sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Papa: o perdão de Deus não é uma sentença de tribunal

Papa falou da compaixão de Deus, que significa colocar-se no lugar do outro; o perdão de Deus é com coração de Pai, e não como uma sentença de tribunal

Da Redação, com Rádio Vaticano

A homilia do Papa Francisco nesta sexta-feira, 30, teve como foco a compaixão de Deus. O Santo Padre enfatizou que Deus perdoa os pecados do homem como Pai, não como um funcionário do tribunal que dá uma sentença de absolvição.

Francisco fala da compaixão de Deus / Foto: L’Osservatore Romano
“Deus tem compaixão. Tem compaixão por cada um de nós, tem compaixão da humanidade e mandou seu Filho para curá-la, para regenerá-la, para renová-la (…) É interessante que na parábola que todos conhecemos, do Filho Pródigo, diz-se que quando o pai – que é uma representação de Deus que perdoa – vê chegar seu filho, teve compaixão. A compaixão de Deus não é ter piedade: uma coisa não tem nada a ver com a outra”.

Como exemplo, Francisco disse que uma pessoa pode ter piedade do cachorro que está morrendo, mas a compaixão de Deus é colocar-se no problema, na situação do outro, com o coração de Pai. Por isso Deus mandou seu Filho.

“Jesus curava as pessoas, mas não era um curandeiro. Não! Curava as pessoas como um sinal da compaixão de Deus, para salvá-las, para trazer de volta a ovelha perdida, o dinheiro perdido daquela senhora na carteira. Deus tem compaixão. Deus coloca o seu coração de Pai, coloca o seu coração por cada um de nós. E quando Deus perdoa, perdoa como um Pai e não como um funcionário do tribunal, que lê a sentença e diz: ‘Absolvido por insuficiência de provas’. Nos perdoa por dentro. Perdoa porque se colocou no coração desta pessoa”.

E da mesma forma que Jesus foi enviado para trazer a Boa Nova e libertar aqueles que se sentem oprimido, assim devem fazer os padres. “É isto que faz um sacerdote: comover-se, comprometer-se na vida das pessoas, porque um padre é um sacerdote, assim como Jesus é sacerdote. Quantas vezes – e depois temos que nos confessar – criticamos aqueles padres aos quais não interessa aquilo que acontece em sua congregação, que não se preocupam. Não, não é um bom padre! Um bom padre é aquele que se preocupa”.

Um bom padre, concluiu o Papa, é aquele que se envolve em todos os problemas humanos. Ele destacou o serviço oferecido à Igreja pelo Cardeal Javier Lozano Barragán, presente na Missa, por ocasião dos seus 60 anos de sacerdócio. Francisco recordou com gratidão o seu empenho no dicastério para os Agentes de Saúde, no serviço que a Igreja presta aos doentes. “Damos graças a Deus por esses 60 anos de sacerdócio, este é um presente que o Senhor faz ao Cardeal Barragán: Poder viver assim por 60 anos”.

Detentas fazem flash mob em homenagem ao Papa

Ala do presídio feminino de Rebibbia reuniu detentas de várias crenças no flash mob “O Papa é Pop”, uma forma de mostrar o carinho por Francisco

Da Redação, com Rádio Vaticano


Flash mob no presídio de Rebibbia / Foto: Twitter Pope is Pop

“O Papa é pop” é o nome de um flash mob improvisado nesta quinta-feira, 29, no presídio feminino de Rebibbia, na Itália, para homenagear o Papa Francisco. As detentas quiseram demonstrar seu afeto pelo Papa, cantando e dançando juntas para mostrar sua alegria com a mensagem de esperança que Francisco faz chegar também a quem está preso.

A apresentação envolveu 50 mulheres da seção feminina do presídio de Rebibbia. Detentas de fé e de cultura diferentes se uniram em uma única paixão: o Papa e a mensagem que ele transmite. A iniciativa partiu do italiano Igor Nogarotto.

“ ‘O Papa é pop’ nasce simplesmente do fato de que Francisco me fascinou. Eu não sou crente, mas me aproximei da Igreja graças a ele, graças ao seu carisma, ao seu modo de ser um pouco fora dos esquemas, mas sobretudo por ser ‘pop’, popular. Ou seja, a vontade de estar em meio ao povo, de estar próximo às pessoas que precisam”, contou Igor.

Esse foi o primeiro flash mob realizado em um presídio italiano. Segundo Igor, a prisão reúne detentas de vários lugares – Tanzânia, Nigéria, Canadá, Libéria – são mulheres que erraram, mas também para elas existe o perdão e a possibilidade de reabilitação.

“São pessoas que erraram, mas podemos dar a elas a possibilidade de serem reinseridas na sociedade, através do sacrifício, do trabalho, do estudo, mas também através de atividades artísticas. E essa é uma coisa que me parece que Francisco diz, estando próximo às pessoas. E mais, é incrível que mulheres católicas, muçulmanas e ortodoxas dancem juntas para o Papa Francisco”, acrescentou Igor.

Segundo a diretora da seção feminina do presídio, Ida Del Grosso, essas iniciativas têm uma particular importância e devem ser sempre acolhidas com fervor, pois possibilitam uma mensagem de unidade. “Elas superaram suas diferenças de idioma, de cultura, trabalharam juntas para a dança, mas para uma dança que tinha um significado grande, de dizer: ‘Papa, estás conosco; te agradecemos porque pensas sempre em nós: nós somos as últimas da sociedade”.

O presídio de Rebibbia já recebeu a visita de Francisco, mas na ala masculina. Ida recordou com emoção os momentos ao lado do Papa. “Viveram a experiência da Missa que o Papa celebrou com elas como se fossem pessoas livres. Puderam mostrar aos seus familiares como o presídio pode dar a elas possibilidades, como aquela de encontrar o Papa. Por que não?”.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Deus não condena, só pode amar, diz Papa

Na Missa de hoje, Papa lembrou que a impotência de Deus é o amor pela humanidade; Deus pode tudo, menos deixar de amar

Da Redação, com Rádio Vaticano

Deus não condena, Ele só pode amar e o amor é a sua fraqueza e a vitória do homem. Essa foi, em resumo, a reflexão do Papa Francisco na Missa desta quinta-feira, 29, na Casa Santa Marta.


Francisco durante Missa na Casa Santa Marta / Foto: L’Osservatore Romano

Da primeira Leitura, Francisco destacou a fala de São Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”. O Papa explicou que é como se o cristão tivesse em mãos essa força da segurança de vencedor, como uma propriedade, e pudesse dizer “sou campeão”. Mas o sentido é outro, disse. O que faz o cristão vencedor é o fato de que nada poderá separá-lo do amor de Deus.

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“Não é que nós somos vencedores sobre os nossos inimigos, sobre o pecado. Não! Nós estamos tão ligados ao amor de Deus que ninguém, nenhum poder, nada poderá nos separar deste amor. Paulo viu no dom, viu mais, aquilo que dá o dom: é o dom da recriação, é o dom da regeneração em Cristo Jesus. Viu o amor de Deus. Um amor que não se pode explicar”.

A impotência de Deus é a sua incapacidade de não amar

Francisco explicou que cada pessoa pode até rejeitar esse dom, preferindo a sua vaidade, o seu orgulho, o seu pecado. Mas mesmo assim o dom está ali.

“O dom é o amor de Deus, um Deus que não pode se separar de nós. Essa é a impotência de Deus. Nós dizemos: ‘Deus é poderoso, pode fazer tudo!’. Menos uma coisa: separar-se de nós! No Evangelho, aquela imagem de Jesus que chora sobre Jerusalém nos faz entender algo desse amor. Jesus chorou! Chorou sobre Jerusalém e naquele choro está toda a impotência de Deus: a sua incapacidade de não amar, de não se separar de nós”.

A segurança do homem: Deus não condena, só pode amar

Sobre esse episódio do Evangelho, o Papa explicou que Jesus chorou sobre Jerusalém que matou os seus profetas, aqueles que anunciavam a sua salvação. E Deus disse: “Quantas vezes quis reunir os teus filhos como uma galinha e os seus pintinhos sob suas asas e vocês não quiseram”. Essa é uma imagem de ternura, lembrou o Papa, e por isso São Paulo entende e diz que foi convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos e nem nada pode separar o homem desse amor divino.

“Deus não pode não amar! E essa é a nossa segurança. Eu posso rejeitar aquele amor, posso rejeitar como fez o bom ladrão, até o fim da sua vida. Mas ali o esperava aquele amor. O pior, o que mais diz blasfêmias é amado por Deus com uma ternura de pai. E como diz Paulo, como diz o Evangelho, como diz Jesus: ‘Como uma galinha com os pintinhos’. E Deus, o Poderoso, o Criador pode fazer tudo: Deus chora! Neste choro de Jesus sobre Jerusalém, naquelas lágrimas, está todo o amor de Deus. Deus chora por mim, quando eu me afasto; Deus chora por cada um de nós; Deus chora por aqueles malvados, que fazem tantas coisas ruins, tanto mal à humanidade…Espera, não condena, chora. Por que? Porque ama!”.

