fora, e também por diversas crianças que estão internadas, seus familiares e funcionários do local.

Em sua saudação, o Santo Padre pediu pela recuperação das crianças e pela força dos pais ali presentes. “Este é um hospital onde muitas crianças sofrem, e eu quero dizer para elas e para vocês, mamães e papais, que rezo por vocês e pelos seus filhos, para que a Virgem Maria esteja sempre com vocês, para que Jesus dê saúde aos seus filhos”.

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O Pontífice destacou ainda que para Jesus, uma criança é muito importante, tanto que os adultos devem ser como elas para chegar ao Reino do Céu. “É tão importante a vida de uma criança”. Logo após, o Papa agradeceu aos médicos, enfermeiros, funcionários e a todos os que lutam e se sacrificam pela saúde dos pequenos.

Ao concluir, o Santo Padre convidou todos ali presentes para rezar uma Ave-Maria. E assim o fizeram. Após, o Papa saudou aos demais e partiu rumo ao seu próximo compromisso, a celebração da Santa Missa, na Praça do Santuário Mariano de Caacupé

"Papa Francisco passou por cadeia feminina no Paraguai"

Menos de uma hora depois de ter chegado ao aeroporto internacional de Assunção, o Papa Francisco passou por uma cadeia feminina 

Agência Ecclesia

Nesta sexta-feira, 10, o Papa Francisco passou por uma cadeia feminina em Assunção, capital do Paraguai, numa parada fora do programa oficial da viagem à América Latina.

Menos de uma hora depois de ter chegado ao aeroporto internacional de Assunção, o papamóvel parou em frente ao centro prisional do Bom Pastor, para que Francisco pudesse ouvir o canto do coro das reclusas.

Centenas de pessoas estavam reunidas junto ao local. A ministra da Justiça do Paraguai, Sheila Abed, esteve presente e agradeceu a visita do Santo Padre.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

"Eucaristia é o Pão repartido para a vida do mundo, diz Papa"

Na homilia desta quinta-feira, 9, o Papa Francisco afirma que o Sacramento da Comunhão faz as pessoas saírem do individualismo para viver juntas o seguimento de Jesus

Monique Coutinho
Da Redação

Nesta quinta-feira, 9, o Papa Francisco presidiu a sua primeira Missa em território boliviano. A Celebração Eucarística ocorreu na Praça do Cristo Redentor, em Santa Cruz de La Sierra, considerada a segunda maior cidade do país.

“O olhar de Jesus não aceita uma lógica nem uma perspectiva que sempre ‘corta o fio pelo ponto mais frágil, mais necessitado’”, afirma o Papa / Foto: Reprodução CTV

O Santo Padre inicia sua homilia observando as diversas pessoas que saem de suas regiões e povoados para celebrar a presença de Deus e ouvir a Sua Palavra. E diz que, durante a sua viagem pela América Latina, presenciou muitas mães carregando seus filhos nas costas.

Ao refletir sobre essa realidade, o Sumo Pontífice afirma que essas mulheres, além dos filhos, carregam em si a alegria e a esperança, bem como as tristezas, amarguras e memórias do povo. “Carregais sobre vós a memória do vosso povo. Porque os povos têm memória, uma memória que passa de geração em geração, uma memória em caminho”.

O Bispo de Roma ressalta que este caminho é cansativo e que, por vezes, faltam-nos forças para manter viva a esperança. “Quantas vezes vivemos situações que pretendem nos anestesiar a memória e, deste modo, debilita-se a esperança e, pouco a pouco, perdem-se os motivos de alegria. E começa a apoderar-se de nós uma tristeza que nos torna individualistas e que nos faz perder a memória de povo amado, de povo escolhido. E essa perda nos desagrega e faz com que nos fechemos aos outros, especialmente aos mais pobres.”

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Em razão desta fragilidade, o Santo Padre ressalta que é fácil ganhar espaço a lógica imposta pelo mundo atual, a qual procura transformar tudo em “objeto de troca e de consumo”, ou seja, em algo negociável.

“Uma lógica que pretende deixar espaço para poucos, descartando todos aqueles que não produzem, que não são considerados aptos ou dignos, porque, aparentemente, os números não batem certo. Jesus retoma a palava para nos dizer: ‘Não é necessário irem embora; dai-lhes vós mesmos de comer’ (cf. Lc 9, 13)”.

Sua Santidade salienta que o olhar de Jesus não aceita a lógica nem a perspectiva que sempre “corta o fio pelo ponto mais frágil, mais necessitado”. E afirma que a multiplicação dos pães e peixes é um exemplo do verdadeiro caminho. “Este é o caminho do milagre. Por certo, não é magia nem idolatria”.

