Em videoconferência, o Papa Francisco manifestou seu desejo de estar próximo às pessoas, encorajou os jovens e uma mãe solteira, nos EUA
Da redação, com Rádio Vaticano
A rede de televisão norte-americana “ABC News” transmitiu, nesta sexta-feira, 4, às dez horas da noite, horário local, uma videoconferência na qual o Papa Francisco dialogou com três grupos católicos: estudantes jesuítas de Chicago, uma comunidade de fronteira do Texas e voluntários de Chicago. O evento deu-se em vista da próxima Viagem Apostólica que o Santo Padre fará aos EUA, de 23 a 27 próximos.
Em videoconferência, Francisco se fez próximo ao povo norte-americano / Foto: Reprodução ABC News
Antes de começar o diálogo, sobretudo com os imigrantes e as pessoas vítimas de várias formas de dificuldades sociais, o Papa ouviu um canto de uma representante da comunidade de imigrantes da fronteira com o México.
A seguir, falando em espanhol, Francisco explicou o objetivo específico da sua viagem ao país: “Vou aos EUA para estar perto da gente e ajudá-la no caminho da vida. Estou a serviço de todas as Igrejas e de todos os homens e mulheres de boa vontade. Para mim existe uma coisa muito importante que é a proximidade. Para mim, é difícil não estar próxima da gente. Quando me aproximo das pessoas, eu entendo melhor a sua história e as ajudo a caminhar pelas estradas da vida”.
Uma jovem, Valery Herrera, de uma escola para marginalizados, dirigida por Jesuítas em Chicago, falou ao Papa sobre a dureza da vida, sobretudo da sua juventude e lhe perguntou: “O que o senhor espera de nós jovens”?
E o Papa lhe respondeu: “Espero duas coisas: em primeiro lugar que os jovens jamais caminhem sozinhos na vida, mas bem acompanhados, dando a mão a Jesus e a Maria. Depois, que caminhem com coragem…”
“Vocês sabem quanto é triste ver um jovem não corajoso! Ele é um jovem triste, com o rosto aflito, sem ânimo. A coragem dá alegria e a alegria dá esperança, que é um dom de Deus. Claro, encontramos tantas dificuldades no nosso caminho, mas não devemos temer, pois temos a força para enfrentá-las. Temos que ser prudentes, atenciosos! Não se espantem! Não parem!”, completou.
O Papa também consolou e disse palavras encorajadoras a uma mãe solteira, acompanhada de suas duas filhas. “Você é uma mulher corajosa, porque foi capaz de trazer ao mundo estas duas filhas. Você poderia tê-las matado, quando ainda estavam em seu seio. Mas, respeitou a vida, sobretudo aquela que crescia nas suas entranhas. Por isso, Deus lhe premiou com estas duas criaturas. Você não deve ter vergonha, mas caminhar de cabeça erguida. Parabéns! Que Deus a abençoe!”
Depois, a conexão se transferiu para o sul do país, no Texas, uma terra quente e árida, habitada por milhares de migrantes. Dali, um imigrante, Ricardo, contou a Francisco sobre sua vida, sua pobreza e a educação que recebeu. E perguntou ao Papa: “Como resolver o grave problema dos imigrantes?”
Respondendo ao jovem Ricardo, o Santo padre recordou a maior injustiça da história da humanidade: a cruz de Jesus. Ele nasceu na estrada, como sem-teto; ele aceitou morrer silenciosamente na Cruz. Eis porque ele compreende o drama deste mundo, onde um homem aproveita do outro, disse Francisco, que acrescentou:
“Todos nós somos criados para a amizade social. Todos somos responsáveis por todos. Devemos ajudar o outro segundo as próprias possibilidades. Deus nos criou para a amizade social. Cada um deve fazer sua escolha pessoal em seu coração!”.
Ao término da videoconferência, o Papa Francisco expressou seu apreço pela coragem de tantas pessoas necessitadas, de modo particular de uma criança de 11 anos, Wendy, vinda com sua mãe de El Salvador para fugir das violências dos grupos armados do país. Todas estas experiências, disse o Papa, refletem o “eco do silêncio de Deus”.
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