Papa cria fundação para a promoção da educação católica

 Fundação Gravissimum educationis vai se dedicar a questões científicas e culturais para promover a educação católica no mundo

Da Redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco criou um organismo para a promoção da educação católica: a Fundação Gravissimum educationis. O quirógrafo – documento de próprio punho – escrito pelo Santo Padre foi publicado nesta quarta-feira, 28, pelo Vaticano.

Francisco acolhe, assim, a um pedido da Congregação para a Educação Católica, criando a fundação como pessoa jurídica pública canônica e como pessoa jurídica civil. A Fundação deve se ocupar de finalidades científicas e culturais voltadas a promover a educação católica no mundo.

A criação da Fundação se dá por ocasião do 50º aniversário da Declaração Gravissimum educationis sobre a educação cristã, promulgada pelo Concílio Vaticano II em 28 de outubro de 1965. O Santo Padre agradece à Congregação para a Educação Católica pelas iniciativas promovidas em comemoração deste cinquentenário.

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No documento, Francisco lembra que a Igreja reconhece que a extrema importância da educação na vida do homem e a sua incidência sempre maior no progresso social contemporâneo estão profundamente ligadas ao cumprimento do mandato recebido de seu divino Fundador: anunciar o mistério da salvação a todos os homens e de instaurar tudo em Cristo.

A Fundação será regida pelas leis canônicas vigentes na Igreja e pelas leis civis vigentes na Cidade do Vaticano, bem como por seu Estatuto.

Na catequese, Papa convida a seguir no diálogo inter-religioso

Pessoas de diferentes religiões se uniram com o Papa, na Praça de São Pedro, em uma catequese inter-religiosa, comemorando os 50 anos da declaração Nostra aetate

Jéssica Marçal
Da Redação


Papa Francisco na catequese de hoje / Foto: Reprodução CTV

A catequese do Papa Francisco, nesta quarta-feira, 28, contou com a participação de pessoas de diferentes religiões, em comemoração aos 50 anos da declaração
Nostra aetate, sobre a relação da Igreja com as religiões não cristãs. O documento é fruto do Concílio Vaticano II.

“A mensagem da declaração é sempre atual”, frisou o Papa, destacando alguns pontos da declaração, como a unicidade da família humana, a crescente inter-dependência dos povos, a comum origem da humanidade e o olhar benevolente e atento da Igreja sobre religião.

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“A Igreja olha com estima para os crentes de todas as religiões, apreciando o seu empenho espiritual e moral. A Igreja aberta ao diálogo com todos é, ao mesmo tempo, fiel à sua crença”, disse Francisco.

Ao longo desses 50 anos, várias foram as iniciativas de diálogo com as religiões não cristãs; o Santo Padre falou, em especial, do Encontro de Assis, em 1986, evento promovido por João Paulo II, na época Papa e hoje santo da Igreja Católica. Um ano antes, o Papa polonês já havia convidado todo os crentes em Deus a favorecer a amizade entre Deus e os homens.

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Como um dos exemplos desse caminho de diálogo, Francisco citou a transformação das relações entre cristãos e judeus. “Indiferença e oposição se transformaram em colaboração e benevolência. De inimigos e estranhos, tornamo-nos amigos e irmãos. O Concílio, com a declaração, traçou o caminho”.

Necessidade de respeito e oração recíprocos

O respeito recíproco é condição e, ao mesmo tempo, finalidade do diálogo inter-religioso, afirmou o Papa. Segundo ele, o mundo espera das pessoas que creem respostas efetivas sobre vários problemas, como a fome, a crise ambiental, a violência, em especial aquela que começa em nome da religião. “Nós crentes não temos receita para esses problemas, mas temos um grande recurso: a oração. E nós crentes rezamos, devemos rezar. A oração é o nosso tesouro”.

Francisco não deixou de comentar a realidade do terrorismo, que causou uma relação de suspeita e de condenação da religião. Ele lembrou que nenhuma religião está a salvo de ações fundamentalistas ou extremistas, e por isso mesmo é preciso olhar para os valores positivos que ela propõe. “Podemos caminhar juntos, tomando conta uns dos outros e da criação. Todos os crentes, de toda religião”.

O Papa concluiu falando do futuro do diálogo inter-religioso, o que depende, em primeiro lugar, da oração recíproca. “Possa a nossa oração, cada um segundo a própria tradição, aderir plenamente à vontade de Deus, que deseja que todos os homens se reconheçam irmãos e vivam como tal, formando a grande família humana na harmonia da diversidade”.

O último momento da catequese, que normalmente é o canto do “Pai-Nosso”, foi um instante de silêncio, em que o Papa convidou cada um a rezar, segundo suas próprias tradições. “Peçamos ao Senhor que nos faça mais irmãos entre nós e mais servidores dos nossos irmãos mais necessitados”.

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Dom Damasceno faz balanço do Sínodo sobre Família

 Ao fazer balanço do Sínodo sobre Família, Dom Damasceno reiterou verdades da Igreja e enfatizou a necessidade de discernimento e acolhimento nos casos difíceis

Jéssica Marçal
Enviada especial a Aparecida (SP)

O arcebispo de Aparecida (SP), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, concedeu uma entrevista coletiva nesta terça-feira, 27, sobre o Sínodo dos Bispos dedicado às famílias, concluído em Roma no último domingo. Dom Damasceno, que foi um dos três presidentes delegados da assembleia sinodal presidida pelo Papa Francisco, chegou ao Brasil nesta segunda-feira, 26.
Aos jornalistas, Dom Damasceno disse que não é fácil fazer um resumo de um evento tão denso como foi o Sínodo. “Os documentos referenciais foram o Documento de Trabalho, sobre o qual falei quando parti para Roma, que reproduz a conclusão final do Sínodo extraordinário do ano passado”.
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Casais de segunda união

Na coletiva, o arcebispo de Aparecida destacou alguns pontos do relatório final do Sínodo, apresentado no último sábado. Em especial, ele se referiu aos pontos 84, 85 e 86, que dizem respeito aos casais divorciados e recasados.

No documento, em nenhum momento fala-se de confissão ou comunhão de casais de segunda união, frisou o cardeal. O que o texto faz é dar algumas orientações muito importantes que dizem que a porta continua aberta, continua sendo um objeto de estudo e aprofundamento.

Desses trechos, Dom Damasceno destacou duas palavras importantes: discernimento e integração. Ele lembrou que o documento convida a uma integração e acolhimento desses casais, sem ser motivo de escândalo. A chave proposta pelo Sínodo é o acompanhamento desses casais, para que tenham uma convivência frutuosa na vida cristã. “O Papa lembrou que os casais de segunda união não podem ser abandonados pela Igreja. Então o Sínodo abre uma porta”.

No número 85 do documento, o texto recorda ainda, lembrou Dom Damasceno, um trecho da Familiaris consortio, documento escrito por João Paulo II ao final do Sínodo de 1984. Esse trecho fala dos vários motivos pelos quais uma união pode ter chegado ao fim e do discernimento que se deve ter no acolhimento a esses casais.

Um ponto que o cardeal deixou bem claro foi que a doutrina da Igreja permanece intocável: “o que Deus uniu, o homem não separe”. No caso da comunhão aos casais de segunda união, isso continua não sendo permitido pela Igreja, mas como mãe ela deve acolher as pessoas nessa situação.
Homossexuais

O ponto 76 do relatório final do Sínodo aborda a questão dos homossexuais. Dom Damasceno destacou que esse não foi um tema do Sínodo; a assembleia, tratou disso quando dizia respeito à família, ou seja, casos de famílias que possuem filhos ou algum outro membro que seja homossexual. Ele reiterou que a Igreja não reconhece a união homossexual como um casamento; o matrimônio para a Igreja é a união entre homem e mulher. Porém, o Sínodo não podia deixar essas situações de lado.

No caso de pessoas com tendência homossexual, a Igreja defende que ela deve ser respeitada em sua dignidade, sem sofrer qualquer discriminação. “Essas pessoas foram criadas à imagem e semelhança de Deus, certamente foram batizadas, então não podem ser discriminadas por sua orientação sexual”.
Metodologia do Sínodo

Dom Damasceno explicou que a metodologia dos trabalhos consistiu em dar mais tempo aos trabalhos em grupos, os chamados círculos menores. Os padres sinodais foram divididos em grupos por idiomas; os representantes brasileiros participaram do de língua espanhola.