Segundo Francisco, há três ações nesta verdade que precisam ser destacadas: “Tomar, bendizer e entregar”. “Tomar”. O ponto de partida é tomar muito a sério a vida dos seus. Fixa-os nos olhos e, nestes, conheça a sua vida e os seus sentimentos (…). “Bendizer”. Jesus toma em suas mãos o dom e bendiz o Pai que está nos céus. (…). “Entregar”. Em Jesus, não existe um tomar que não seja bênção, nem uma bênção que não seja entrega.”

O Pontífice destaca que a “Eucaristia é o Pão repartido para a vida do mundo”. E afirma que o Sacramento da Comunhão faz as pessoas saírem do individualismo para viver juntas o seguimento de Jesus.

Ao concluir sua homilia, o Sucessor de Pedro recorda que Jesus quer que todos participem desta vida de comunidade e que, por intermédio d’Ele, é preciso multiplicar cada vez mais na sociedade a cultura do encontro. “Uma vida memoriosa precisa dos outros, do intercâmbio, do encontro, duma solidariedade real que seja capaz de entrar na lógica do tomar, do bendizer e do entregar; na lógica do amor.”

Íntegra da homilia do Papa Francisco na Bolívia - 09/07/2015

Homilia
Viagem apostólica do Papa Francisco
Praça do Cristo Redentor, Santa Cruz de La Sierra, Bolívia
Quinta-feira, 9 de Julho de 2015

Viemos de lugares, regiões, povoados distintos, para celebrar a presença viva de Deus entre nós. Há horas que saímos de nossas casas e comunidades, para podermos estar juntos como Povo Santo de Deus. A cruz e a imagem da missão trazem-nos à memória todas as comunidades que nasceram sob o nome de Jesus nestas terras e das quais somos herdeiros.

No Evangelho que acabamos de ouvir, descrevia-se uma situação muito semelhante à que estamos a viver agora. Como aquelas quatro mil pessoas, também nós estamos desejosos de ouvir a Palavra de Jesus e receber a sua vida. Eles ontem e nós hoje, ao pé do Mestre, Pão de vida.

Nestes dias, pude ver muitas mães que carregavam seus filhos às costas, como aliás muitas de vós o fazem aqui. Carregando sobre si a vida, o futuro do seu povo. Carregando os motivos da sua alegria, as suas esperanças. Carregando a bênção da terra nos frutos. Carregando o trabalho feito com as suas mãos. Mãos, que moldaram o presente e tecerão os sonhos do amanhã. Mas carregando também sobre os seus ombros decepções, tristezas e amarguras, a injustiça que parece não ter fim e as cicatrizes duma justiça não realizada. Carregando sobre si mesmas a alegria e a dor duma terra. Carregais sobre vós a memória do vosso povo. Porque os povos têm memória, uma memória que passa de geração em geração, uma memória em caminho.

E não são poucas as vezes que experimentamos o cansaço deste caminho. Não são poucas as vezes que nos faltam as forças para manter viva a esperança. Quantas vezes vivemos situações que pretendem anestesiar-nos a memória e, deste modo, debilita-se a esperança e, pouco a pouco, perdem-se os motivos de alegria. E começa a apoderar-se de nós uma tristeza que nos torna individualistas, que nos faz perder a memória de povo amado, de povo escolhido. E esta perda desagrega-nos, faz com que nos fechemos aos outros, especialmente aos mais pobres.

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Pode suceder a nós o mesmo que aos discípulos de ontem, quando viram a quantidade de pessoas que estava lá. Pedem a Jesus que a mande embora, já que é impossível alimentar tanta gente. Perante muitas situações de fome no mundo, podemos dizer: «Os números não batem certo; não podemos resolver a conta». É impossível enfrentar estas situações; então o desespero acaba por apoderar-se do coração.

Num coração desesperado, é muito fácil ganhar espaço a lógica que pretende impor-se no mundo de hoje. Uma lógica que procura transformar tudo em objecto de troca, de consumo: vê tudo negociável. Uma lógica que pretende deixar espaço para muito poucos, descartando todos aqueles que não «produzem», que não são considerados aptos ou dignos porque, aparentemente, «os números não batem certo». Jesus retoma a palava para nos dizer: Não é necessário irem embora; dai-lhes vós mesmos de comer.

É um convite que hoje ressoa fortemente para nós: «Não é necessário mandar ninguém embora, basta de descartes; dai-lhes vós mesmos de comer». Jesus continua a dizer-nos nesta praça: Sim, basta de descartes; dai-lhes vós mesmos de comer. O olhar de Jesus não aceita uma lógica, uma perspectiva que sempre «corta o fio» pelo ponto mais frágil, mais necessitado. Tomando «o pedaço», Ele mesmo nos dá o exemplo, nos mostra o caminho. Uma atitude em três palavras: toma um pouco de pão e alguns peixes, bendiz a Deus por eles, divide-os e entrega para que os discípulos os partilhem com os outros. Este é o caminho do milagre. Por certo, não é magia nem idolatria. Por meio destas três acções, Jesus consegue transformar a lógica do descarte numa lógica de comunhão, de comunidade. Gostaria de destacar brevemente cada uma destas acções.

