Francisco pediu que fiéis tenham discernimento e sejam vigilantes para não caírem nas armadilhas do diabo e acabarem se afastando de Deus
Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco destaca necessidade de discernimento e vigilância para não cair nas armadilhas do diabo / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano
Em Celebração Eucarística na Casa Santa Marta, nesta sexta-feira, 9, o Papa Francisco falou sobre as armadilhas do demônio. Francisco lembrou que o diabo traz calúnias, invejas e armadilhas, motivos pelos quais é preciso ter discernimento e vigilância para saber o que vem ou não de Deus.
A homilia foi inspirada no Evangelho do dia, que conta sobre o dia em que Jesus expulsou um demônio. Embora Jesus fizesse o bem, o Papa lembrou que um grupo de pessoas sempre tentava interpretar suas palavras de modo diferente, por motivos como inveja ou rigidez doutrinal.
“Por muitas razões, tentavam afastar a autoridade de Jesus das pessoas e caluniar, como neste caso. ‘Ele expulsa os demônios por meio de Belzebu’. Ele é um endiabrado, faz magias, é um feiticeiro’. Colocavam-no à prova continuamente, provocavam-no com armadilhas, para ver se caía”, disse.
Diante dessas reflexões, o Papa convidou os fiéis ao discernimento e à vigilância, para saber discernir o que é de Deus e o que é do mal. “O cristão não pode ficar tranquilo, pensar que tudo corre bem; deve discernir as coisas e observar de onde provêm, qual é a sua raiz”.
A vigilância é necessária, observou Francisco, porque em um caminho de fé as tentações voltam sempre. O Maligno se esconde, vem com seus amigos muito educados, bate à porta, pede licença, entra, convive com o homem na sua vida cotidiana e pouco a pouco, dá as instruções. Com esta “modalidade educada”, disse o Papa, o diabo convence a fazer as coisas com relativismo, tranquilizando a consciência.
“Tranquilizar a consciência, anestesiar a consciência, é um grande mal. Quando o espírito ruim consegue anestesiar a consciência, pode-se falar de uma verdadeira vitória: se transforma no dono daquela consciência. ‘Mas isso acontece em todo lugar! Sim, mas todos, todos temos problemas, todos somos pecadores, todos’. Em todos inclui-se o ‘ninguém’, ou seja, ‘todos menos eu’. E assim se vive a mundanidade, que é filha do espírito ruim”.
Francisco concluiu a homilia reiterando a necessidade de vigilância e discernimento. “Vigilância: a Igreja nos aconselha sempre o exercício do exame de consciência: o que aconteceu hoje no meu coração? Veio a mim o demônio bem educado com seus amigos? Discernimento: de onde vêm os comentários, as palavras, os ensinamentos… quem diz isso? Discernir e vigilar, para não deixar entrar aquilo que engana, que seduz e fascina. Peçamos ao Senhor a graça do discernimento e a graça da vigilância”.
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