Outro aspecto é o fato de que as discussões eram focadas em temas determinados, de acordo com divisão do Documento de Trabalho. As discussões foram bem aprofundadas, contou o cardeal, ressaltando que tudo é um auxílio ao Papa, e não uma decisão. “O Sínodo não decide, ele sugere, faz recomendações. Depois, é o Papa que toma as decisões da forma que ele julgar melhor (…) Tudo são propostas que o Sínodo oferece ao Papa. Aguardamos a orientação que o Papa vai dar para essas questões referentes à família”.

Para concluir, o cardeal ressaltou que a leitura desse Sínodo deve ter uma perspectiva de misericórdia e acolhimento, em especial para as famílias que passam por situações difíceis. Isso porque essa é a proposta do Sínodo sobre Família.

Papa Francisco vai visitar Milão em 2016

 A visita ocorre quatro anos após a visita de Bento XVI à cidade; Informação foi divulgada hoje pelo cardeal de Milão

Da redação, com Rádio Vaticano

O Cardeal Arcebispo de Milão, Angelo Scola, anunciou que o Papa Francisco realizará uma Visita Pastoral àquela diocese do norte da Itália no dia 7 de maio de 2016.

A notícia da visita do Papa foi dada pelo Cardeal na manhã desta terça-feira, 27, durante um encontro de sacerdotes ambrosianos com o Cardeal Patriarca do Líbano, Béchara Boutros Raï.

O Papa emérito Bento XVI visitou Milão em 2012, por ocasião do VII Encontro Mundial das Famílias.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Vaticano promove 3ª edição da loteria beneficente do Papa


O desejo do Papa é que a renda arrecadada na 3ª edição da loteria beneficente seja destinada aos deslocados e sem-teto

Da redação, com Rádio Vaticano


Esta será a 3ª edição da Loteria do Papa / Foto: Rádio Vaticano

Na proximidade do Ano Santo da Misericórdia, renova-se a iniciativa de solidariedade para com quem se encontra em dificuldade. Por isso, o Vaticano promove 3ª edição da loteria beneficente do Papa para as obras de caridade.

Os bilhetes da loteria custam 10 euros. O Papa colocou à disposição alguns prêmios para a iniciativa que terá início no próximo Natal e se concluirá em 2 de fevereiro de 2016, com a extração dos bilhetes.

O Papa manifestou o desejo de que a renda arrecadada seja destinada aos deslocados e sem-teto. Francisco tem uma atenção especial às pessoas em dificuldade e o Ano Santo da Misericórdia e o Natal podem ser uma ocasião propícia para fazer gestos de solidariedade e partilha.

Os bilhetes serão vendidos no Vaticano. Podem ser encontrados na farmácia, correios, supermercado, no centro comercial, no Museu Filatélico e Numismático e nos Museus Vaticanos.

Para mais informações, basta enviar um email para a Coordenação de Eventos do Governatorato da Cidade do Vaticano eventi@scv.va.

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Papa: a guerra desfigura laços entre irmãos e nações

Papa fez um discurso a capelães militares reunidos no Vaticano; Santo Padre abordou os estragos da guerra, como a quebra dos laços de irmandade

Da Redação, com Rádio Vaticano

A guerra desfigura os laços entre os irmãos e entre as nações, disse o Papa Francisco a capelães militares que estão reunidos no Vaticano em curso de formação. Eles discutem os desafios atuais do direito internacional humanitário, relativos à proteção da dignidade humana durante os conflitos armados não internacionais e os novos conflitos armados.

“Trata-se de um tema atual, especialmente se pensamos na intensificação da violência e na multiplicação dos palcos de guerra em várias partes do mundo, como África, Europa e Oriente Médio”, disse Francisco.

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O Santo Padre observou que a guerra causa feridas profundas em todos os envolvidos no conflito, inclusive nos militares. “Muitos militares voltam depois das operações de guerra ou de uma missão de restabelecimento da paz com feridas interiores profundas. A guerra pode deixar o seu sinal indelével. A guerra, na realidade, deixa sempre um sinal indelével”, sublinhou Francisco, defendendo uma atenção pastoral não só aos militares, mas também às suas famílias.
Papel do direito humanitário

E tendo em vista o cenário de conflitos , o Papa recordou o papel do direito humanitário, que se propõe a proteger os princípios essenciais da humanidade no contexto desumanizante da guerra. “O direito humanitário deve ser difundido e promovido por todos os militares e forças armadas, pela polícia e demais agentes de segurança. Ele precisa ser mais desenvolvido para enfrentar a nova realidade da guerra que, hoje, infelizmente, dispõe de instrumentos cada vez mais letais”.
Papel dos cristãos

Francisco também falou do papel dos cristãos para que cessem os conflitos, ressaltando o compromisso com a construção de pontes que unem, e não de muros que dividem. “Devemos ajudar a buscar a mediação e a reconciliação. Não devemos nunca ceder à tentação de considerar o outro somente como um inimigo a ser destruído, mas como uma pessoa, dotada de dignidade e criada por Deus à sua imagem”

O Papa reiterou, por fim, a necessidade de oração. “Os capelães devem rezar. Sem a oração não é possível fazer tudo aquilo que a humanidade, a Igreja e Deus nos pedem neste momento”, concluiu.

A reunião dos capelães militares é um evento é promovido pela Congregação para os Bispos, pelo Pontifício Conselho da Justiça e da Paz e pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso

É tempo de misericórdia, diz Papa no encerramento do Sínodo

 É tempo de misericórdia, diz Papa no encerramento do Sínodo
domingo, 25 de outubro de 2015, 9h27 Modificado: segunda-feira, 26 de outubro de 2015, 12h30
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“As situações de miséria e de conflitos são para Deus ocasiões de misericórdia. Hoje é tempo de misericórdia!”, afirmou o Papa Francisco

Da redação, com Rádio Vaticano

Na manhã deste domingo, 25, o Papa Francisco presidiu, na Basílica de São Pedro, em Roma, a Missa que conclui oficialmente o Sínodo dos Bispos sobre a Família.

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Na homilia, o Santo Padre referiu ao Evangelho de hoje que, segundo ele, liga-se diretamente à primeira Leitura: “como o povo de Israel foi libertado graças à paternidade de Deus, assim Bartimeu foi libertado graças à compaixão de Jesus. Jesus deixa-se comover e responde ao grito do Bartimeu”, disse.

Foto: Reprodução CTV
Tempo de misericórdia

O Papa Francisco destacou as expressões “coragem” e “levanta-te”, usadas pelos discípulos para levar o cego até Jesus. Estas são “palavras de misericórdia”, disse o Santo Padre.

“Primeiro, dizem-lhe “coragem!”, uma palavra que significa, literalmente, “tem confiança, faz-te ânimo!” É que só o encontro com Jesus dá ao homem a força para enfrentar as situações mais graves. A segunda palavra é «levanta-te!», como Jesus dissera a tantos doentes, tomando-os pela mão e curando-os. Os seus limitam-se a repetir as palavras encorajadoras e libertadoras de Jesus, conduzindo diretamente a Ele sem fazer sermões”, explicou.

Em seguida, disse: “A isto são chamados os discípulos de Jesus, também hoje, especialmente hoje: pôr o homem em contacto com a Misericórdia compassiva que salva. Quando o grito da humanidade se torna, como o de Bartimeu, ainda mais forte, não há outra resposta senão adaptar as palavras de Jesus e, sobretudo, imitar o seu coração. As situações de miséria e de conflitos são para Deus ocasiões de misericórdia. Hoje é tempo de misericórdia!”
Espiritualidade de miragem e fé de tabela

Segundo Francisco, há algumas tentações para quem segue Jesus e o Evangelho põe pelo menos duas em evidência. A primeira é viver uma “espiritualidade de miragem”, ou seja, não parar, ser surdo, “estarmos com Jesus mas não sermos como Jesus, estar no seu grupo mas viver longe do seu coração”, esclareceu o Papa.

“Podemos falar d’Ele e trabalhar para Ele, mas viver longe do seu coração, que Se inclina para quem está ferido. Esta é a tentação duma ‘espiritualidade da miragem’: podemos caminhar através dos desertos da humanidade não vendo aquilo que realmente existe, mas o que nós gostaríamos de ver; somos capazes de construir visões do mundo, mas não aceitamos aquilo que o Senhor nos coloca diante dos olhos. Uma fé que não sabe radicar-se na vida das pessoas, permanece árida e, em vez de oásis, cria outros desertos”.

A segunda tentação, segundo o Papa, é a de cair numa “fé de tabela”.