Toma. O ponto de partida é tomar muito a sério a vida dos seus. Fixa-os nos olhos e, nestes, conhece a sua vida, os seus sentimentos. Vê, naquele olhar, o que pulsa e o que deixou de pulsar na memória e no coração do seu povo. Considera-o e valoriza-o. Valoriza todo o bem que possam oferecer, todo o bem a partir do qual se possa construir. Mas não fala dos objectos, dos bens culturais ou das ideias; fala das pessoas. A riqueza maior duma sociedade mede-se na vida do seu povo, mede-se nos idosos que conseguem transmitir aos mais novos a sua sabedoria e a memória do seu povo. Jesus nunca ignora a dignidade de pessoa alguma, por maior que seja a aparência de não ter nada para oferecer ou partilhar.

Bendiz. Jesus toma em suas mãos o dom, e bendiz o Pai que está nos céus. Sabe que estes dons são um presente de Deus. Por isso, não os trata como «uma coisa qualquer», dado que toda esta vida é fruto do amor misericordioso. Ele reconhece-o. Vai além da simples aparência e, neste gesto de bendizer, de louvar, pede a seu Pai o dom do Espírito Santo. Aquele acto de bendizer tem esta dupla perspectiva: por um lado, agradecer e, por outro, transformar. É reconhecer que a vida é sempre um dom, um presente que, colocado nas mãos de Deus, adquire uma força de multiplicação. O nosso Pai não nos tira nada, multiplica tudo.

Entrega. Em Jesus, não existe um tomar que não seja bênção, nem uma bênção que não seja entrega. A bênção é sempre missão, tem um destino: repartir, partilhar o que se recebeu, uma vez que só na entrega, no com-partilhar é que as pessoas encontram a fonte da alegria e a experiência da salvação. Uma entrega que quer reconstruir a memória de povo santo, de povo convidado, chamado a ser portador da alegria da salvação. As mãos, que Jesus ergue para bendizer o Deus do céu, são as mesmas que distribuem o pão à multidão que tem fome. Podemos imaginar como os pães e os peixes iam passando de mão em mão até chegar aos mais afastados. Jesus consegue gerar uma corrente entre os seus: todos estavam compartilhando o seu, transformando-o em dom para os outros, e foi assim que comeram até ficarem saciados. E, incrivelmente, sobrou: recolheram sete cestos de sobras. Uma memória tomada, abençoada e entregue sempre sacia um povo.

A Eucaristia é «Pão repartido para a vida do mundo», como diz o lema do V Congresso Eucarístico que hoje inauguramos e vai realizar-se em Tarija. É sacramento de comunhão, que nos faz sair do individualismo para vivermos juntos o seguimento de Jesus e nos dá a certeza de que aquilo que temos e somos, se tomado, abençoado e entregue, pelo poder de Deus, pelo poder do seu amor, transforma-se em pão de vida para os outros.

A Igreja é uma comunidade memoriosa. Por isso, fiel ao mandato do Senhor, repete incansavelmente: «Fazei isto em memória de Mim» (Lc 22, 19). Geração após geração actualiza, nos distintos cantos da nossa terra, o mistério do Pão da Vida. No-lo faz presente e entrega. Jesus quer que participemos desta sua vida e, por nosso intermédio, se vá multiplicando na nossa sociedade. Não somos pessoas isoladas, separadas, mas o Povo da memória actualizada e sempre entregue.

Uma vida memoriosa precisa dos outros, do intercâmbio, do encontro, duma solidariedade real que seja capaz de entrar na lógica do tomar, bendizer e entregar; na lógica do amor.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

"Papa Francisco pede acomodações simples na Bolívia"

O Papa Francisco pediu que não lhe preparassem acomodações especiais durante a sua visita apostólica à Bolívia

Daniel Machado, 
Enviado especial a Santa Cruz de La Sierra

Nesta quarta-feira, 8, o Papa Francisco encerra sua visita ao Equador, e segue para a Bolívia, às 14h (horário de Brasília), com previsão de chegada às 17h15. O Pontífice desembarcará no Aeroporto Internacional de El Alto, em La Paz, capital do país.

Organizadora das acomodações pontifícias em Santa Cruz de La Sierra, Sandra Cerrado / Foto: Daniel Machado

De acordo com a organizadora das acomodações pontifícias em Santa Cruz de La Sierra, Sandra Cerrado, o Santo Padre pediu que não lhe preparassem acomodações especiais durante a sua visita apostólica à Bolívia. Segundo ela, o Vaticano pediu que as acomodações para comitiva papal fossem o mais simples possível, porque o Papa não se agrada com luxos.