“Podemos caminhar com o povo de Deus, mas temos já a nossa tabela de marcha, onde tudo está previsto: sabemos aonde ir e quanto tempo gastar; todos devem respeitar os nossos ritmos e qualquer inconveniente perturba-nos. Corremos o risco de nos tornarmos como muitos do Evangelho que perdem a paciência e repreendem Bartimeu. Pouco antes repreenderam as crianças (cf. 10, 13), agora o mendigo cego: quem incomoda ou não está à altura há que excluí-lo. Jesus, pelo contrário, quer incluir, sobretudo quem está relegado para a margem e grita por Ele. Estes, como Bartimeu, têm fé, porque saber-se necessitado de salvação é a melhor maneira para encontrar Cristo”, disse.

No final da sua homilia e tomando o exemplo de Bartimeu, o Papa Francisco agradeceu o caminho percorrido pelos padres sinodais convidando-os a continuarem no “caminho que o Senhor deseja” sem se deixarem ofuscar “pelo pessimismo e pelo pecado”.

Igreja deve proclamar misericórdia, não aplicar condenações, diz Papa

 Na conclusão dos trabalhos do Sínodo sobre a Família, Papa Francisco fez um discurso e destacou que temas sobre a família não se esgotaram

O Papa Francisco encerrou neste sábado, 24, no Vaticano, os trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre a família e disse que as últimas três semanas abriram “novos 

“Procuramos abrir os horizontes para superar qualquer hermenêutica conspiratória ou perspectiva fechada, para defender e difundir a liberdade dos filhos de Deus, para transmitir a beleza da Novidade cristã, por vezes coberta pela ferrugem duma linguagem arcaica ou simplesmente incompreensível”, declarou Francisco, numa intervenção à porta fechada, posteriormente publicada pela sala de imprensa da Santa Sé.

Acesse
.: Discurso do Papa Francisco na íntegra

horizontes” na vida da Igreja.
Diante dos participantes do Sínodo, o Pontífice declarou que “o primeiro dever da Igreja não é aplicar condenações ou anátemas, mas proclamar a misericórdia de Deus, chamar à conversão e conduzir todos os homens à salvação do Senhor”.


“A experiência do Sínodo fez-nos compreender melhor também que os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra, mas o espírito; não as ideias, mas o homem; não as fórmulas, mas a gratuidade do amor de Deus e do seu perdão”, precisou.

Temas sobre a família não se esgotaram
Francisco apresentou uma reflexão sobre o que deve significar para a Igreja “encerrar este Sínodo dedicado à família”, que desde 2013 incluiu questionários às comunidades católicas, uma reunião extraordinária de bispos (2014) e a 14ª assembleia geral ordinária, que se conclui oficialmente neste domingo, 25, com a Missa na Basílica de São Pedro.


O fim deste percurso, afirmou o Papa, não significa que se esgotaram todos os temas, mas que estes foram debatidos “a luz do Evangelho, da tradição e da história bimilenária da Igreja”, sem “cair na fácil repetição do que é indiscutível ou já se disse”, “sem medo e sem esconder a cabeça na areia”.

“Seguramente não significa que encontramos soluções exaustivas para todas as dificuldades e dúvidas que desafiam e ameaçam a família”, admitiu.

Francisco falou da reunião de bispos e outros representantes das comunidades católicas como uma prova da “vitalidade da Igreja Católica”, num “período histórico de desânimo e de crise social, económica, moral e de prevalecente negatividade”.

Sínodo não entrou em questões dogmáticas
O Sínodo desafia a Igreja e a sociedade a compreender a importância da “instituição da família e do Matrimónio entre homem e mulher”, fundado sobre “a unidade e a indissolubilidade”.

Francisco lamentou que alguns “corações fechados” optem por “julgar, às vezes com superioridade e superficialidade, os casos difíceis e as famílias feridas”.

Noutra passagem do discurso, o Papa critica os que se opuseram à dinâmica sinodal “com métodos não totalmente benévolos”, sustentado que esta assembleia nunca quis entrar nas questões dogmáticas, “bem definidas pelo Magistério da Igreja”.


Sínodo significa caminhar juntos

Após três semanas de encontros com responsáveis de todo o mundo, o pontífice argentino recordou que aquilo que parece “normal” para um bispo de determinado continente pode ser “quase um escândalo” para outro.

“O desafio que temos pela frente é sempre o mesmo: anunciar o Evangelho ao homem de hoje, defendendo a família de todos os ataques ideológicos e individualistas”, disse ainda, advertindo para os perigos do relativismo ou de “demonizar os outros”.

Em conclusão, Francisco sustenta que, para a Igreja, encerrar o Sínodo significa “voltar realmente a «caminhar juntos» para levar a toda a parte do mundo, a cada diocese, a cada comunidade e a cada situação a luz do Evangelho, o abraço da Igreja e o apoio da misericórdia de Deus”.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Fidelidade do amor é tema da catequese do Papa

E preciso restituir a honra social à fidelidade do amor, o que está na base da família
Jéssica Marçal Da Redação
Francisco fala do espírito familiar na catequese de hoje / Foto: Reprodução CTV
Francisco defende a fidelidade do amor, que está na base da formação familiar / Foto: Reprodução CTV
Na catequese desta quarta-feira, 21, o Papa Francisco falou sobre a fidelidade do amor. Ele disse que é preciso restituir a honra social dada a essa fidelidade, que está na base da formação familiar.
A identidade da família, segundo o Papa, está fundada sobre a promessa de amor e fidelidade que homem e mulher fazem um ao outro. Essa promessa inclui, por exemplo, o acolhimento e educação dos filhos, bem como o cuidado para com os mais frágeis da família. “Uma família que se fecha em si mesma é como uma contradição, uma mortificação da promessa que a fez nascer e a faz viver”.
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Hoje em dia, a honra dessa fidelidade à promessa de vida familiar está enfraquecida. Por um lado, pela busca da própria satisfação; por outro, porque se confia à lei os vínculos de vida e de relação do empenho pelo bem comum.
“A fidelidade é uma promessa de compromisso que se autorrealiza, crescendo na livre obediência à palavra dada. Falando em fidelidade, vem-me à mente aquilo que os nossos avós contavam: ‘naquele tempo, quando se fazia um acordo, bastava um aperto de mão, porque havia fidelidade à promessa’. E também isso, que é um fato social, tem origem na família, no aperto de mão do homem e da mulher para seguir adiante juntos, por toda a vida”.
O Santo Padre enfatizou ainda que a honra à palavra dada, a fidelidade à promessa não é algo que se possa comprar ou vender; não pode ser imposta pela força, mas também não pode ser mantida sem sacrifício. “Nenhuma outra escola pode ensinar a verdade do amor se a família não o faz. Nenhuma lei pode impor a beleza e a herança desse tesouro da dignidade humana se a relação pessoal entre amor e geração não a escreve na nossa carne”.
Francisco aproveitou a oportunidade para reiterar orações pelos padres sinodais que estão reunidos no Sínodo dos Bispos, refletindo sobre família. “Que o Senhor abençoe o trabalho deles, desenvolvido com fidelidade criativa, na confiança de que Ele, em primeiro lugar, é fiel às suas promessas”.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Papa destaca potencial do desenvolvimento econômico local

Francisco enviou mensagem ao Fórum Econômico Local que acontece em Turim, Itália; texto destaca necessidade de desenvolvimento humano integral

O Papa Francisco reiterou a necessidade de um desenvolvimento humano integral, com a garantia dos direitos fundamentais de cada ser humano. Para isso, ele aposta no desenvolvimento econômico local como um dos melhores caminhos. Essas e outras reflexões estão presentes em sua mensagem aos participantes do Fórum Econômico Local, que está sendo realizado em Turim, Itália, de 13 a 16 de outubro. A mensagem foi enviada ao prefeito de Turim, Piero Fassino, e publicada pelo Vaticano nesta quarta-feira, 14.

Francisco recordou algumas das ideias que apresentou em seu discurso na Assembleia da ONU, em setembro passado, sobre desenvolvimento sustentável. Segundo o Papa, a ação política e econômica é uma atividade prudente, liderada por um conceito de justiça. Para além de planos e programas, há homens concretos que vivem, lutam e sofrem e que devem ser protagonistas do próprio destino.

“O desenvolvimento humano integral e o pleno exercício da dignidade humana não podem ser impostos. Devem ser construídos e realizados por cada um, por cada família, em comunhão com os outros seres humanos e em uma justa relação com os âmbitos nos quais se desenvolva a sociedade humana”, escreve o Santo Padre na mensagem.

Nessa ótica, Francisco acredita que o desenvolvimento econômico local parece ser a resposta mais adequada aos desafios de uma economia globalizada e muitas vezes cruel em seus resultados. Esse é o único modo, por exemplo, de garantir os bens materiais e espirituais indispensáveis, como moradia própria, trabalho digno, alimentação adequada, água potável e liberdade religiosa.

“A ênfase fundamental sobre o local, como querem os Fóruns de Desenvolvimento Local, parece ser um dos caminhos-mestre para um verdadeiro discernimento ético e para a criação de economias e empreendimentos realmente livres de ideologias, manipulações políticas e, sobretudo, livres da lógica do lucro a todo custo”.

Papa dedica catequese às crianças e pede perdão por escândalos

Na catequese, Papa falou da necessidade de cumprir promessas feitas às crianças antes delas virem ao mundo; também pediu perdão por “escânda

A catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 14, foi dedicada às crianças. Seguindo o ciclo de reflexões sobre família, Francisco começou renovando o pedido de perdão pelos “escândalos” dos abusos cometidos contra elas.
los” na Igreja

“A palavra de Jesus hoje é forte: ‘Ai do mundo por causa dos escândalos!’. Jesus é realista, diz que é inevitável que escândalos aconteçam, mas ‘ai do homem pelo qual o escândalo vem!’. Antes de começar a catequese, quero pedir – em nome da Igreja – perdão pelos escândalos que foram cometidos nos últimos tempos, seja em Roma como no Vaticano. Peço perdão”.

Francisco comentou, então, as promessas que são feitas às crianças, especialmente aquelas decisivas para as expectativas em relação à vida. “Até que ponto somos leais às promessas que fazemos às crianças, ao fazê-los vir ao nosso mundo?”, perguntou o Papa, explicando que acolhida e cuidado, proximidade e atenção, confiança e esperança são promessas fundamentais que levam a uma só: o amor.

“Esta é a maneira mais justa de acolher um ser humano que vem ao mundo, e todos nós aprendemos, antes mesmo de ter consciência disso. É uma promessa que o homem e a mulher fazem a cada filho: desde quando é concebido no pensamento”, afirmou o Pontífice.

Ao recordar que as crianças que vêm ao mundo esperam a confirmação dessa promessa, o Papa alertou que, quando essas promessas não são cumpridas, as crianças são feridas por um ‘escândalo’ insuportável e não têm os meios para decifrá-lo.

Com uma citação do Evangelho de Mateus, na qual Jesus diz que “os anjos das crianças veem continuamente a face de meu Pai”, o Papa destacou ainda a crença das crianças em Deus, algo que merece respeito.

“A espontânea confiança das crianças em Deus não dever ser ferida jamais… A ternura e o misterioso laço de Deus com a alma das crianças nunca deveria ser violado (…) Somente se enxergarmos as crianças com os olhos de Jesus, poderemos realmente entender como, ao defender a família, protegemos a humanidade”.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira do Brasil

Com muita alegria nós, brasileiros, lembramos e celebramos solenemente o dia da Protetora da Igreja e das famílias brasileiras: Nossa Senhora da Conceição Aparecida

A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).

Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.

Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede.

A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.

Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.

Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o “maior Santuário Mariano do mundo”.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!

Missa solene marca Festa da Padroeira no Santuário Nacional

Em Missa solene, fiéis participam da Festa da Padroeira no Santuário Nacional, em Aparecida (SP)

André Cunha
Da redação

Em todas as paróquias do Brasil, milhares de fiéis celebram a Solenidade da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, nesta segunda-feira, 12.

No Santuário Nacional, em Aparecida, interior de São Paulo, uma multidão acompanhou a Missa solene, presidida pelo Primaz do Brasil e Arcebispo de Salvador (Bahia), Dom Murilo Krieger.

Na homilia, o Primaz lembrou que o Santuário de Aparecida tem atraído muitos fiéis porque “um sinal”, a Senhora Aparecida, continua iluminando o céu do país, e suscitando a devoção do povo brasileiro em tantas igrejas e capelas. Disse isso, fazendo alusão à segunda leitura, do livro do Apocalipse.

Dom Murilo Krieger / Foto: Reprodução

Citando a primeira leitura, Dom Murilo disse que, como Ester salvou seu povo suplicando ao rei, Maria, com seu pedido, ajudou os apóstolos a penetrarem na pessoa e missão de Jesus. “Tendo Jesus revelado sua identidade divina, os discípulos creram nele. Maria está no centro do fato que revelou Jesus, que revelou a Sua Glória”.

Nesse sentido, o bispo afirmou que Jesus é o centro da fé da Igreja e a missão de Maria, especialmente diante do tema central da Festa da Padroeira 2015, é introduzir os fiéis na glória de Cristo.

Depois, Dom Murilo orientou os fiéis a aproximarem-se de Jesus sempre que estiverem insatisfeitos e tristes, para que Ele lhes dê o vinho novo, como ocorreu no Evangelho de João, que narra o milagre das bodas de Caná.

Dom Murilo também convidou a todos a pensarem nos que sofrem por causa do nome de Jesus, e nos migrantes. “A Mãe Aparecida nos ensina que a nossa oração tem seu ponto alto quando nela acolhemos os que sofrem. Com a Senhora Aparecida, devemos dizer a Jesus: eles não têm vinho”.

Foto: Reprodução

Encerrando a homilia, Dom Murilo Krieger, convidou os romeiros à oração: “Peçamos à Mãe de Jesus: Nossa Senhora Aparecida, ensina-nos a crer, a esperar e a amar. Indica-nos o caminho do Reino de seu Filho Jesus. Amém!”.

Dom Raymundo Dasmasceno, Arcebispo de Aparecida, não celebrou a Missa solene em Aparecida (SP) porque é um dos delegados presentes no Sínodo dos Bispos sobre a família, que acontece em Roma, no Vaticano.

De Roma, Dom Damasceno enviou por mensagem, sua bênção e abraço aos fiéis presentes no Santuário Nacional.

domingo, 11 de outubro de 2015

Desapego das falsas riquezas leva a vida verdadeira, diz Papa

Na oração do Angelus, o Papa Francisco afirma que se há confiança em Deus, pode-se superar todos os obstáculos que impedem de segui-lo no caminho da fé

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste domingo, 11, o Papa Francisco inspirou a oração do Angelus no Evangelho de Marcos e nos “três olhares” de Jesus. O Pontífice explicou a dualidade que não permitiu que o jovem rico seguisse o Senhor.

“Aquele jovem, entretanto, tem o coração dividido entre dois patrões: Deus e o dinheiro, e vai embora triste. Isso demonstra que a fé e o apego às riquezas não podem conviver. Assim, ao final, o ímpeto inicial do jovem se apaga na infelicidade de um seguimento que não advém”.

Francisco prosseguiu afirmando que somente acolhendo com humildade e gratidão o amor do Senhor, as pessoas se libertarão das seduções dos ídolos e da cegueira das ilusões. “O dinheiro, o prazer, o sucesso, deslumbram, mas depois desiludem: prometem vida, mas trazem morte. O Senhor nos pede para nos desapegarmos destas falsas riquezas para entrar na vida verdadeira, na vida plena, autêntica, iluminada”.

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“O jovem não se deixou conquistar pelo olhar de amor de Jesus e, assim, não pôde mudar”, refletiu, ao recordar que ele tinha um coração bom, e que fitando-o, Jesus o amou, apesar do jovem não se ter deixado envolver pelo olhar de ternura de Cristo.,

Ao citar o olhar pensativo e de advertência de Jesus, o Papa recordou o trecho em que Cristo afirma aos discípulos: “Como é difícil a quem tem riquezas entrar no Reino de Deus”.

“Os discípulos, então, se perguntam: Quem pode ser salvo? Jesus responde com um olhar de encorajamento, o terceiro olhar, e diz: a salvação é sim, impossível aos homens, mas não a Deus. Se confiamos no Senhor, podemos superar todos os obstáculos que nos impedem de segui-lo no caminho da fé”.

Priva-se dos bens

E, assim, chegamos ao terceiro episódio, aquele da solene declaração de Jesus: “Em verdade vos digo: quem deixa tudo para me seguir terá a vida eterna no futuro e o cêntuplo já no presente”.

O Pontífice explica que este cêntuplo é feito das coisas antes possuídas e depois abandonadas, mas que são multiplicadas ao infinito. “Priva-se dos bens e recebe-se em troca a satisfação do verdadeiro bem; libera-se da escravidão das coisas e recebe-se a liberdade do serviço por amor; renuncia-se à posse e ganha-se a alegria do dom”.

Por fim, improvisando, o Papa lançou uma pergunta aos jovens presentes na Praça São Pedro: “Vocês sentiram o olhar de Jesus sobre vocês? O que vocês responderão a Ele? Preferem deixar esta praça com a alegria que Jesus nos dá ou com a tristeza no coração que a mundanidade nos oferece?”

O Santo Padre conclui pedindo a Nossa Senhora que ajude todos a abrir o coração ao amor de Jesus, pois somente Ele pode satisfazer nossa sede de felicidade.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Ordem das viúvas é uma das proposta do Sínodo

Cardeal João Braz de Aviz lançou a proposta de restaurar a Ordem das Viúvas, mas desta vez com uma novidade: incluindo os viúvos

Da redação, com Rádio Vaticano

Nesta primeira semana do Sínodo dos Bispos sobre a família, diversas propostas foram apresentadas, entre elas, a restauração da Ordem das Viúvas, que remonta ao início do Cristianismo. Desta vez, com uma novidade: a inclusão dos viúvos.