“Ao total serão oito quartos para oito pessoas que acompanham o Papa, mas ele pediu que o seu quarto fosse igual a de todos os outros, então preparamos tudo muito bonito como se fosse para oito Papas”, disse Sandra

Acesse

Sandra Cerrado revelou que a cama de Francisco foi feita no Brasil com um material desenvolvido pela NASA, especialmente para ele. A empresa fez questão de gravar o nome “Papa Francisco” no colchão. “Tudo o que foi feito para o Papa também foi concedido para os que o acompanham”, relatou.

“O Papa quer beber, quer comer nas mesmas condições das outras pessoas, não quis nada de especial para ele. É um homem muito simples, dispensou mordomos, disse que todos iam fazer as mesmas coisas que se fazem sempre. Com estas coisas o Papa nos surpreende, mais uma vez, com a sua simplicidade”, testemunhou Sandra.

Papa na Bolívia

O Papa Francisco é o segundo Pontífice a pisar em terras bolivianas. Em 1986, João Paulo II visitou a Bolívia em uma visita de 6 dias. Em terras bolivianas Francisco visitará primeiro a capital La Paz, que fica a 3600 metro acima do nível do mar.

Em La Paz visitará o presidente Evo Morales, e terá um encontro com religiosos e autoridades civis na catedral de La Paz. Às 20hs (local) embarca de avião para Santa Cruz de La Sierra, onde ficará até o dia 10, quando partirá para o Paraguai.

terça-feira, 7 de julho de 2015

"Família é uma riqueza social insubstituível, diz Papa no Equador""

Na primeira Missa celebrada no Equador, o Papa Francisco destacou a família como uma riqueza social insubstituível

André Cunha
Da redação

O Equador vive dias especiais com a presença do Papa Francisco em suas terras. Esta segunda-feira, 6, foi o dia da primeira Missa presidida pelo Pontífice em solo equatoriano. Especificamente, a celebração aconteceu no Parque Samanes, em Guayaquil, maior cidade do Equador e principal porto do país.

Na homilia, o Papa Francisco destacou a família como a grande “riqueza social, que outras instituições não podem substituir”. O Santo Padre disse que ela deve ser ajudada e reforçada “para não perder jamais o justo sentido dos serviços que a sociedade presta aos cidadãos”.

“Na família, a fé mistura-se com o leite materno: experimentando o amor dos pais, sente-se envolvido pelo amor de Deus”, disse o Papa na homilia / Foto: Reprodução CTV

Em outubro, a Igreja celebrará o Sínodo Ordinário dedicado às famílias. O objetivo, segundo o Pontífice, é amadurecer um verdadeiro discernimento espiritual e encontrar soluções concretas para as inúmeras dificuldades e importantes desafios que a família enfrenta nos dias atuais.

O Bispo de Roma pediu que os fiéis intensifiquem as orações por este evento para que, mesmo aquilo que pareça impuro, escandalize ou espante, “Deus – fazendo-o passar pela sua ‘hora’ – possa milagrosamente transformá-lo”.

A reflexão sobre a família, na Missa desta segunda-feira, 6, foi motivada pelo Evangelho de São João, que narra o episódio das Bodas de Caná. No contexto, Maria leva a Jesus o problema da falta de vinho. Ele, segundo os relatos bíblicos, realiza o milagre e transforma a água em vinho.

Para o Papa, Maria ensina o exercício de colocar-se sempre à disposição de Jesus, que veio para servir, não para ser servido. “O serviço é o critério do verdadeiro amor. E isso aprende-se especialmente na família, onde nos tornamos servidores uns dos outros por amor. Dentro da família, ninguém é descartado”.

“Na família, os milagres fazem-se com o que há, com o que somos, com aquilo que a pessoa tem à mão. Muitas vezes, não é o ideal, não é o que sonhamos nem o que ‘deveria ser’. O vinho novo das bodas de Caná nasce das talhas de purificação, isto é, do lugar onde todos tinham deixado o seu pecado”, considerou o Papa.

O Papa concluiu a homilia, afirmando que o melhor dos “vinhos” ainda não veio para cada pessoa que aposta no amor. “E ainda não veio, mesmo que todas as variáveis e estatísticas digam o contrário; o melhor vinho ainda não chegou para aqueles que hoje veem desmoronar-se tudo”.

Francisco encerrou a homilia pedindo: “Como Maria nos convida, façamos ‘o que Ele nos disser’ e agradeçamos por, neste nosso tempo e nossa hora, o vinho novo, o melhor, nos fazer recuperar a alegria de ser família”.

Após a Missa, o Santo Padre almoça com a Comunidade dos Jesuítas e com a comitiva papal. Em seguida, retorna à Quito onde, ainda nesta segunda-feira, 6, visita o Presidente da República e a catedral da cidade.