A proposta foi apresentada pelo Prefeito da Congregação para Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz.

“A pessoa viúva na família viveu uma experiência difícil, porque a separação pela morte é sempre algo que cria muito sofrimento, não só para o esposo ou a esposa, mas também com relação aos filhos. Agora, para muitos, e nós pensamos nas nossas comunidades, muitos viúvos e viúvas pensam nesse momento em que já realizaram grande parte da sua missão familiar ou estão quase realizando a sua missão familiar, de se abrir mais para a missão na Igreja”, diz.

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“Então para aquelas ou aqueles que aprofundam isso, que sentem isso possível, há essa possibilidade. Nós estamos pedindo ao Sínodo que pense também na restauração da chamada Ordem da Viúvas, que no passado não incluía tanto os viúvos, mas que no momento presente talvez tenha também essa dimensão. A proposta foi aceita no nosso grupo, o grupo ‘hispânico B’, e estamos propondo na nossa visão para o Sínodo.”

O cardeal falou também sobre a doutrina, pois não se trata de ser modificada, mas sim, de mudar a postura com relação a ela.

“Não temos que modificar. A Igreja tem um caminho que é seguir Jesus Cristo, e Jesus Cristo nós não mudamos. Agora muda a postura, porque eu não posso falar de uma doutrina perfeita a uma pessoa machucada, se ela quem sabe não tem nem sequer essa fé. Então aprender estar mais próximos, aprender a ouvir a fundo a experiência humana a partir naturalmente da nossa convicção, mas respeitando o caminho do outro. Então acho que é isso que está digamos amadurecendo.”

Papa alerta fiéis sobre as armadilhas do diabo

Francisco pediu que fiéis tenham discernimento e sejam vigilantes para não caírem nas armadilhas do diabo e acabarem se afastando de Deus

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa Francisco destaca necessidade de discernimento e vigilância para não cair nas armadilhas do diabo / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano

Em Celebração Eucarística na Casa Santa Marta, nesta sexta-feira, 9, o Papa Francisco falou sobre as armadilhas do demônio. Francisco lembrou que o diabo traz calúnias, invejas e armadilhas, motivos pelos quais é preciso ter discernimento e vigilância para saber o que vem ou não de Deus.

A homilia foi inspirada no Evangelho do dia, que conta sobre o dia em que Jesus expulsou um demônio. Embora Jesus fizesse o bem, o Papa lembrou que um grupo de pessoas sempre tentava interpretar suas palavras de modo diferente, por motivos como inveja ou rigidez doutrinal.

“Por muitas razões, tentavam afastar a autoridade de Jesus das pessoas e caluniar, como neste caso. ‘Ele expulsa os demônios por meio de Belzebu’. Ele é um endiabrado, faz magias, é um feiticeiro’. Colocavam-no à prova continuamente, provocavam-no com armadilhas, para ver se caía”, disse.

Diante dessas reflexões, o Papa convidou os fiéis ao discernimento e à vigilância, para saber discernir o que é de Deus e o que é do mal. “O cristão não pode ficar tranquilo, pensar que tudo corre bem; deve discernir as coisas e observar de onde provêm, qual é a sua raiz”.

A vigilância é necessária, observou Francisco, porque em um caminho de fé as tentações voltam sempre. O Maligno se esconde, vem com seus amigos muito educados, bate à porta, pede licença, entra, convive com o homem na sua vida cotidiana e pouco a pouco, dá as instruções. Com esta “modalidade educada”, disse o Papa, o diabo convence a fazer as coisas com relativismo, tranquilizando a consciência.

“Tranquilizar a consciência, anestesiar a consciência, é um grande mal. Quando o espírito ruim consegue anestesiar a consciência, pode-se falar de uma verdadeira vitória: se transforma no dono daquela consciência. ‘Mas isso acontece em todo lugar! Sim, mas todos, todos temos problemas, todos somos pecadores, todos’. Em todos inclui-se o ‘ninguém’, ou seja, ‘todos menos eu’. E assim se vive a mundanidade, que é filha do espírito ruim”.

Francisco concluiu a homilia reiterando a necessidade de vigilância e discernimento. “Vigilância: a Igreja nos aconselha sempre o exercício do exame de consciência: o que aconteceu hoje no meu coração? Veio a mim o demônio bem educado com seus amigos? Discernimento: de onde vêm os comentários, as palavras, os ensinamentos… quem diz isso? Discernir e vigilar, para não deixar entrar aquilo que engana, que seduz e fascina. Peçamos ao Senhor a graça do discernimento e a graça da vigilância”.

Estado Islâmico executa três cristãos assírios

A execução teria ocorrido na manhã de 23 de setembro, dia em que os muçulmanos comemoravam a Festa do Sacrifício

Da redação, com Rádio Vaticano

Três dos 230 cristãos assírios do Vale de Khabur, mantidos como reféns pelos jihadistas do Estado Islâmico, foram executados. O vídeo da execução foi divulgado na manhã desta quinta-feira, 8, em sites do grupo.

Acesse:

Nas imagens, segundo descreve a Agência Fides, os três cristãos aparecem de joelhos em uma área desértica, vestindo o macacão alaranjado, e são mortos com um tiro à queima roupa na nuca por três milicianos encapuzados. Cada um dos três assírios, antes de ser morto, se identifica repetindo o próprio nome e o vilarejo de proveniência. Trata-se de Audisho Enwiya e Assur Abraham – de Tel Jazira e de Basam Michael, do povoado de Tel Shamiram.

Após a execução, o vídeo se concluiu mostrando outros três assírios prisioneiros, vestindo macacões alaranjados e ajoelhados diante dos três executados. Também eles revelam o próprio nome e o povoado de proveniência. Um deles acrescenta em árabe, indicando os corpos dos três assírios já mortos: “A nossa sorte será a mesma deles, se não forem seguidos os procedimentos corretos para a nossa libertação”.

A execução teria ocorrido na manhã de 23 de setembro, dia em que os muçulmanos comemoravam a Festa do Sacrifício (Eid al-Adha).

Os três homens executados, assim como os três que aparecem no vídeo ainda vivos, faziam parte do grupo de 230 cristãos assírios que foram sequestrados pelo EI no final de fevereiro, mês em que a ofensiva jihadista chegou aos vilarejos cristãos do Vale do Rio Khabur. O lugar de sua detenção, com toda a probabilidade, localiza-se na região de al-Shaddadi, fortaleza do Daesh, a 60 km de Hassakè.

A mensagem veiculada pelo vídeo é clara e cruel: o resgate pedido pela libertação dos cristãos ainda prisioneiros não foi pago e as execuções continuarão até que que o valor pedido seja entregue.

Nas fases sucessivas ao sequestro coletivo, os jihadistas exigiram 100 mil dólares em troca da libertação de cada refém. E diante da impossibilidade de se arrecadar tal quantia, as negociações foram interrompidas. Há cerca de um mês o Arcebispo sírio-católico Jacques Behnan Hindo, havia referido à Agência Fides que as negociações teriam sido reabertas para se chegar a um acordo sobre um valor do resgate por cada sequestrado, muito abaixo do exigido inicialmente.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Papa recorda aos fiéis: Deus jamais abandona os justos

Em homilia, Papa falou das pessoas cuja fé é colocada à prova, lembrando que, por mais que haja sofrimentos na vida, os justos não são esquecidos por Deus

Da Redação, com Rádio Vaticano

Na homilia desta quinta-feira, 8, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou sobre justos e ímpios. O Santo Padre enfatizou que Deus jamais abandona os justos; já aqueles que semeiam o mal são como desconhecidos, dos quais o céu não recorda o nome.

Francisco na Casa Santa Marta, onde reside e celebra Missas frequentemente / Foto: L’Osservatore Romano

A reflexão de Francisco se concentrou no exemplo de tantas pessoas cuja fé convicta é colocada à prova pelos dramas da vida: qual é o proveito que se tira em guardar os mandamentos de Deus enquanto os soberbos progridem praticando o mal, desafiando a Deus e não sendo castigados?

“Quantas vezes vemos esta realidade em muitas pessoas más, em pessoas que fazem o mal e parece que na sua vida tudo vai bem: são felizes, têm tudo o que querem, não lhes falta nada. Por que Senhor? É um dos muitos porquês. Por que para aquele cara de pau que não liga para nada nem para Deus e nem para os outros, que é uma pessoa injusta e má, tudo corre bem em sua vida, tem tudo aquilo que quer e nós que queremos fazer o bem temos tantos problemas?”

A resposta a essas perguntas o Papa retira do Salmo do dia, que proclama: “bem-aventurado” o homem “que não entra no conselho dos ímpios” e que “encontra a sua alegria” na “lei do Senhor”. Francisco explicou que agora não se vê os frutos das pessoas que sofrem, assim como não se viam, na Sexta-Feira Santa e no Sábado Santo, os frutos do Filho de Deus.

“E o que o diz o Salmo sobre os ímpios, sobre aqueles que nós pensamos que vai tudo bem? ‘Não são assim os ímpios, mas são como a palha que o vento disperde. Porque o Senhor acompanha o caminho dos justos, enquanto o caminho dos ímpios perece”.

Como exemplo, Francisco citou a parábola evangélica de Lázaro, símbolo de uma miséria sem saída, e do homem que lhe negava até as migalhas que caíam de sua mesa. “O curioso daquele homem é que não se diz o nome. É somente um adjetivo: é um rico. Dos ímpios, no Livro da Memória de Deus, não há nome: é um ímpio, é um trapaceiro, é um explorador… Não tem nome, somente adjetivos. Ao invés, todos os que buscam caminhar na via do Senhor estarão com seu Filho, que tem o nome, Jesus Salvador. Mas um nome difícil de entender, inclusive inexplicável para a provação da cruz e por tudo aquilo que Ele sofreu por nós”.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Oração do Santo Rosário






Bênçãos do Rosário 

Os pecadores são perdoados.
As almas com sede são reconfortadas.
Aqueles que são presos tem suas correntes quebradas.
Aqueles que choram encontram felicidade.
Aqueles que são tentados encontram a paz.
Os pobres encontram Socorro.
Os religiosos são reformados.
Aqueles que são ignorantes são instruídos.
A vida aprende a dominar o orgulho.
A morte (as almas santas) tem suas dores cessadas.
Benefícios do Rosário (Terço) 
Gradualmente nos traz um perfeito conhecimento de Jesus Cristo.
Purifica nossa alma do pecado.
Nos dá a vitória sobre todos os nossos inimigos.
Faz fácil a prática da virtude.
Nos liberta do fogo com o amor do Senhor.
Nos enriquece com as graças e méritos.
Nos abastece com o que precisamos para pagar nossos débitos com Deus e nossos semelhantes, e finalmente, obtém toda espécie de graças de Deus. 

32. Memória de Nossa Senhora do Rosário


Papa vai ao México em 2016

O porta-voz do Vaticano disse que já há “passos concretos” para a viagem de Francisco ao México

Rádio Vaticano

O projeto de uma viagem do Papa ao México “começa a se concretizar”. A afirmação é do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi.

“O Papa tem o desejo de ir ao México, como bem sabemos, porque ele mesmo declarou diversas vezes. Há um projeto para que essa viagem aconteça no ano que vem, e para isso começamos a dar passos concretos”, explicou Lombardi.

Durante a visita aos Estados Unidos, o Papa Francisco teve a oportunidade de encontrar diversos mexicanos e, para um grupo da Cidade do México que disse ao Papa que o povo mexicano o aguardava, Francisco respondeu: “Espero poder ir”.

Uma das primeiras atividades do Papa no México deverá ser a visita ao Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México. São João Paulo II visitou o México cinco vezes, e o Papa emérito Bento XVI uma vez, em 2012.

Papa defende injeção de espírito familiar na vida cotidiana

Na catequese de hoje, Santo Padre defendeu o espírito familiar, lembrando que a família é fundamental para o testemunho do amor de Deus

Jéssica Marçal
Da Redação

Francisco fala do espírito familiar na catequese de hoje / Foto: Reprodução CTV

O espírito familiar foi o tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 7. Enquanto os bispos estavam reunidos na assembleia sinodal que começou no último domingo, 4, Francisco falou aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, destacando as contribuições que a família oferece para a humanidade.

“A família que caminha na via do Senhor é fundamental no testemunho do amor de Deus e merece, por isso, toda a dedicação de que a Igreja é capaz”, disse o Papa ao anunciar que, neste período de Sínodo, as catequeses serão inspiradas na relação entre a Igreja e a família.

O Santo Padre considerou que o estilo das relações de hoje – civis, econômicas, jurídicas, profissionais e cidadãs – parece muito racional e formal, tornando-se, às vezes, insuportável, o que mostra a necessidade de uma injeção de espírito familiar. Segundo o Papa, esse espírito familiar é uma carta constitucional para a Igreja.

Mesmo diante da contribuição que a família oferece para a formação humana, o Papa lembrou que não é dado a ela o devido peso, reconhecimento e apoio. Lembrando que Jesus transformou Pedro em “pescador de homens”, Francisco destacou que hoje a família é uma das redes mais importantes para a missão de Pedro e da Igreja. “Não é uma rede que faz prisioneiros, pelo contrário, liberta das águas más do abandono e da indiferença, que afogam muitos seres humanos no mar da solidão e da indiferença”.

E com base nisso, Francisco manifestou o desejo de que os padres sinodais – aqueles que estão reunidos no Sínodo – possam fomentar a dinâmica de uma Igreja que abandona as velhas redes e se coloca a pescar confiando na Palavra de Deus.

Confira

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Papa: a misericórdia de Deus não chega ao coração endurecido

Na homilia de hoje, Papa falou sobre a misericórdia divina e enfatizou a necessidade de os fiéis abrirem o coração para recebê-la

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa Francisco durante Celebração Eucarística na Casa Santa Marta / Foto: L’Osservatore Romano

É preciso prestar atenção para que não se feche o coração à misericórdia de Deus. Essa foi a reflexão central do Papa Francisco na Missa celebrada nesta terça-feira, 6, na Casa Santa Marta. O Santo Padre convidou os fiéis a não resistirem à misericórdia do Senhor, ao pensarem ser mais importante os próprios pensamentos ou uma lista de mandamentos a ser seguida.

A homilia do Papa foi inspirada na Primeira Leitura da liturgia do dia, que mostra o profeta Jonas resistindo à vontade de Deus, mas finalmente aprende que deve obedecer ao Senhor. A grande cidade de Nínive converteu-se graças à pregação deste profeta. “Realmente faz um milagre, porque, nesse caso, ele deixou sua teimosia de lado e obedeceu a Deus, fez aquilo que o Senhor o havia recomendado”.

Francisco explicou que essa história de Jonas e Nínive se articula em três pontos. O primeiro é a resistência à missão que Deus confiou ao profeta. O segundo é a obediência: quando se obedece, milagres acontecem; no caso, a cidade de Nínive se converteu. Por fim, existe a resistência à misericórdia de Deus.

“Aquelas palavras, ‘Senhor, não era justamente isso que eu dizia quando estava ainda em minha terra? Porque Tu és um Deus misericordioso e piedoso, e eu fiz todo o trabalho de pregar, cumpri bem meu dever, e Tu os perdoa?’ É o coração com aquela dureza que não deixa entrar a misericórdia de Deus. É mais importante a minha pregação, são mais importantes os meus pensamentos, é mais importante a lista de mandamentos que devo observar, tudo exceto a misericórdia de Deus”.

Incompreensão da Misericórdia de Cristo

O Papa recordou que o próprio Jesus viveu esse drama com os Doutores da Lei, que não entendiam por que Ele não permitiu que a mulher adúltera fosse apedrejada, por que Ele fazia refeições junto com os publicanos e os pecadores: não entendiam a misericórdia. “O Salmo que rezamos hoje – prosseguiu Francisco – nos sugere que esperemos o Senhor, porque com Ele está a misericórdia, e grande é com Ele a redenção”.

“Próximos do início do Ano da Misericórdia, rezemos ao Senhor para que nos faça entender como é seu coração, o que significa ‘misericórdia’, o que quer dizer quando Ele diz: ‘Misericórdia quero, e não sacrifício!’. E por isso, na oração da Coleta da Missa, rezamos tanto com aquela frase tão bonita: “Derramai sobre nós a Tua misericórdia”, porque somente entendemos a misericórdia de Deus quando ela é derramada sobre nós, sobre nossos pecados e mazelas”.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Sínodo: 1º relatório reitera indissolubilidade do matrimônio

Cardeal Erdö apresentou relatório introdutivo em que se reitera a indissolubilidade do matrimônio; documento também aborda os desafios das famílias

Da Redação, com informações do Vaticano

Os trabalhos da 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos começaram nesta segunda-feira, 5. Na primeira congregação geral, o relator do Sínodo, Cardeal Peter Erdö, apresentou um relatório inicial dividido em três partes, que indica a necessidade de acompanhamento misericordioso às famílias em situações difíceis, porém sem deixar dúvidas quanto à indissolubilidade do matrimônio.

Assembleia sinodal no Vaticano discute temas sobre família / Foto: Arquivo-L’Osservatore Romano

O cardeal húngaro recordou os diversos desafios que as famílias enfrentam hoje, como o problema das injustiças sociais, migrações, salários baixos e violência contra as mulheres. O relatório, porém, ressalta aspectos positivos, como o matrimônio e a família que transmitem valores e oferecem uma possibilidade de desenvolvimento à pessoa humana. “A família é o local onde se aprende a experiência do bem comum”, destaca o documento.

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A missão da família nos dias de hoje é o foco da terceira parte do relatório apresentado nesta manhã. Reitera-se a importância da colaboração das famílias cristãs com instituições públicas e na criação de estruturas econômicas para apoiar os que vivem em situações de pobreza. “Toda a comunidade eclesial deve tentar assistir as famílias vítimas de guerras e perseguições”, lê-se no relatório.

Divórcio

Com relação às famílias feridas, referindo-se, em especial, aos casos de separação, o documento destaca que o método de ação deve ser o da misericórdia e acolhimento, sem deixar, porém, de apresentar a verdade clara sobre o matrimônio. Nesse sentido, o documento encoraja, para os divorciados que não se casaram novamente, a criação de centros de aconselhamento diocesanos para ajudar os cônjuges nos momentos de crise, apoiando os filhos, que são vítimas destas situações, e não esquecendo “o caminho do perdão e da reconciliação, se possível”.

Já sobre os divorciados recasados, pede-se uma aprofundada reflexão. “É imperativo um acompanhamento pastoral misericordioso que, no entanto, não deixe dúvidas sobre a verdade da indissolubilidade do matrimônio, como ensinado pelo próprio Jesus Cristo. A misericórdia de Deus oferece ao pecador o perdão, mas exige a conversão”.

O relatório introdutório também menciona e esclarece o chamado “caminho penitencial”, que se refere aos divorciados recasados ​​que praticam continência e que, portanto, poderão ter acesso aos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, evitando, porém, provocar escândalo.

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Homossexualismo

Outro parágrafo é dedicado ao cuidado pastoral das pessoas homossexuais. A orientação é que elas sejam acolhidas com respeito e delicadeza, evitando qualquer sinal de discriminação. O relatório recorda, porém, que não há fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus para o matrimônio e a família.

“É totalmente inaceitável que as Pastores da Igreja sofram pressões nesta matéria e que os organismos internacionais condicionem as ajudas financeiras aos países pobres para a introdução de leis que estabeleçam o ‘matrimônio’ entre pessoas do mesmo sexo”.

Defesa da vida

Os últimos parágrafos do Relatório abordam o tema da vida, reafirmando seu caráter inviolável desde a concepção até a morte natural. Não, portanto, ao aborto, à terapia agressiva, à eutanásia, e sim à abertura à vida como uma exigência intrínseca do amor conjugal. O Cardeal Erdo lembra ainda o grande trabalho da Igreja no apoio às mulheres grávidas, às crianças abandonadas, a quem abortou e às famílias impossibilitadas de curar os seus entes queridos doentes.

Recomenda-se também a promoção da cultura da vida diante da cada vez mais difundida cultura de morte e se sugere um ensino adequado sobre métodos naturais para a procriação responsável. Central também é o incentivo à adoção das crianças, “forma específica de apostolado familiar”.

Palavra do Cardeal Baldisseri

Além do Cardeal Erdo, a primeira Congregação Geral desta Assembleia teve o discurso do Secretário-Geral, Cardeal Lorenzo Baldisseri, que percorreu, em ordem cronológica, o caminho preparatório deste 14º Sínodo ordinário. Ele enfatizou que a família é um tema importante e transversal, que diz respeito não apenas aos católicos, mas a todos os cristãos e à humanidade.

Cardeal Baldisseri saudou os muitos casais presentes no Sínodo, na qualidade de Auditores e Peritos. Entre eles, recordou, há uma presença significativa feminina da qual se espera uma contribuição especial para que o Sínodo possa olhar para a família com o olhar de ternura, atenção e compaixão das mulheres.

Papa fala à Assembleia do Sínodo no início dos trabalhos

Francisco falou do Sínodo como um caminho conjunto, que deve ser percorrido com coragem apostólica, humildade evangélica e oração; trabalhos começaram hoje

Jéssica Marçal
Da Redação

Francisco reunido com padres sinodais / Foto: Arquivo-L’Osservatore Romano

Na primeira congregação geral do Sínodo da Família, nesta segunda-feira, 5, o Papa Francisco falou aos padres sinodais reunidos em assembleia. O Santo Padre destacou três aspectos em especial: a coragem apostólica, a humildade evangélica e a oração.

Francisco reiterou que o Sínodo não é um parlamento ou senado, mas um caminho que se percorre em conjunto, com espírito de colegialidade e zelo pastoral. Trata-se de uma ocasião em que o Espírito Santo fala através de todas as pessoas que se deixam conduzir por Deus. “Recordemos, porém, que o Sínodo poderá ser um espaço da ação do Espírito Santo somente se nós participantes nos revestirmos de coragem apostólica, humildade evangélica e oração confiante”.

Confira

Essa coragem apostólica, segundo o Papa, não se deixa intimidar diante das seduções do mundo, que tendem a apagar do coração dos homens a luz da verdade. A humildade evangélica é aquela que sabe se esvaziar das próprias convicções e preconceitos para escutar os irmãos e dar a mão a eles sem fazer julgamentos ou sentir-se superior. E a oração confiante é a ação do coração quando se abre a Deus para escutar sua voz que fala no silêncio. “Sem escutar Deus todas as nossas palavras serão somente ‘palavras’ que não saciam e não servem”.

O Papa agradeceu a todos os que estão envolvidos nos trabalhos sinodais e que trabalharam com fidelidade e dedicação à Igreja. Francisco não se esqueceu de agradecer aos jornalistas pela participação na cobertura da Assembleia e pela atenção.

Essa é a 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que teve início neste domingo, 4, com a Celebração Eucarística presidida por Francisco. O tema é “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Trata-se da segunda etapa do Sínodo da Família, que começou em outubro do ano passado.

É o amor que alimenta a relação, diz Papa às famílias

No Angelus deste domingo, o Papa afirmou que o amor alimenta a relação nas famílias

Da redação, com Rádio Vaticano

A abertura do Sínodo sobre a família foi o tema da reflexão que o Papa realizou antes da oração do Angelus, na Praça São Pedro, neste domingo, 4, na presença de inúmeros fiéis e peregrinos.

Durante três semanas, os padres sinodais refletirão sobre a vocação e a missão da família na Igreja e na sociedade, para um atento discernimento espiritual e pastoral. “Manteremos o olhar fixo em Jesus para identificar as estradas mais oportunas para um empenho adequado da Igreja com as famílias e para as famílias”, disse o Papa Francisco.

Reciprocidade

A liturgia deste domingo, 4, propõe o Livro do Gênesis sobre a complementariedade e reciprocidade entre homem e mulher. O Papa disse que, ao deixarem os pais, os esposos se unem numa só carne e numa só vida, e desta unidade, transmitem a vida a novos seres humanos e se tornam pais.

“Participam da potência criadora de Deus”, disse Francisco, que advertiu: “Mas atenção! Deus é amor, e participamos da Sua obra quando amamos com Ele e como Ele. É o amor que alimenta a relação por meio das alegrias e das dores, momentos serenos e difíceis. É o mesmo amor com o qual Jesus, no Evangelho deste domingo, manifesta às crianças”.

Francisco rezou para todos os pais e educadores do mundo, assim como toda a sociedade, se façam instrumentos daquele acolhimento e daquele amor com o qual Jesus abraça os pequeninos.

“Penso nas muitas crianças famintas, abandonadas, exploradas, obrigadas à guerra, rejeitadas. É doloroso ver as imagens de crianças infelizes, com o olhar perdido, que fogem da pobreza e dos conflitos, batem às nossas portas e aos nossos corações implorando ajuda. O Senhor nos ajude a não sermos uma sociedade-fortaleza, mas uma sociedade-família, capaz de acolher, com regras adequadas, mas acolher. Acolher sempre, com amor.”

Por fim, o Pontífice pediu a oração dos fiéis pelos trabalhos do Sínodo.

Beatificações


Após a oração mariana, o Papa recordou a beatificação em Santander, na Espanha, de 18 monges trapistas, assassinados por sua fé durante a guerra civil espanhola. “Louvemos ao Senhor por esses testemunhos corajosos e, por sua intercessão, supliquemos que libertem o mundo do flagelo da guerra.”

Guatemala e França

Francisco pediu ainda orações e ajudas concretas às vítimas de um deslizamento de terra na Guatemala e dos temporais na Costa Azul, na França. E saudou de modo especial os peregrinos italianos, que festejam, neste domingo São Francisco de Assis, padroeiro do país.